Quarenta

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Eu nunca havia parado pra pensar sobre a minha primeira vez, nunca realmente manti esse pensamento caso ele rondasse minha cabeça.

Agora, ainda ao lado de Bailey, me senti em um momento completamente fora de mim, a certeza que eu e Bailey havíamos transado não aumentava minha expectativas sobre o que aconteceria agora.

Bailey ainda é cheio de problemas, nós ainda estamos mentindo para metade das pessoas de nossa vida, e isso me faz sentir insegurança.

A impressão de que nos próximos segundos, Bailey pode levantar, dizer que não era pra ter acontecido ou qualquer coisa do tipo, e fazer como ele sempre faz, sumir.

- Você está quieta, está tudo bem?- a sua voz ecoou pelo quarto, que agora se encontrava calmo e silencioso, diferente de minutos atrás.

- Só estou pensando. - a timidez que possuiu me pareceu surreal, eu não conseguia encara-lo.

Todos fazem isso com a maior naturalidade a maioria das vezes, mas como encarar alguém que eu estive tão íntimo que nem consigo pensar em palavras para definir.

- Agora é a hora que você vai embora?- indaguei automaticamente sem pensar, a rigidez em minha voz o fez se ajeitar para me encarar, ele estava perfeitamente bonito mesmo tão bagunçado.

- O que te faz pensar isso?

- É o que você faz não é?- alfineta-lo pode ser a pior decisão mas é a única que consigo fazer agora, o medo de parecer a garota que sairia machucada.

Mesmo com a sua perfeita frase: " Não sabe a quanto tempo te espero dizer isso".

As pessoas sempre vão embora.

Isso me assusta, principalmente, por compartilhar algo tão importante, com alguém que realmente gosto.

- Acha que eu faria isso com você?- sua incerteza e a forma como se sentiu ofedido era clara.

- Não sei.

- Eu quero que diga.

- Eu só...- pensei nas palavras corretas para serem usadas.- Não quero que vá.

- Shivani.- sua mão tocou meu rosto, seus dedos em cada lado de minhas bochechas me faziam encara-lo nos olhos.- Eu não vou embora, não repita isso nunca.- falou com uma seriedade absurda.

Mordi os lábios encarando seus olhos que desceram subitamente para os mesmos.

Assenti devagar.

Soltei meus lábios abrindo espaço para os de Bailey tomarem lugar.

Seu beijo era quase uma prisão, necessidade de tê-los o tempo inteiro.

Cravei minhas mãos em meio a seu cabelo.

Puxando lentamente, sorri entre o beijo ao perceber o arrepio que lhe percorreu.

De repente como se todas as minhas inseguranças em relação ao mesmo tivessem ido embora, me senti segura do que estava fazendo.

Sua mão tocando a minha pele chegava a ser um choque de paixão e prazer, que evaporou ao sentir Bailey se afastar.

- Chega.- falou enquanto recuperava o ar que lhe faltava.

- O que foi?- juntei minhas sobrancelhas.

- Não posso fazer isso.- começou, revirei meus olhos. - Quero você de pé  amanhã para voltarmos pra casa.- quase gruniu, ele realmente estava irritado. Segurei a risada.- Eu preciso de ar puro, tudo bem?- assenti, vendo-o se afastar para colocar suas roupas.

Enquanto ele fazia isso, eu observei suas costas relaxadas, Bailey parecia quase perfeitamente leve.

Já vestido virou-se, encostando levemente seus lábios nos meus, antes de sair.

Our Best Part - A Nossa Melhor Parte (Repost)Onde histórias criam vida. Descubra agora