🏀 Capitulo 03 🏀

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   Não acredito que cedi a chantagem desse garoto.

– Por que está andando tão longe de mim, Naiume? – pergunta e observo a distância entre nós.

   Pronto, começou a guerra dos por quê's.

– Me sinto bem assim – respondo desviando o olhar dele.

   Passamos o resto do caminho até minha casa em silêncio, mas ele é quebrado ao virarmos a esquina da minha casa.

– Naiume, você pensou no que eu pedi no jogo passado? – ele pergunta do nada me pegando de surpresa.

– Ainda estou pensando – respondo indiferente.

– Quando pretende me dar sua resposta? – pergunta, isso está me deixando estressada.

– Eu já disse que estou pensando – grito o deixando para trás perplexo.

   Entro em casa ofeganfe, batendo a porta atrás de mim, não falo com ninguém enquanto caminho até meu quarto, meus irmãos até tentaram, deixo minha mochila na mesa de estudos e caio de costas na cama colocando o travesseiro no rosto, grito com toda minha força.

   Depois de mais calma vou tomar um banho para relaxar, o dia de hoje foi estressante e ainda teve a notícia do jogo no sábado, pelas minhas pesquisas do colégio Zarkas, os jogadores são muito bom, dificilmente eles perdem.

   Que Droga!

  Vamos ter que treinar bastante.

   Bato a bola três vezes no chão e arremesso, mas por algum motivo a bola fica presa entre a cesta e a plaqueta que segura a cesta.

  Eu sou muito ruim jogando basquete.

  De repente um garoto na minha faixa etária de idade, pula tirando a bola de lá mas na hora da aterrizagem algo da errado e ele torce o pé.

– Você está bem? – pergunto preocupada.

– Estou ótimo – responde se levantando.

  Mais eu acho que ele não está bem, porque esta mancando.

– Tem certeza? Seu pé...

– Tenho certeza – diz antes de ir embora com minha bola.

  Finalmente o sábado chega e com ele vem o jogo, os meninos estão bastante nervosos.

– Assistente Goullartd, as faixas estão acabando – Anthony avisa.

– Está bem, eu vou buscar mais – digo antes de sair do vestiário que foi designado a nós.

  Demora dez minutos mais acho a enfermaria e consigo as faixas, mas enquanto estou voltando acabo batendo de frente com alguém, ao levantar a cabeça vejo que é o mesmo garoto daquele dia na quadra.

– Eh?.

   Escuto três vozes dizerem ao mesmo tempo, ao olhar para trás vejo Brayan apontando na mesma direção, o garoto desconhecido e ele para nós.

– Você conhece ele Naiume? – Brayan pergunta.

– Brayan Willians, quem diria que nos encontraríamos de novo – o desconhecido diz.

  Eles se conhecem?.

– Quem é você? – Brayan pergunta à ele.

– Hãm. Eu sou Diego Palker, estudamos o fundamental juntos – responde ainda sem acreditar que Brayan não se lembrava dele.

– Ah sim, lembrei. Você não foi morar no Canadá na quarta série? – pergunta confuso.

– Sim, mais eu voltei. Não sabia que continuava jogando.

– Continuo – diz e agarra minha mão – Vamos Naiume – vira as costas e sai me arrastando com ele até o vestiário.

– Es... Espera Willians – peço, mas é claro que ele não ouvi.

  Me sento ao lado do técnico, do treinador e dos jogadores reservas, que iriam ficar no banco. Após os cumprimentos o jogo começa com nosso time com a bola, até o fim do primeiro tempo estavamos indo bem, mas no segundo tempo descobrimos que nossos adversários estavam se segurando para descobrirem nossas jogadas e infelizmente pedermos com uma diferença de dez pontos e da para ver que eles estão bem frustantes.

  Entrego-os toalhas limpas, água e os mando para o chuveiro do vestiário. Meia hora depois estamos de volta ao ônibus, quando chegamos na escola reúno todos na sala do clube para dar um comunicado.

– Depois de ver a frustração de todos ao perder o jogo, o técnico, o treinador e eu decidimos que vocês vão para um acampamento de duas noites e três dias, para aperfeiçoarem suas jogadas – digo e logo eles estão animados novamente.

   Dispenço todos para voltarem para suas casas e se preparem para a viagem de amanhã, antes de ir embora arquivo o relatório do jogo.

– Naiume, vou te acompanhar até em casa – Brayan fala quando apareço no portão da escola.

– Tanto faz – digo caminhando a sua frente, mas posso ver seu sorrissinho de lado, estampado em sua boca.

Diego Palker = 18 anos.

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