Vinte e Oito

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Sabina andava tão rapidamente que me fazia perguntar da onde saiu tanto fôlego.

Depois de muito andar, eu não sabia muito bem onde estávamos.

Era um local escuro, e um tanto suspeito.

Diversas casas vazias com placas de vende-se, já as ocupadas pareciam as típicas de filme de terror.

Sabina pareceu não se importar em estar em um lugar assim, pelo contrário, ela andáva como se conhecece aquele lugar como a palma de sua mão. 

No fim da extensa rua era possível ver um grupo de pessoas, a fumaça dos seus cigarros era visível, eles pareciam não se importar com o frio.

Frio esse que me deixara arrepiada, ou talvez fosse apenas o medo que exala de mim.

- Sabi, aonde vamos?- tentei alcança-la.- Não estava nos meus planos morrer hoje.

- Calma Shivani.- nos aproximamos do grupo de pessoas.

Não quero ser o tipo de pessoa que julga os outros pela a aparência, mas eu me sentia no meio dos próprios gângster dos livros de romance criminal.

- Oi gatinha.- Um cara alto e mal encarado desceu do capô do carro, ele parou em frente a Sabina que não se intimidou, o olhar do homem caiu sobre mim.

Não demonstrou interesse em falar nada para mim, agradeci mentalmente por isso.

- Eu não estou afim de falar com vocês, então vou direto ao ponto.- Abracei meu corpo enquanto esperava pra ver aonde isso iria nos levar.- Onde está o Bailey?

Ele sorriu com certo deboche.

- Por que a gatinha que saber?- os outros caras nos encarava como se fosse nos atacar a qualquer momento.- Ele não dorme com uma garota mais de uma vez, mas nós estamos disponíveis.

- Que babaca!- falou alto.

Ele riu.

- Se quiser, sua amiguinha está convidada.

- Se quiser eu posso te dar um soco no meio do focinho.- me revoltei.

Os caras encostados no carro se entre olharam sorrindo.

O cara alto a nossa frente acompanhou, e voltou seu olhar pra mim.

- Ela é selvagem, interessante. - umideceu os lábios.

- O Bailey vai adorar saber que está importunando nós duas.- Sabina cruzou os braços, falou com certo nojo.

- Você quem veio falar com a gente.- ele jogou a cabeça para trás e revesou os olhares entre nós duas.- Okay, vou levar você.

Moveu a cabeça, sinalizando para seguirmos o mesmo.

Andamos alguns metros, até que fosse possível ouvir um rap alto. Vozes. Risadas. E gritaria.

O cara entrou em um beco.

Sabina me olhou e criou coragem para segui-lo.

"Não vou morrer hoje!" Repeti para mim mesma, eu não posso morrer hoje.

Senti um alívio me preencher ao ver o clarão e a grande quantidade de pessoas, seguimos o cara que continuava andando.

Ao redor havia uma típica cena, carros espalhados com mulheres usando roupas minúsculas, e uma quantidade acima da média de fumantes.

Metade daquela galera está destinada a ter câncer.

Eu estava tão concentrada na mistura de corpos sobre a batida de alguma música, que acabei esbarrando em Sabina quando ela parou.

Our Best Part - A Nossa Melhor Parte (Repost)Onde histórias criam vida. Descubra agora