Às vezes é preciso seguir o coração

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Após enviar o recado de que tinha algo importante para lhe falar, Akira encontrou Homura no parque na hora combinada. Ao vê-la, avisou-a telepaticamente de que o motivo de sua preocupação era Alina e tinha receio de que ela pudesse aparecer ou de alguma maneira ouvir o que iam conversar, pois ela tinha recursos mágicos inesperados.

– Não se preocupe, Akira-kun. – Tranquilizou-a Homura, sentando-se na grama. – Tenho meus próprios meios de me assegurar de não sermos ouvidas ou vigiadas. Sei que você não falaria assim se não tivesse motivos muito sérios, mas pode ficar tranquila quanto a nossos segredos.

Akira contou-lhe da aventura no universo paralelo de Alina e de suas dúvidas. Homura ouviu sua história séria e atenta, de mãos cruzadas sobre o joelho.

– O que você me diz, Akemi-senpai? – Perguntou Akira, aflita. – São pessoas ou simulações?

– Nem uma coisa, nem outra, Akira-kun. – Homura encarou seu rosto e explicou com calma. – Todas as garotas mágicas têm a capacidade latente de gerar criaturas pensantes e universos labirínticos. Acho que é uma consequência de serem biologicamente mães em potencial. Esse poder só se manifesta debaixo de emoções tão extremas e violentas que geralmente as Joias da Alma são consumidas e as garotas arrebatadas pela Lei dos Ciclos antes que isso aconteça, mas no caso de Alina, a combinação do caráter de seu desejo com sua natureza passional deve ter lhe permitido dominar esse recurso sem sofrimento. O perigo está em possuir um poder imenso sem disciplina e espírito de sacrifício para se controlar. Eu acredito que ela de fato ama você, Akira-kun, mas mais ninguém pode se considerar em segurança, porque de resto seus objetivos são egoístas. Ouvi-a dizer que quer fazer do mundo sua obra de arte. Imagino que esse mundo em miniatura que ela criou seja, por assim dizer, um rascunho. Um esboço.

– Ainda não sei se entendi. O que são, exatamente, essas criaturas?

– Podemos chamá-los de "familiares" ou "servidores"

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– Podemos chamá-los de "familiares" ou "servidores". São seres mais ou menos autônomos e inteligentes, conforme o propósito e a habilidade de quem os cria. Geralmente são como robôs, produzidos em massa conforme modelos fixos para obedecer a sua criadora como trabalhadores ou soldados, mas se pareceram a você indivíduos diferenciados com vontade própria, eu diria que são conscientes, sim. Isso também é possível.

 Isso também é possível

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Maioridade em MitakiharaOnde histórias criam vida. Descubra agora