Olho o colar e o anel ainda estupefada, isso deve ter sido muito caro apesar de serem muito lindos.– São muito lindos, mas Brayan, eu não posso aceitar – digo tentando lhe devolver a caixa com as jóias.
– Claro que pode, é presente e presente não se recusa, ainda mais do seu namorado – diz enquanto se levanta.
Ele da a volta na mesa parando atrás de mim, pegando o colar, colocando-o em meu pescoço, depois fazendo o mesmo com o anel, o deslizando por meu dedo indicador esquerdo.
– Eles ficam lindos em você – fala ao voltar para seu lugar.
Terminamos de comer o bolo e já estavamos prontos para ir embora quando recebo uma mensagem de uma das gêmeas.
[ Naiume, vem para casa
agora, Pietro não está bem.
Não sabemos o que fazer].Carla diz e pelo modo da mensagem, sei que estão em pânico.
{ Já estou indo }.
Respondo.
– Desculpe Brayan, mas eu preciso ir, meu irmão não está bem – falo enquanto pego minha bolsa.
– Tudo bem, eu vou com você – diz se levantando também.
– Não precisa – tento faze-lo mudar de ideia.
– Eu já disse que vou com você – fala decidido e só concordo com a cabeça.
Para chegar mais rápido pegamos o trem, que passa perto da minha casa, de lá praticamente corro a velocidade da luz, procuro a chave de casa dentro da bolsa desesperada, quando não a acho viro a bolsa de cabeça para baixo, jogando tudo no chão, pego-a tentando coloca-lá na fechadura e quase não consigo por causa das minhas mãos trêmulas.
– Carla? – chamo-a ao entrar em casa já arrancando as sapatilhas dos meus pés.
– Aqui no quarto dos meninos – responde alto o suficiente para mim ouvir.
Corro até lá com Brayan atrás de mim, que até a pouco estava juntando minhas coisas que estavam no chão, encontro Carla e sua cópia ao lado da cama de Pietro, que tremia muito, seus gêmeos também estava lá.
– O que aconteceu? – pergunto sentando na beirada de sua cama, coloco a mão em sua testa, checando sua temperatura.
Constato que ele está com febre.
– Estavamos em uma festa na casa de uma amiga e ele começou a dizer que não estava bem, então viemos embora, agora ele está assim – Pablo explica.
– Pietro – ele abre os olhos de vagar ao me ouvir chama-lo – Você comeu algo antes de sair de casa ou lá na festa, que fez você se sentir mal? – pergunto.
– Iorgute – responde.
Me lembro que o último iorgute que estava na geladeira estava vencido, a algum tempo, me esqueci de jogar fora e avisar para não comerem, principalmente Pietro que adoro iorgute.
– Estava estragado, esqueci de avisar – bato com a mão na testa – Clara pega uma bacia com a água gelada e toalhas, Carla pega o termômetro para mim,e meninos vão até a farmácia e comprem remédio para febre e para indigestão alimentar – dou instruções para eles, as meninas vão pegar o pedi, enquanto entrego algumas notas de dinheiro que estavam na minha bolsa para os meus irmãos.
Enquanto seguro o termômetro debaixo de seu braço e tento ligar para a mamãe, que estava trabalhando à noite hoje.
Droga! Ela não atende.
Clara volta com tudo o que pedi, mas antes olho sua temperatura, quase 40° graus, a febre está muito alta, molho a toalha de rosto torcendo, para tirar o excesso de água, a colocando em sua testa.
Nossa noite foi resumida em trocar a toalha na testa de Pietro, checar sua temperatura e dar remédio para ele, quando mamãe chegou eu estava dormindo sentada no chão com o rosto apoiado na cama, com Brayan dormindo no meu colo, Paulo e Pablo na beliche deles e as gêmeas em um futon no chão.
– Mas o que aconteceu aqui? – mamãe pergunta olhando nossa situação.
– Ah, oi mãe – cutuco Brayan para que acorde – Pietro passou mal e teve febre, passamos a noite cuidando dele – falo me levantando.
– E por que não me ligaram? – larga a bolsa no chão ocupando meu lugar, para checar Pietro.
– Nós ligamos, mas a senhora não atendeu – respondo.
Com a movimentação as gêmeas acabam acordando e Pablo também, menos Paulo, esse passou a noite quase toda acordado comigo. Brayan fica ao meu lado quase dormindo de pé.
– E quem é esse rapaz? – pergunta ao percebe-lo.
– Este é Brayan Willians... Meu namorado – logo o reconhecimento passa por seu rosto.
– Ah sim, muito prazer, Vanessa Goullartd – diz lhe estendendo a mão e ele aperta.
Depois de apresentados, o mando para meu quarto para dormir, enquanto isso tomo um banho troco de roupa e vou fazer o café da manhã de todos.
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Vida Crua
RomanceEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...