Não é que eu esteja assim tão apaixonada.

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Mami voltou para casa com Nagisa, aliviada pelo sucesso de Madoka e Homura, mas também preocupada com a nova manifestação das Aparições. Cheirava a prenúncio de dificuldades sérias quando mais precisava de paz para refletir e pôr seus sentimentos em ordem.

Usukuro-san. Assim ele lhe fora apresentado por Alina e ela não chegara a esclarecer se era nome, sobrenome ou pseudônimo, porque a conversa de imediato tomou rumos mais interessantes. Ele elogiava para Alina o bolo como uma obra de arte que ele se orgulharia de ter feito e ela lhe contou que Mami o fizera. Começaram a falar de significado, beleza e mensagens e se entusiasmaram. Lá pelas tantas, ele contou de um lugar especial aonde ia quando buscava inspiração. Um lugar para ele mágico, um canto na montanha a poucos minutos de Mitakihara, de onde só se via mata, céu e natureza.

Tanta era a empolgação dele que Mami lhe pediu para conhecer o lugar

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Tanta era a empolgação dele que Mami lhe pediu para conhecer o lugar. Ele propôs irem naquela mesma noite e ela ficou curiosa. Saíram da festa pouco depois dos parabéns a Alina, ela subiu na garupa da moto e logo subiam uma tortuosa estradinha pelas montanhas até o ponto do lado oposto da cidade. Usukuro parou numa curva, deixou a moto atrás das árvores e a conduziu pela mão, contando com uma lanterninha de bolso. Nem carros passavam por ali, ouvia-se apenas o cricri de grilos e o coaxar de sapos.

Uma mulher humana teria de estar muito bêbada ou muito louca para ir a um lugar desses com um homem que acabava de conhecer

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Uma mulher humana teria de estar muito bêbada ou muito louca para ir a um lugar desses com um homem que acabava de conhecer. Nem tanto com uma garota mágica, para a qual o único perigo de um homem era o de se decepcionar com ele. Mami, acostumada com decepções, estava consciente do risco, mas se dispôs a apostar. Ele parecia diferente, no mínimo por realmente ouvir o que ela falava e por olhar mais para seus olhos e boca do que para seus seios. Mais curioso era o artista não se surpreender com sua aparente imprudência. Mas poucas pessoas questionam milagres que correspondem a seus desejos.

– Sabe? – Perguntou ele. – É a primeira vez que trago alguém aqui.

– Sério? Ninguém tinha aceitado um convite?

– Não, eu falei disto a outras pessoas e ninguém tinha mostrado esse tipo de interesse. Convites, nunca fiz. Isto é tão mágico para mim que eu tinha receio de mostrar a outros que se decepcionassem e rissem, ou dissessem que é uma bobagem. Aqui estamos. – Sentou-se.

Maioridade em MitakiharaOnde histórias criam vida. Descubra agora