Ainda receava soar como uma boboca realista

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No alto de uma colina florida, Akira, sem estar transformada, plantava bananeira com uma mão só e se erguia e baixava como se fizesse flexões. Sentada na grama, Alina olhava, divertida, e fazia esboços a lápis.

– Você nem parece que está se esforçando, Akira-kun!

– Não mesmo. Desde que virei garota mágica, minha força aumentou muito. Preciso pensar em maneiras novas de me exercitar. Talvez fazer flexões com pesos em cima...

– Precisa? Você deve ser mais forte que qualquer outra pessoa no mundo...

– Não é bem assim. Pouco depois da minha primeira luta, a Homura-san me desafiou para uma queda de braço com nenhuma de nós transformada. E ela ganhou! – Disse Akira, depois de dar uma pirueta no ar e pousar de pés no chão.

– A Homura? Jura? – Espantou-se Alina.

– Pois é. – Sentou-se ao lado de Alina. – Ela está em forma, mas é magra e não parece musculosa, né? Ela quis me mostrar que posso aumentar ainda mais minha força, se usar magia sem me transformar enquanto faço exercícios adequados. Para mim é importante, porque punhos e pés são minhas armas. Quando melhorar mais um pouco, vou desafiá-la.

– Você prefere mesmo não usar armas?

– Estou pensando. A partir do primeiro dan, papai ensina kobudo para os discípulos que se interessem. Armas como nunchaku, sai, tonfa, bo, kama, tekko, eiku... Eu estava concentrada em progredir no caratê básico e chegar logo ao terceiro dan para trabalhar como instrutora assistente, mas talvez as armas sejam úteis contra as Aparições.

– Seu pai deve ser muito bom nisso... – Alina olhava, gulosa, para os bíceps de Akira.

– É um dos sensei mais respeitados do Japão! Muitos vêm de outras regiões para aprender com ele

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– É um dos sensei mais respeitados do Japão! Muitos vêm de outras regiões para aprender com ele. Tem poucos alunos por ser exigente e prefere ficar só com os mais dedicados a baixar o nível, mas treinou vários campeões nacionais.

– Hum... Mudando de assunto, você fica muito bem de regata e botas de trilha, Akira-kun.

Akira riu, contente.

– Que ninguém diga que tenho vergonha de ser sapatão!

– Sério, usar vestido não deixa você feia, mas ofusca sua beleza, a faz parecer comum. Quando vi você nua, fiquei deslumbrada! Você assim, à vontade, é a segunda melhor coisa.

– É bom saber. Vestido, agora, só o uniforme da escola. – Sorriu Akira, abraçando os joelhos. Desde criança, ela tinha sido muito elogiada por sua boa vontade, prestatividade e habilidade em artes marciais, mas não estava acostumada a ser valorizada por sua beleza e se deliciava. Pensava, porém, que não fazia sentido tentar pagar na mesma moeda, Alina sabia muito bem que era linda e talentosa, não precisava que ela lhe elogiasse a aparência ou sua arte. Tinha de descobrir outras maneiras de agradá-la...

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