Então você ama uma louca, Akira-kun.

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Depois de ver a exposição, Akira ficou com muita vontade de falar com Alina, mas não sabia como encontrá-la fora das batalhas. A artista estudava em outra escola e, embora não chegasse a ser uma reclusa, não frequentava o shopping nem os espaços mais populares entre os jovens de Mitakihara. Assim, ao vê-la num banco do parque, com olhar perdido e uma prancheta no regaço, não perdeu tempo. Tinha seus defeitos, mas timidez não era um deles.

 Tinha seus defeitos, mas timidez não era um deles

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– Bom dia, Alina-san! – Saudou Akira, ao vê-la. – Eu atrapalho, se sentar a seu lado?

– Hum... Não, Akira-kun. A inspiração está demorando a chegar. Vem, quem sabe você me ajuda com algum insight...

Sentou-se. Alina não tentou esconder os desenhos sobre a prancheta. Esboços a lápis, rápidos, mas estilosos: uma flor bizarra, rostos estranhos, órgãos sexuais...

– Eu vi sua exposição junto com a Madoka-san. Gostei muito, fiquei impressionada! Eu fiquei com olhos marejados e um nó na garganta por muito tempo.

– É bom saber. – Sorriu, satisfeita. – O que mexeu mais com você?

– A figura da bruxa. Ela me pareceu o sofrimento em pessoa.

– É a dor no limite do possível, no fio da navalha. – Suspirou. – Essa aflição parecia que ia explodir por dentro, não me deixaria em paz enquanto eu não lhe desse a forma certa. Criá-la doeu, mas me deu um grande alívio, como quando se tira o pus de uma ferida infeccionada. Quando terminei, tive a sensação de que estava curada, mas nunca mais faria nada de valor.

– Puxa, que forte! Sinto que tem coisas importantes para mim naquilo que você faz, mas ainda estou começando a aprender a percebê-las. Espero que você não pare de criar!

– Não, agora não acho mais que vou parar. Virar garota mágica me fez sentir e pensar sobre novas fronteiras entre ser e não ser, mas preciso descobrir como mostrar isso.

– Que fronteiras? – Perguntou Akira, por curiosidade sincera.

– Meu trabalho tem sido principalmente sobre os limites entre a vida e a morte. Ainda me interessam, mas quero explorar outros, entre materialidade e espiritualidade, magia e lógica, infância e via adulta, feminino e masculino... Ei, tive uma ideia! Quer me ajudar?

– Claro que quero! – Entusiasmou-se Akira.

– Me empresta seu corpo? – Alina virou-se para ela, cobiçosa, e pôs as mãos em seus ombros.

– Me empresta seu corpo? – Alina virou-se para ela, cobiçosa, e pôs as mãos em seus ombros

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