Estava na quadra observando e fazendo anotações sobre cada um dos jogadores, acabo percebendo que vou ter que fazer algumas mudanças, quando um dos jogadores veio me avisar que o treinador queria me ver.Bato na porta antes de entrar, fico surpresa ao ver que o técnico também está aqui.
— Queria me ver, treinador? — pergunto parada perto da porta.
— Sim, como você sabe esse pode ser o último jogo dos terceiristas, então, temos que escolher o próximo capitão — Jhon responde.
— Já está nessa época do ano — já havia me esquecido — E quem vocês sugerem para ser o novo capitão? — questionou.
— Aquele garoto alto, como é mesmo o nome dele, Benjamim, não, não é esse, Ber...
— Brayan? Como capitão?.
— É, ele é muito bom jogando e todos os jogadores gosta dele, acho que ele tem bastante potencial para ser capitão — Jhon explica.
— Já deram a notícia a ele? — questino.
— Não, ainda não, esperamos que você possa dizer à ele, parece que ele ouve mais você do que qualquer outro — o sorrissinho de Jhon no final de sua fala não me agrada nem um pouco.
Parece que ele sabe de alguma coisa, mais não quer dizer ao mesmo tempo.
Concordo com a cabeça e saio para procurar por ele, o encontro saindo do vestiário, antes que ele possa reagir o pego pela mão e saio arrastando-o comigo de volta para a sala do treinador.
— Para onde estamos indo? Vamos fazer algo interessante? Mas você deve saber do risco de alguém nos pegar é muito grande — não sei por que ainda não dei uns tabefes nesse garoto.
Deve ser porque ele é muito irritante, definitivamente é isso!.
— Para de falar bobagens. O treinador e o técnico querem falar com você — digo e bato na porta duas vezes antes de entrar.
—Brayan, vamos sente-se aqui — Jhon pede e por um milagre, ele obedece — Naiume, poderia explicar para ele.
— Claro — puxo a cadeira, sentando-me a sua frente — O técnico e o treinador querem te convidar para ser o próximo capitão, não avisamos antes mas, esse pode ser o último jogo dos terceiristas e meu como assistente.
Posso ver a surpresa em seu rosto.
— Eu - eu... Posso pensar? — pergunta.
— Sim. Pode, pode, daqui três dias você nos responde — o técnico responde.
Brayan se levanta e sai da sala, olho para o treinador que balança a cabeça, indicando para ir atrás dele, confirmo antes de sair correndo atrás dele. Demoro um pouco para acha-lo, o último lugar que imaginei que ele estaria era a sala de aula, mas acho que cheguei um pouco tarde, porque já tinha uma pessoa com ele.
— Eu estou falando Brayan, eu gosto de você. Gosto de você desde a sexta série — Fernanda diz, encurralando-o na parede com os braços ao redor de sua cintura.
— Para com isso Fernanda, eu já disse que gosto de outra pessoa — Brayan tenta empurra-lá para longe, sem a machucar.
Mais ela volta a grudar nele, quando ele está de costas para ela, surpreso ele se vira e Fernanda o beija.
— Desculpa, eu estou atrapalhando alguma coisa? — pergunta surpreendendo os dois.
— Naiume...
— Assistente Goullartd, o que acontece é... — Fernanda começa, mas a enterrompo.
— O que acontece é que você acaba de beijar o meu namorado — falo e ela me olha de olhos arregalados.
Ela fica estática olhando de mim para Brayan e dele para mim, enquanto ele me encara sorrindo.
Idiota!.
Deve estar gostando de me ver assim e eu tenho que ficar vendo esse pirralho beijando outra. Fecho as mãos em punho sentindo as unhas rasgando minha carne, tenho certeza que meu rosto está vermelho de raiva, um claro sinal de que estou com raiva é quando fico batendo os pés no chão, como estou fazendo agora.
— Vamos embora Brayan, ainda precisamos conversar sobre aquele assunto — falo antes de virar as costas, saindo sem olhar para trás para ver se ele está me seguindo.
E nem preciso olhar para trás, segundos depois ouço seus passos atrás de mim.
Passo no meu armário, pegando minha mochila, sigo na frente, caminhamos até minha casa em silêncio e por sorte não há ninguém em casa. Abro a porta do meu quarto e espero ele entrar passando a chave na fechadura, deixo a mochila no chão caminhando até ele parado perto da cama.
— Senta — peço e ele começa a caminhar até a cadeira da mesa de estudos — Na cama — mando.
— O que está pensando em fazer? Não vai me espancar, vai? Eu juro que não gosto dela, nem retribuir o beijo — fala com o semblante desesperado.
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Vida Crua
RomanceEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...