A formatura chegou rápido, num piscar de olhos todos os alunos do terceiro ano estava na quadra, inclusive eu, ouvindo o discurso do representante de turma no palco. Ao terminar toda a cerimônia vamos para o pátio da escola, onde recebemos nossos certificados.— Assistente Goullartd — ouço chamarem meu nome, ao me virar vejo os jogadores do segundo e primeiro ano, e Lucy.
Logo atrás deles vejo Brayan cabisbaixo.
— Lucy, já não sou mais a assistente, essa agora é você, mas o que estão fazendo aqui? — pergunto.
— Viemos dar os parabéns pela formatura e o Brayan queria lhe entregar uma coisa — Gabriel diz empurrando ele para a frente.
— Por que tem que ser eu? — Brayan pergunta segurando um buquê de flores.
— Porque você é o capitão — Lucy responde.
Me pergunto quando eles criaram tanta intimidade, mas agora não é hora para isso.
— Aqui é para você de todos nós — ele me estende o buquê, e o pego de suas mãos.
— Obrigada...
Antes que eu pudesse continuar, Brayan segura a minha mão, me puxando com ele para longe, só paramos ao chegar nos fundo da quadra de basquete, onde a antiga quadra ficava.
— O que está fazendo? Não precisa me arrastar desse jeito? — falo ao pararmos.
— Já não aguentava mais todos aqueles moleques te encarando — ele diz pegando uma bola de basquete esquecida — É, eu também quero a sua gravata — pede.
— Você pode ter ela se eu fizer uma cesta — digo deixando o buquê de flores em cima do banco de concreto e pegando a bola de sua mão.
Me posiciono preparando-me para jogar a bola, mas parece que ele adivinha que sou péssima jogando basquete, porque de repente sinto ele me levantar, apoiando-me em seu ombro. Jogo a bola mais acabo errando, ele pega a bola e a arremessa acertando com facilidade dentro da cesta.
— E agora meu prêmio — diz colocando-me no chão.
Retiro a gravata, em forma de laço do pescoço, entregando para ele que sorrir guardando-a no bolso com cuidado.
— Vamos — fala pegando minha mão entre a sua.
— Onde? — pergunto seguindo-o.
— Surpresa — é só o que ele responde.
Antes de sairmos da escola pegamos nossas mochilas, caminhamos por um caminho conhecido por mim. Ao entrarmos em sua casa fico surpresa por encontrar nossas famílias juntas.
— Parabéns — gritam me assustando.
Foram tantos abraços e felicitações que quase fiquei tonta, parece que Brayan saiu convidando nossas famílias para uma pequena festa, eles disfarçaram bem que nem disconfiei de nada.
— Já escolheu qual curso vai fazer na faculdade, Naiume? — George, o pai de Brayan pergunta, quando nos sentamos para almoçar.
Mamãe e a sra. Sara fizeram um pequeno, diga-se de passagem, almoço para comemorar.
— Sim, educação física. Já estou ligada aos esportes à um tempo e é algo que eu gosto e me identifico — respondo.
— E em qual faculdade se inscreveu? — Samanta pergunta.
— A DreamSchool — parece que todos ficam surpresos com minha escolha.
— É uma ótima faculdade — Sara diz.
Enquanto nossas famílias interagem na sala, Brayan me leva para seu quarto, onde acaba me mostrando seu anuário, ele era uma criança alta para a idade e muito bonito, não digo em voz alta para não aumentar ainda mais seu ego, que já é bastante grande.
Brayan está deitado em sua cama, enquanto fuço todo seu quarto, seu gosto por livros é bastante eclético, ele ler de tudo.
— Você tem um livros bem interessantes. Não sabia que gostava de ler — digo deitando-me ao seu lado.
— Ainda tem muitas coisas que tem para aprender sobre mim — fala enlaçando minha cintura e olhando em meus olhos.
— Você é mesmo uma caixinha de surpresas — sussurro fechando os olhos.
Logo sinto seus lábios na minha bochecha, olhos, nariz e um selinho na boca, e mais outro, e outro, até que tomo atitude e aprofundo o beijo. Só nos separamos quando o ar se faz necessário, ele desce sua boca para meu pescoço e arrepios subindo por todo meu corpo, enfio minhas mãos por dentro de sua camisa sentindo o calor de sua pele, levo uma de minhas mãos até seus cabelos puxando sua cabeça para cima levando minha boca à dele, beijando-o.
— Desculpa atrapalhar a pregação de vocês — Samanta diz abrindo a porta do quarto, quase caímos da cama com o susto — Mas a mãe da Naiume está chamando-a para irem embora.
— Já estou indo — falo quase sem voz, ofegante.
Samanta balança a cabeça confirmando e sai com um sorissinho malicioso na boca, fechando a porta atrás de si.
— É... Vamos — digo arrumando minhas roupas, passando a mão nos cabelos.
— Vamos — Brayan diz frustrado.
Nos levantamos saindo do quarto, me despeço de seus pais e sua irmã, antes de ir para casa com meus irmãos e mamãe.
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Vida Crua
RomanceEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...