Meu nome é Ryan

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Tentar derrotar um tirano como Jason Backer, eu sabia que não seria uma tarefa fácil, mas sobreviver depois de ser atingido por um tiro de bazuka, já era demais.

O assassino se aproximava de nós com calma, apesar de ver o ódio em seus olhos.
Teddy estava incrédulo diante daquele ser, chegando a questionar a sua origem.

- Ele é realmente humano?!
- Chamá-lo de demônio, soa como elogio!

O mercenário sacou seu revólver Calibre 38, e começou a disparar contra o vilão, onde as balas ricocheteavam em seu corpo resistente como o aço.

Jason acabou sorrindo ao ver que as munições não o afetavam.
Teddy acabou descarregando todas as balas do tambor, ficando apavorado com o poder dele.

Imediatamente peguei a moto do mercenário e disse:

- Fuja!
- O que?! Eu não vou deixar você sozinho com esta aberração!
- Me escute amigo! Jason quer me matar desde sempre e agora ele tem a chance!
- Mais um motivo pra lutar ao seu lado!
- Isso é pessoal! A parada é entre eu e ele, se você ficar aqui, acabará sendo morto em vão!
- O que devo fazer?!
- Volte para Gabriel e os outros, se eu morrer, quero que continuem criando as Balas de Deus!
- Não faremos isso sem você!
- Agora tudo pode acontecer, minha luta final contra o Jason começou!
- Boa sorte Ryan, e por favor... Fique vivo!

O fora da lei montou na estradeira e desapareceu na estrada, graças ao meu conselho.
No entanto, ainda restava uma última bala de Bazuka no artefato, aproveitei a oportunidade e disparei contra o maligno.
O local explodiu, fazendo rochas rolarem sobre ele.

Obviamente aquilo não ia detê-lo por muito tempo, mas foi o suficiente para eu correr até a velha fábrica desativada.
Era o mesmo lugar onde minha amiga Mary foi infectada pela radiação, quando lutávamos contra os mutantes.

Felizmente Chernobyl já não era o mesmo, na verdade ninguém sabia explicar como a radiação desapareceu repentinamente. Talvez o governo ou o próprio Jason estivesse por trás disso, mas nunca foi comprovado.

A fábrica continuava do mesmo jeito como da última vez e minha mente era capaz de escutar o disparo que dei na cabeça dela.
Aquela triste recordação me perseguia até o fim, me deixava noites sem dormir, ainda mais agora ter que retornar no mesmo ambiente em que eu a assassinei.

Porém eu tinha que cumprir a missão de libertar a sua alma e achar essa misteriosa carta, que ela deixou ao seu marido.

Caminhando apressadamente pelo local segurando minha Calibre 12, procurava qualquer sala estranha que me lembrasse uma prisão.
No entanto, os repartimentos da fábrica ainda pareciam os mesmos, todos vazios e escuros.

No meio da investigação, ouvi a porta de ferro principal ser arrombada violentamente pelo Jason.
O assassino estava na minha cola e desta vez era só eu e ele.

- Apareça Ryan! Não tenha medo, prometo que sua morte será rápida, assim como mandei matar Samantha!

A minha vontade era de explodir sua cabeça ao ouvir suas provocações. Porém eu não era ingênuo o suficiente para fazer isso, apesar da potência da minha arma, ela não tinha calibre para derrubá-lo.

Fora o fato que eu tinha que descobrir onde estava aquela bendita carta de Mary e fazer com que ele lesse.

Fiquei andando lentamente atrás das paredes, escutando aquele monstro ao redor me procurando.
Mesmo na escuridão, era possível ver a sombra dele adiante, se movendo para todos os lados.
O suor escorria pelo meu rosto, onde eu ouvia apenas minha respiração ofegante. Há tempos não sentia uma adrenalina como aquela percorrendo em minhas veias.

Obscuro final; Consumados (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora