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Bailey May

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Bailey May.

    Este foi o nome mais comentado durante minha terrível experiência no colegial. A visão das pessoas sobre mim era simples: Todos acreditavam que eu possuía uma história terrível por trás da minha postura arrogante, ou algum assassinato nas costas. Quando na verdade, eu era apenas um cara com pouco interesse em desenvolver uma vida social.

   Diferente de Sabina, a única capaz de me entender, talvez pelo mesmo sangue que corre em nossas veias, ou apenas pela convivência. Viver em uma família como a nossa é complicado, principalmente, quando é preciso manter a pose de bom moço.

   Sabina sempre foi sociável e tão popular quanto eu, mas ao contrário de como eles me viam ela era a garotinha perfeita. Para eles o sangue May não corria pelas mesmas veias da mexicana, o fato de ser uma filha fora do casamento do meu pai, consolidava a ideia de que Sabina Hidalgo não era minha irmã.

   Quando me refiro ao fato de que a vida em família era complicada, eu não estava mentindo. As brigas eram constantes. Sempre senti que havia uma grande divisória entre todos nós, de um lado eu e Sabina, do outro meus pais.

   As idas a psicólogos também era algo comum, as discussões entre eles sempre ocorriam por dois motivos: Como minha mãe costuma chamar "A garçonete vadia" ou a tão famosa frase: "O Bailey precisa ser normal ". Que piada...

   Embora a vida estivesse difícil, havia uma pessoa a quem eu devia os momentos bons.

 Shivani Paliwal.

   A garota de longos cabelos lisos, e um sorriso encantador. Eu costumava assistir seus treinos de dança. Todos os dias.

  A indiana mudou-se para a cidade na sétima série, e desde então, parecia que cada vez mais me chamava a atenção. Ela era diferente, especial.

   Para minha sorte, ou azar, no final do primeiro ano precisei passar semanas preso em um hospital psiquiátrico e ao retornar a escola, algo estava diferente.

Shivani, a garota que sempre tomava minha atenção, se tornara melhor amiga da minha irmã.

   Durante todos os meses seguintes, lhe escrevi bilhetes e escondi presentes sem identificação, eu não tinha coragem para dizer que era eu.

  Enfim, quando um dia saiu dos meus lábios "Eu gosto de você " ela já estava distante, não fisicamente, mas seu coração já era de Noah Urrea

Embora nem mesmo ela lembre disso.

Hoje eu ainda sou o Bailey May, o cara sem amigos, sério e rude. É o que me dizem. O cara que passa nos corredores, e por algum motivo, faz os caras desviarem o olhar e as garotas simplórias e fúteis ficarem excitadas.

Era possível notar os constantes olhares sobre mim, em forma de julgamento.

   Porém, há uma pessoa que me faz mudar de ideia pra valer, quando a vejo no meio da multidão, não importa o que eles dizem, ela toma minha atenção.

  Quando nossos pais acharam que estava na hora de sermos independentes, eu e Sabina, nos deram um apartamento próximo a faculdade. Logo, algo na janela vizinha fez meu coração acelerar. Shivani.

A melhor amiga da minha irmã, quem observei durante vários anos da minha vida, estava ali, ao vivo e a cores, não em fotos largadas dentro de uma caixa, e nas lembranças de suas coisas esquecidas em minha casa, como a longa camisa do Eminem.

Ela era real, minha vizinha.

Pode parecer loucura, obsessão e idiotice.

Mas desde a primeira vez que Paliwal cruzou meu caminho, eu soube: Eu a teria ou morreria.

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