Na próxima oportunidade de retornar ao isekai, a história foi retomada no ponto onde Akira e Alina a haviam deixado. Akira, juntamente com um pelotão de batedores e Alina, partiu ao encontro de Kumonga. Akira perguntou se era aconselhável que a herdeira do trono participasse de uma expedição tão perigosa.
– Por parte de mãe, Alina descende de uma poderosa linhagem de feiticeiras – Explicou a loira. – Meus poderes não bastam para destruir Kumonga, mas sou capaz de me defender e talvez possa ajudar você e proteger nossos homens.
Akira não estava acostumada a montar, mas conseguiu se arranjar. Alina parecia ter mais prática. Chegaria muito mais rapidamente a qualquer parte com seus saltos, mas podia precisar da ajuda de emissários do reino e se conformou em acompanhá-los.
Fizeram uma pausa no meio do caminho para almoçar, junto a uma aldeia aparentemente não tocada pelo monstro. Enquanto comiam pão, queijo e azeitonas trazidos nos embornais dos batedores, Akira olhava para os rebanhos de ovelhas, as garotas camponesas que lhes ofereciam água e figos e as crianças pequenas que a olhavam com curiosidade, algumas com bonecas e brinquedos toscos de madeira nas mãos. Essas criações de Alina eram mais do que ilusões, eram palpáveis, mas pensavam e sentiam? Julgavam ser reais? Se fosse assim, não podia encará-las como meros figurantes de cenário. Seria tão importante protegê-las quanto às pessoas de Mitakihara.
– Akira-dono vai enfrentar Kumonga? – Perguntou uma garota de olhos vivos ao lhe trazer uma vasilha e servir água. Devia ter uns dezesseis anos e estava grávida.
– Sim, vou. – Respondeu Akira, disfarçando a voz e acentuando atitudes masculinas. Tinha de pensar como um homem, mas não era difícil. Na verdade, era divertido, depois de ter passado boa parte da vida tentando parecer mais feminina do que era. Ofereceu pão e queijo à menina, que disse que se chamava Anteia. Ela aceitou e sentou-se para conversar.
– Akira-dono parece tão jovem... – Avaliou ela. – Há seis meses, conheci um guerreiro chamado Ajax-dono com o mesmo sonho, mas era muito maior e mais forte.
– Talvez eu seja mais forte do que pareço, Anteia-san. – Sorriu Akira. – E que foi de Ajax-dono?
– Ele passou a noite aqui... – Lembrou Anteia, passando a mão na barriga saliente. – Era um homem bonito e musculoso, de barba loira. Disse que queria a companhia de uma virgem carinhosa antes de enfrentar Kumonga, para lhe dar sorte. Ele foi gentil, gostou de mim, me deu este broche e prometeu que se voltasse vivo, me levaria para o palácio. Mas não voltou.
– Oh...– Akira ficou penalizada. – Mas você sabia que ele se casaria com a princesa Alina?
– Sim, claro, não sou boba! – Protestou Anteia. – Mas eu ficaria feliz em ser uma concubina. Já pensou? Meus filhos seriam bastardos do rei e teriam cargos na corte ou na tropa e minhas filhas se casariam com nobres. Infelizmente, os deuses não sorriram para nós.
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Maioridade em Mitakihara
FanficE se as protagonistas de Puella Magi Madoka Magica conseguissem sobreviver até se tornarem adultas? Há tempos eu queria escrever uma fanfic de Madoka Magica e me pareceu que essa possibilidade foi, até agora, relativamente pouco explorada. O ambie...