Cap. 2

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Camila Cabello POV

— Dinah, que salva vidas é aquela pelo amor?!. – Falei enquanto encarava a garota que estava do outro lado da piscina.

— Lauren Jauregui, minha filha, já gamou foi sapatão? – Falou e Lucy deu uma crise de riso.

— Não tô achando graça. — Cruzei meus braços e voltei a olhar para a Lauren. — Perfeição aquilo ali.

— Não dou uma semana. – Dinah falou e eu a encarei confusa.

Epa! Camila tira seu cavalinho da chuva que eu aqui há muito tempo. – Lucy falou e eu a olhei incrédula.

— Não quero nem saber, eu vou fisgar ela, aliás, você sabe se ela namora? – Perguntei para Dinah, que deu de ombros.

— Ela só vive grudada com uma garota, ela estava até cantando aqui quando nós chegamos. – Dinah falou e Lucy assentiu. Eu arqueei minha sobrancelha e encarei Lauren, assim que virei meu rosto, ela me olhou e então eu voltei a minha atenção às garotas.

— Entendi... não acham que já está tarde?

— Sim, vamos lá falar com a Lauren. – Dinah falou com um sorriso malicioso e eu me controlei para não sorrir também.

Andamos e senti meu corpo se arrepiar pelo frio que começou a fazer, assim que nos aproximamos da mulher, ela encarou o meu corpo descaradamente e eu provoquei sorrindo para mesma. Após nos apresentarmos, as meninas saíram e eu achei uma bela oportunidade para atiçar Lauren, me abaixei e empinei bem a minha bunda, peguei a minha roupa e levantei tentando conter o meu sorriso.

Vesti a roupa e me despedi de Lauren, Austin tinha vindo me buscar, já que irei passar o final de semana na sua casa com Ariana. Desde muito nova eu sou amiga de Austin, nossos pais eram amigos e por isso fomos criados praticamente como irmãos.

— Quem era aquela mulher com quem você estava falando? – Austin perguntou curioso como sempre.

— Você já foi menos fofoqueiro! – Alfinetei enquanto entrava em seu carro. — Mas respondendo a sua pergunta, é a salva vidas do clube, Lauren o nome dela.

— Linda ela, está solteira? –Perguntou mexendo as sobrancelhas e eu controlei a minha gargalhada.

— Não, ela namora, mas de qualquer forma de ela fosse solteira ela não iria te querer. – Falei convicta e assim que Austin parou o carro na sinaleira me encarou com um certo deboche.

— Por que a senhorita acha que ela não iria me querer? Eu sou lindo! –Falou passando a mão no rosto enquanto se olhava pelo retrovisor.

— Ela é lésbica. – Falei a primeira coisa que veio em mente para tirar essa ideia de querer a salva vidas, da cabeça de Austin.

— Como você sabe? Eu em! – Austin cruzou os braços, mas logo colocou as mãos no volante para dirigir assim que o sinal ficou verde.

— Porque ela namora uma garota. – Falei e Austin fez uma cara de decepção que foi impossível não rir, o caminho todo eu fui dando risada e o perturbando. Até que Austin não aguentou mais e ligou o rádio, mas mesmo assim eu não parei até chegar em sua casa.

Entramos e eu joguei a minha mochila no seu sofá, Austin mora com sua mãe e sua irmã de quatro anos, provavelmente as duas já estavam dormindo, então só faltava esperarmos a Ariana para começarmos a jogar.

— A Ariana não irá vir hoje. – Austin falou enquanto olhava para o celular. — Parece que Frankie está passando mal e ela teve que levá- lo ao hospital. Eu assenti e peguei a minha outra roupa, e fui para o banheiro tomar um banho morno, lavei meu cabelo para tirar a água de cloro e depois de alguns minutos eu desligo o registro, visto uma roupa confortável e seco o meu cabelo.

Austin já estava no sofá com outra roupa, provavelmente já tinha ido tomar banho no banheiro do segundo andar, fui à cozinha e peguei alguns doces que estavam no armário, voltei para a sala e Austin me entregou o controle do Xbox.

— Hoje eu ganho de você, Cabello. – Falou sorrindo e eu revirei os olhos.

— Você sempre fala isso Austin.

Depois de praticamente dezenas de partidas eu e Austin paramos de jogar, amanhã nós iríamos sair com Ariana e o Shawn, infelizmente, só aceito sair com esse cara por causa do Austin, mas nem a voz dele eu aguento ouvir.

[...]

No dia seguinte acordamos bem tarde e então Ariana marcou de nos encontrarmos na boate às nove horas da noite, então passamos a tarde jogando novamente, a mãe de Austin preparou nosso lanche e à noite já estávamos na entrada da boate.

— Será que hoje eu desencalho? – Austin perguntou juntando as mãos e olhando para o céu, eu dei risada e andamos, o rapaz liberou nossa passagem, e assim que colocamos os pés dentro do estabelecimento, a música alta invadiu nossos ouvidos.

Encontramos a Ariana e o Shawn parados no bar, revirei os olhos internamente quando ele sorriu para mim e corri para abraçar a minha amiga.

— Só assim para nos vermos, Camila! – Shawn falou e eu dei um sorriso falso, pedi uma bebida ao barman e me afastei de Shawn, eu não estava afim de ouvir suas cantadas hoje.

Sentei em um dos bancos do bar e Ariana começou a contar sobre a sua experiência na faculdade de música, eu sorria com sua empolgação e ela não parava de falar, por um momento me senti vigiada e comecei a procurar por toda a boate, até que me deparo com aqueles benditos olhos verdes, perfeito.

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