DEZOITO

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As vezes parece que tudo na minha vida sempre foge de controle, minutos após a confusão haviam se passado

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As vezes parece que tudo na minha vida sempre foge de controle, minutos após a confusão haviam se passado.

Sempre achei Bailey condescendente com tudo o que acontecia ao seu redor, porém, até essas últimas duas semanas, passei a conhecer o lado mais incontrolável dele.

Chegava a me lembrar os bad boys de livros que Sabina relia muitas vezes durante a semana no ensino médio.

O fato dela ler sendo péssima em qualquer coisa relacionada a escrever por exemplo era surpreendente.

Depois de invadir o quarto de Sabina, e dançar a mesma coreografia mais de uma vez, eu já não sabia o que fazer.

Regravei uma última vez a enviando para Kyle, que apenas respondeu com um: esteja aqui as 14:00.

Me joguei no sofá observando a miniatura de violão que eu não havia notado embora dormisse lá todas as noites.

Minhas costas estavam acabadas, seria eu jovem? Ou uma senhora de noventa anos em um corpo de uma jovem desajustada?

Olhei para a porta torcendo para estar tudo bem, mas após um yorgut, um episódio de Friends e alguns minutos olhando o relógio comecei a imaginar a cenas de um assassinato.

Quase uma hora desde a confusão, me arrastei pela casa mesmo cansada, colocando um moletom para o dia extremamente frio que estava e saí em busca de um sinal de vida.

Eu estava me sentindo culpada.

Embora não soubesse o motivo, ainda precisava recorrer a tentar me redimir de alguma forma.

Desci as escadas encontrando o pop na porta que sorriu para mim desejando um bom dia.

O senhor de idade educado me conhecia desde que eu tinha encontrado meu lar no prédio vizinho.

Apesar de muito fora de si as vezes, ele tinha algo bastante essencial, empatia.

- Está procurando a senhorita Hidalgo?- Sua voz era arrastada, provavelmente pela sua idade avançada.

- Sim, você a viu?- Ele assentiu apontando para fora.

- Ela discutiu com o irmão aqui, e seguiu para o café do outro lado.

Fechei os olhos com força desapontada com tudo o que estava ocorrendo, que nó era aquele que derrepente havia sido dado.

Segui para o lado de fora, atravessei até o outro lado, entrando finalmente no café.

Ela encarava uma xícara com um olhar chateado, eu odiava  vê-la daquela maneira, encolhida e de canto.

Apesar de extrovertida, amável e sempre feliz, ela se abatia fácil, sensível a palavras que para alguns podiam não ter importância, mas sim, havia para ela.

- Sabina?- arrastei a cadeira me sentando de frente para ela.

- Você me acha negligente? Com você e o Bailey? De chegar a pensar apenas no Pepe.- Ela mexia o café de um lado para o outro com a pequena colher.

Our Best Part - A Nossa Melhor Parte (Repost)Onde histórias criam vida. Descubra agora