Não acredito que cedi a chantagem desse garoto.
– Por que está andando tão longe de mim, Naiume? – pergunta e observo a distância entre nós.
Pronto, começou a guerra dos por quê's.
– Me sinto bem assim – respondo desviando o olhar dele.
Passamos o resto do caminho até minha casa em silêncio, mas ele é quebrado ao virarmos a esquina da minha casa.
– Naiume, você pensou no que eu pedi no jogo passado? – ele pergunta do nada me pegando de surpresa.
– Ainda estou pensando – respondo indiferente.
– Quando pretende me dar sua resposta? – pergunta, isso está me deixando estressada.
– Eu já disse que estou pensando – grito o deixando para trás perplexo.
Entro em casa ofeganfe, batendo a porta atrás de mim, não falo com ninguém enquanto caminho até meu quarto, meus irmãos até tentaram, deixo minha mochila na mesa de estudos e caio de costas na cama colocando o travesseiro no rosto, grito com toda minha força.
Depois de mais calma vou tomar um banho para relaxar, o dia de hoje foi estressante e ainda teve a notícia do jogo no sábado, pelas minhas pesquisas do colégio Zarkas, os jogadores são muito bom, dificilmente eles perdem.
Que Droga!
Vamos ter que treinar bastante.
Bato a bola três vezes no chão e arremesso, mas por algum motivo a bola fica presa entre a cesta e a plaqueta que segura a cesta.
Eu sou muito ruim jogando basquete.
De repente um garoto na minha faixa etária de idade, pula tirando a bola de lá mas na hora da aterrizagem algo da errado e ele torce o pé.
– Você está bem? – pergunto preocupada.
– Estou ótimo – responde se levantando.
Mais eu acho que ele não está bem, porque esta mancando.
– Tem certeza? Seu pé...
– Tenho certeza – diz antes de ir embora com minha bola.
Finalmente o sábado chega e com ele vem o jogo, os meninos estão bastante nervosos.
– Assistente Goullartd, as faixas estão acabando – Anthony avisa.
– Está bem, eu vou buscar mais – digo antes de sair do vestiário que foi designado a nós.
Demora dez minutos mais acho a enfermaria e consigo as faixas, mas enquanto estou voltando acabo batendo de frente com alguém, ao levantar a cabeça vejo que é o mesmo garoto daquele dia na quadra.
– Eh?.
Escuto três vozes dizerem ao mesmo tempo, ao olhar para trás vejo Brayan apontando na mesma direção, o garoto desconhecido e ele para nós.
– Você conhece ele Naiume? – Brayan pergunta.
– Brayan Willians, quem diria que nos encontraríamos de novo – o desconhecido diz.
Eles se conhecem?.
– Quem é você? – Brayan pergunta à ele.
– Hãm. Eu sou Diego Palker, estudamos o fundamental juntos – responde ainda sem acreditar que Brayan não se lembrava dele.
– Ah sim, lembrei. Você não foi morar no Canadá na quarta série? – pergunta confuso.
– Sim, mais eu voltei. Não sabia que continuava jogando.
– Continuo – diz e agarra minha mão – Vamos Naiume – vira as costas e sai me arrastando com ele até o vestiário.
– Es... Espera Willians – peço, mas é claro que ele não ouvi.
Me sento ao lado do técnico, do treinador e dos jogadores reservas, que iriam ficar no banco. Após os cumprimentos o jogo começa com nosso time com a bola, até o fim do primeiro tempo estavamos indo bem, mas no segundo tempo descobrimos que nossos adversários estavam se segurando para descobrirem nossas jogadas e infelizmente pedermos com uma diferença de dez pontos e da para ver que eles estão bem frustantes.
Entrego-os toalhas limpas, água e os mando para o chuveiro do vestiário. Meia hora depois estamos de volta ao ônibus, quando chegamos na escola reúno todos na sala do clube para dar um comunicado.
– Depois de ver a frustração de todos ao perder o jogo, o técnico, o treinador e eu decidimos que vocês vão para um acampamento de duas noites e três dias, para aperfeiçoarem suas jogadas – digo e logo eles estão animados novamente.
Dispenço todos para voltarem para suas casas e se preparem para a viagem de amanhã, antes de ir embora arquivo o relatório do jogo.
– Naiume, vou te acompanhar até em casa – Brayan fala quando apareço no portão da escola.
– Tanto faz – digo caminhando a sua frente, mas posso ver seu sorrissinho de lado, estampado em sua boca.
Diego Palker = 18 anos.
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Vida Crua
RomanceEla queria se livrar dele. Ele queria estar cada vez mais próximo dela. Naiume Goullartd, 17 anos, assistente do clube de basquete da escola Seiko, entrou para o clube por causa da paixonite pelo capitão, até ter sua primeira desilusão amorosa...