Troquei o peso do meu corpo para o outro pé, estava um clima realmente estranho.
Após um minuto torturante, a ponto das pessoas se dispersarem, seus lábios se movimentaram e finalmente ele proclamou algumas palavras. Preferia que ele não tivesse dito absolutamente nada.
— Qual o seu problema? — Sua voz saiu a mais calma possível. Ergui uma das sobrancelhas lhe encarando de forma estranha, provavelmente eu estou ridícula.
— Você está falando sério?— Bati o pé indignada. — Eu estava te agradecendo.
— Não precisa agradecer, eu faria isso até por um cachorro. — Mordi os lábios brava pela forma que ele estava me tratando. — Não faz mais isso.
Bailey tinha uma postura tão arrogante e babaca, lembro-me de pensar isso todas as vezes em que eu o encontrava, era estranho vê-lo tão próximo e se dirigindo completamente a mim. A forma como ele estava falando me fez fechar os punhos, sentindo finalmente um flash de dor em minha mão.
— Entendi, mas eu não precisava da sua ajuda. — Vi seu olhar desviar para a minha mão machucada.
— Tanto faz.— Revirou os olhos. Cruzei os braços batendo os pés, enquanto ele tateava pelos bolsos da jaqueta, retirando um papel idêntico ao que havia sido deixado no meu apartamento.— Você já sabia disso?— Assenti confusa.— Acho que precisamos conversar.
— Não estou afim.— Caminhei até o bar, onde Diarra procurava algo nas gavetas.
Foi quase impossível não perceber Bailey me seguindo, bufei, sentando no banco de frente para o bar. Diarra levantou, em suas mãos se mantinham uma maleta branca de primeiro socorros.
A mesma torceu o nariz ao analisar minha mão.
— O que deu em você?— ela estava indignada.
— Vocês combinaram de me importunar?— Questionei. — Afinal, por que você tá falando comigo?— Virei para Bailey.
— Você sabe exatamente porque Hindi.— ergui uma das sobrancelhas.
— Hindi sério?— Encarei Diarra que revesava seu olhar entre mim e Bailey.
— Olá, Diarra. — Bailey a encarou e impressionante, vi vestígios de um meio sorriso, ela limpou suas mãos no avental, sem responder, a mulher jogou a maleta em sua direção.
Bailey pegou, sentando no banco em seguida.
— Me dá sua mão.— Apenas o encarei.— Precisamos conversar, e eu não vou conseguir me concentrar com esse seu machucado.
Me dei por vencida esticando minha mão, toda avermelhada. Ele abriu a maleta, haviam alguns remédios, soro, algodão, entre outros materiais.
Molhou o algodão em algo e pegou, delicadamente, minha mão. Totalmente concentrado ele apertava lentamente a pele machucada, ardia um pouco mas não me importei.
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Our Best Part - A Nossa Melhor Parte (Repost)
Teen FictionShivani é uma jovem indiana, difícil de lidar. A garota não imagina o que há por trás das peculiaridades de seu vizinho - irmão de sua melhor amiga - "Bailey". Bailey é obcecado pela garota desde que consegue lembrar, após o passar dos anos, parece...