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(O começo do capítulo tem alguns trechos dos capítulos anteriores, são lembranças, não é do atual. Boa leitura ❤️)













Por que eu ainda tento?
Me dê um motivo
Eu achei que podia confiar em você, deixa pra lá
Por que estamos virando uma contra a outra?
Onde eu ponho os limites?
Acho que sou ingênua demais pra perceber os sinais








Emma

"— Isso não é uma boa ideia. — ouço a sua voz atrás de mim, ele não deve estar muito distante. Ódio e vergonha dominam no quesito sentimentos nesse exato momento. Tento abrir a porta mais uma vez, mesmo sabendo que está trancada e falho novamente. — Eu preciso saber o que você estava fazendo aqui para assim poder te libertar. Preciso que me conte, eu estava dormindo e do nada escuto alguém chorar dentro do meu banheiro. Você tem que me contar."

"Olho para a janela e tento tomar a iniciativa de agradecê-lo por me tirar do meu pequeno surto dentro do banheiro do dormitório do Jungkook. Na verdade, agora duas pessoas dormem aqui, então, o Jeon não tem tanto domínio.

— Obrigada por ontem. Eu costumo ter alguns surtos, mas não é sempre... eu não sou depressiva ou algo do tipo, você sabe... — explico, com a voz falha, mas sou interrompida.

— Seu nome é Emma? — ele pergunta e eu só balanço a cabeça em confirmação. — Então, Emma, chorar é normal, só não no banheiro dos outros, mas é normal. Eu choro muito, por exemplo.

Não sei o que responder, não sei como reagir, ou seja, fico apenas encarando a janela e esperando ter uma deixa para ir embora. Eu não deveria ter ficado à sós com ele. Eu deveria ter esquecido de agradecer, mas eu não esqueci. Assim, fico calada. Ele parece se incomodar bastante com o silêncio, então, fala:

— Meu nome é Taehyung.

— Eu sei, Candice me falou bastante sobre você."

"— Quem você pretende levar no baile de formatura do seu irmão? — faço essa pergunta, pois ultimamente ela tem falado bastante do Taehyung e preciso saber se está permitido eu pensar nele como alguém atraente.

— Bom, eu pretendo levar você, obviamente, e talvez... — ela para por um momento. — Talvez, caso ele aceite, o Taehyung. — ela completa."

"— Posso? — o seu braço direito está indo em direção aos meus ombros novamente, como se ele já não tivesse feito isso há alguns minutos.

— Pode.

Andar com o Taehyung debaixo da chuva é algo confortável, ele me aperta forte e eu faço o mesmo apertando a sua cintura. Enquanto nós caminhamos o guarda chuva ameaça sair voando diversas vezes e em todas nós rimos, eu curti escutar a risada dele durante essa noite, é algo que eu descreveria como calma e fofa, apesar da voz dele não ser nada meiga, é grossa e quando ele fala do meu lado eu sinto uma coisa estranha. Ele faz questão de pular em algumas poças de água e eu belisco a sua cintura o mandando parar, porque estava molhando a minha calça.

Conseguimos chegar na frente da residência estudantil feminina e logo sinto que não queria que esse momento tivesse acabado, ele fecha o guarda chuva e cada detalhe dele consegue prender a minha atenção. As mãos dele são grandes, o rosto dele é bem simétrico e o jeito como ele se mantém em pé, até isso, conseguiu fazer eu analisar o garoto por um bom tempo.

Pinte a sua dor | kth [CONCLUÍDA] Onde histórias criam vida. Descubra agora