A verdade

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Era noite, Hiro acorda, sua cabeça está apoiada em algo macio, seus olhos lentamente se abrem, uma imagem embaçada em cima de seu rosto, Hiro leva suas mãos aos olhos e os esfrega pisca algumas vezes e então a vê, Ágatha com seu rosto parcialmente iluminado com a luz da lua, seus olhos fechados, seus lábios rosados semicerrados, sua pele pálida seus cabelos caídos sobre seus ombros seu vestido meio aberto mostrando parte de seu decote, sua mãos segurando as suas, seus dedos finos entrelaçados com os dele. Ele delicadamente se levanta, retira lentamente as mãos dela sobre a dele, aproxima seu rosto perto de sua face, e lhe beija sua maçã do rosto suavemente como um agradecimento por ter ficado do seu lado, pegando-a em seu colo e a colocando deitada sobre seu braço, e a abraça para protegê - la do frio, seu vestido leve desliza pelas suas costas mostrando assim suas cicatrizes, Hiro sem perceber coloca suavemente seus dedos e os esfrega cuidadosamente contra elas sentido seus desníveis como se suas asas tivessem sido arrancadas como asas de borboletas por um pássaro.

-Hiro? - pergunta Ágatha acordando e se virando para ele.

- Sou eu, está tudo bem descanse.- diz ele tirando seus dedos rapidamente de suas costas.

- Eu fiquei tão preocupada com você, você simplesmente desmaiou depois daquelas perguntas, me desculpe, eu só queria que você se lembra-se de tudo - sei que isso tudo é apenas um sonho para você, mas eu exagerei.- diz Ágatha se virando de frente para Hiro e o abraçando fortemente, Hiro a envolve em seus braços enxugando suas lágrimas e em seguida acariciando seus longos cabelos.

-Eu acho que isso não é um sonho- sussurra Hiro percebendo que Ágatha já havia adormecido sobre seu peito depois de um tempo.
Hiro apenas observa como a brisa faz balançar os cabelos de Ágatha, e como o vestido deixa suas curvas a vista. Ele passa a noite acordado pois tem medo de dormir e acordar no outro mundo que agora ele dúvida ser seu.

-Bom dia- diz Hiro ao perceber que Ágatha estava acordando, ainda sobre o seu peito.

- Bom dia, me desculpe eu acabei dormindo por cima de você.- diz ela se afastando e se levantando.

- Não tem problema, você até me aqueceu, estava bem frio.

-Eu não percebi, acho que você também me aqueceu.

- Sim, acho que sim- diz ele com um leve sorriso no rosto- Vamos então para a ilha dos dragões? Não deve estar tão longe.

- Só temos que chegar à praia Negra, depois de lá navegamos para a ilha, a praia deve estar a uns cinco quilômetros daqui, e depois mais sete quilômetros da praia até a ilha.- diz Ágatha andando nas pontas dos pés- Mas antes temos que nos alimentar, existe uma macieira logo ali em frente.

- Vamos pela água?

- Sim, por isso "ilha do dragão".

- E aquilo que eu vi acontecer com você? O que disse acontecer com os nossos pais? Das águas se mexerem ? Isso não é perigoso?

- Não, pois o que faz a água fazer aquilo são os knus e eles não vivem na água salgada, o sal é fatal para eles, estamos seguros no mar e alguns lagos, nosso único perigo são as serpentes marinhas que são agressivas. Eu me pergunto o porquê você esqueceu sobre tudo, menos de ser um treinador de dragões e saber um pouco sobre como chegar até lá.

- Eu não sei, não sei quem você é pra mim, mais quando eu te olho me sinto feliz, seguro, sinto a mesma coisa quando vejo meus dragões e quando fui ordenado pelo rei Baruk ir atrás de ovos eu fui pelo meu instinto, como se algo me leva- se e me levou até você, e estou feliz por isso, se não fosse por você estaria morto.

-Talvez você também tenha me salvado.- diz Ágatha sorrindo.

-Como assim?- diz Hiro a olhando.

A maldição do reino de Baruk (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora