20/11/2019

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Esse último mês tem sido um dos mais difíceis da minha vida, me sinto uma criança birrenta e mimada falando isso... Mas é complicado, a últimas duas semanas foram repletas de novidades. Me descobri parte do meio, foi algo diferente.
Eu me sinto muito confuso em relação a isso e continuo me perguntando: "onde foi que desandei tanto?" Na minha mente parece muita coisa para ser dito sem expressões e em pouco espaço. Para iniciar, vou recordar sobre esse último domingo. Eu e minha família fomos a igreja depois de quase um ano sem eles irem. Não vou negar que fiquei feliz com isso, e foi nostálgico poder ver o batismo de uma criança e recordar do meu. Toda a ideologia de me ver batizando alguém, de poder batizar em especial minha namorada, a qual nunca sequer tive, de ir para a missão, de ajudar o próximo, era tudo tão.... Simples e tranquilo. Quem me via jamais imaginaria os seres com os quais estou me envolvendo. E isso me preocupa.
Ultimamente ando muito mais preocupado do que deveria, inclusive soube de coisas as quais não deveria... pelo menos, não por hora, creio eu. Me falta maturidade para lidar com as experiências, de permitir o meu corpo, transicionar, pô-lo em frenesi em um tornado de ideias na minha cabeça. Saudades da época em que era simples, eu que o mais estranho era sentir a energia de um amigo, não de uma ou mais entidades. O Brotam é um ser difícil de lidar, tenho muito que ensinar para ele sobre como conviver em sociedade. É complicado, até porquê, em relação ao meu meio de convívio, a antipatia foi mútua. Eu me sinto culpado por permitir isso, ele não queria estar aqui, e eu não consigo deixá-lo nem o mandar para onde ele possa estar em paz. E por mais estranho que seja admitir isso, eu preciso dele, ele me ajuda. Os seres que me seguem sempre me tormentam quando ele vem, e ele me ensina a domá-las... Não existe definição palpável física para descrever o tormento de ter todos os seus medos mais profundos lançados em meio a um turbilhão de pensamentos num único pesadelo. Gritos e mais gritos, o abandono, a tristeza, o sofrimento, a mágoa, rancor, esquecimento, MORTE, a sensação mais desoladora existente, e a solidão por não poder fazer nada e saber que ninguém jamais vai te tirar dali, e se ver completamente sozinho porquê tudo e todos que você ama te abandonaram da forma mais grotesca e dolorosa que você é capaz de imaginar... Talvez a morte não seja tão terrível comparado a isso, não é atoa que aqueles que as tem geralmente se matam. Então... Porquê eu tô aqui? Lidando com elas com 17 anos de idade?
Sabe o que é mais curioso? Estou deixando de ser eu aos poucos, ou parte de mim. Quando você vê a morte várias vezes, você acaba perdendo o medo dela.
Estou muito cansado para fazer qualquer coisa, e não sei dizer até onde isso pode me levar, mas uma coisa é certa, essa trilha binária entre o meio da mediunidade e a espiritualidade cristã é algo que vou ter de aprender a lidar sozinho. E isso não me assusta mais.

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