Convivendo com o" ínimigo"

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Bruno sentiu seus nervos aflorarem, há medida que encarava a mulher na sua frente, pelo seu olhar de fúria sabia que seu ódio era recíproco, é exatamente essa Jaqueline que ele quer ver, mostrando sua verdadeira face. Puxou seu corpo contra o seu, e encarou seus olhos desafiador, seu rosto estava tão próximo que poderia sentir sua respiração bater contra seu rosto.

__ Estou avisando, se não me soltar. - Trincou os dentes, enraivecida.

__ Se eu não te soltar, irá fazer o que? Sorriu sarcástico... _ Me bater? Claro, uma selvagem como você. - Jaqueline abriu a boca e fechou novamente. Então um sorriso estranho saiu dos seus lábios.

__ Se quer tanto passar a noite comigo, não precisa insistir, afinal somos marido e mulher, não é mesmo? Levantou o outro braço tocando seu pescoço com as pontas dos dedos, enquanto ficava na ponta dos pés, encarando seus lábios. _ Só estou surpresa, por ter esquecido da Melissa tão rápido. Mas se é isso que deseja, vai ver o quanto inesquecível eu posso ser. - piscou __Quando percebeu que ela realmente o beijaria, - Bruno a soltou subitamente. Ele jamais conseguiria trair a memória da Melissa, mesmo que fosse para se vingar, ao ver que ela teve o descaramento de não se sentir intimidada por sua investida, mostrou exatamente o tipo de mulher que ela é, ou seja bem pior do que imaginava.

__ Tenho nojo de mulheres como você. - Foi as últimas palavras proferidas antes de entrar no seu quarto e fechar a porta com força.

Jaqueline soltou um longo suspiro, sentindo o impacto das palavras do Bruno, com certeza, essa atitude não foi a mais inteligente, porém sua obrigação e ajudá-lo a ser um bom pai e para isso, não precisa gostar especificamente dela, que ele pense o que quiser ao seu respeito, afinal, o único que conhece seu coração é Deus. E enquanto Bruno a olha-se dessa forma, jamais correria o risco dela se apaixonar por ele, ou vice-versa.

Terminou de tirar os sapatos, e foi para fora buscar sua mala.

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O vento frio bateu contra sua pele branca, e a fez se encolher, ela ainda não tinha tirado o vestido de noiva, e estava se sentindo desconfortável, com cuidado para não machucar os pés nas pedras, caminhou até o carro, pegou a chave e rodeou seguindo para o porta malas, abriu dando de topo com sua mala vermelha.

__ Vamos lá! Você consegue. - Respirou fundo, segurou a mala da melhor forma possível tentando erguê-la, no entanto, a mesma sequer se moveu do lugar. Realmente não foi uma boa ideia colocar tantas roupas.

Mesmo assim, decidida não se deixar vencer pelo obstáculo, colocou toda força que existirá dentro de si, e segurou o puxador arrancando de dentro, porém, sem que ela percebesse a rodinha ficou enroscada, Jaqueline acabou caindo de bunda no chão, machucando as palmas das mãos nas pedrinhas afiadas.

Do quarto, Bruno escutou um barulho, mesmo sem se importar, sua curiosidade falou mais alto, se levantou da cama e foi até a janela se deparando com a cena cômica de Jaqueline sentada no chão encarando as mãos arranhadas, com o semblante totalmente caído e frustrado. Seu vestido que antes era claro estava vermelho da cor da terra, a cena era de dar pena, se fosse outra mulher ele com certeza sentiria pena, mas se tratando Jaqueline, achava bem feito!

No entanto, por mais que quisesse ignorá-la ali, caída e triste, Bruno ainda era um cavaleiro e por pior mulher que Jaqueline fosse, ainda era do sexo oposto, então sua educação não permitiria simplesmente deixar passar. Contra sua vontade, abriu a porta do quarto descendo, caminhou em direção a fora e avistou a mesma limpando as mãos no vestido todo sujo.

__ ótimo, veio rir de mim. - Falou aborrecida ao nota-lo na sua presença. Bruno nem a olhou foi até o porta malas e pegou a mala tirando e a colocando no chão.

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