||Jack addiction||

23.

Jack já estava vivendo no bunker 3 dias, e o que aconteceu basicamente foi:

Dean ainda não falava direito com o garoto, quando os dois por ventura de esbarravam, o Winchester jogava indiretas deixando claro que ele não era bem vindo e era um incômodo;

Sam começou a dar mais atenção a ele, até fez ele vestir flanelas em xadrez, o tratando como um mini Winchester;

Castiel estava sempre conversando com ele, o aconselhando e dando o máximo de atenção a ele, o fazendo se sentir especial;

Gabriel o tratava como uma criança, fazendo suas peripécias, mágicas e sendo o mais amigo possível do garoto;

Jack descobriu que gosta de coisas brilhantes depois que Sam deixou ele comprar uma luz de Natal para decorar o quarto em que ficava.

Ele ainda não tinha largado seus vícios, porém se esforçava para deixá-los.

- Moleque. - Dean chamou o loiro que estava lendo alguma obra de HP Lovecraft sentado no sofá. Jack para sua leitura e o olha. - Eu preciso de ajuda, anda.

Dean apenas saiu andando, e Jack levantou rápido o seguindo.

Ele parou numa sala cheia de livros, a maioria deles de casos criminais.

- Preciso que ache arquivos sobre um caso chamado "Elisa".

- Tá, é sobre o que?

- Um assassinato na Romênia, eu preciso ver umas coisas nele.

E então, lá estavam os dois, em meio de livros e muitos e muitos arquivos,

Nenhum dos outros três estavam em casa, e o alarme da casa disparou, e a porta começou a fechar, trancando os dois lá dentro.

- Ah não...

- A gente tá trancado aqui?

- É...

- Deixa eu adivinhar, só uma pessoa do lado de fora pode abrir né?

- É.

- Ótimo. - Jack apesar de definitivamente não gostar de ideia de estar trancado com Dean, continuou procurando o documento pra ele.

Os dois estavam no silêncio, Dean estava sentado encostado na porta vendo Jack revirar tudo.

- Moleque, me diz uma coisa, por que?

- Por que o que?

- Por que as drogas?

- Ah, fácil, amor.

- Como assim amor? Tá louco?

- Eu procurei amor em todos os lugares Dean, e bem, em todos os lugares errados.- Dean o olhava com curiosidade, e pena. - Em drogas, em bebida, em sexo, em trabalho, o que me deu mais paz foram as drogas. Imagina, você cresce com um pai que fala que te espanca porque ele te ama, você perde seu melhor amigo, você não tem ninguém no mundo, não pode falar com ninguém, e quando chega em casa tem a provinha do que é o inferno, e sua cabeça gira, e pensa, pensa, pensa, pensa até você não conseguir se ouvir, até que, puff, uma pílula que te deixa mais lento, que deixa sua cabeça mais lenta, e que te faz dormir rápido e por muuuito tempo. Como você não se vicia em algo que te afasta das coisas ruins?

Naquele momento Dean soube o quão quebrado Jack estava.

E por 1 segundo, Dean se convenceu de que kline poderia não ser igual Nick.

- Eu sei que eu te lembro de alguma coisa ruim, muito ruim do passado, eu sinto muito por isso. - Ele foi até Dean e entregou o caso Elisa em suas mãos, e sentou ao lado dele.