Ágatha

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Heregon e hiro dois jovens que adoravam aventuras, os dois eram irmãos gêmeos, a única diferença entre eles era o fato que Hiro era cego, por um acidente que sofreu quando criança, quando corria e caiu batendo a cabeça e assim afetando sua visão.

Hiro tinha uma enorme imaginação, Heregon apenas ouvia sobre os sonhos que Hiro contava para ele.

-Heregon, Heregon! -gritou Hiro

-O que foi Hiro, outra de suas aventuras?- perguntou Heregon entrando no quarto.

- Sim, sim!

- Me conte então, estou ansioso para ouvir.

-Okay, vou lhe contar foi assim:

"Um grande reino mágico, não havia apenas seres humanos, existia criaturas mágicas, dragões, eu sou o último treinador de dragões. Existiam de várias cores verdes, vermelhos, azuis, dourados , prateados, entre outros, porém só existia um preto, ele era negro como uma noite sem lua, seus dentes eram mais afiados que os demais, suas asas tinham dois enormes espinhos em cada asa, seus olhos de um preto opaco que pareciam refletir a morte da alma de suas vítimas, ele era selvagem. O meu dever como treinador de dragões era defender o reino de outros dragões selvagens.

Então minha batalha começa. Um dragão selvagem invade os céus do reino de Baruk, um grande dragão vermelho, assoprando fogo para todas as direções, seus olhos laranjas, suas garras afiadas tentando capturar moradores para talvez um banquete farto. Então o grande rei Baruk, um senhor de cabelos compridos e brancos, usava um grande manto vermelho, me ordena com o seu cajado, defender o reino a qualquer custo. Eu me dirijo a masmorra pegando dois de meus dragões e sigo para a batalha. Grandes bolas de fogo no céu, gritos humanos e gritos agudos dos grandes animais voadores, dois de meus dragões contra apenas um selvagem, e então depois de muito tempo de batalha ele decide partir e desistir de capturar moradores com suas garras. Pouco tempo depois um grande dragão negro aparece de repente, mais este não solta fogo como os outros, e sim raios de eletricidade roxa, sua presença me causa medo não só à mim, mais em meus dragões, que em poucos minutos de luta caem no chão fracos quase sem vida, e o grande dragão negro vai embora, como se tivesse vindo apenas para provar sua enorme força.

O reino parcialmente destruído, dois de meus dragões feridos, e eu sem o que fazer para ajudar, então o rei Baruk me ordena ir atrás de mais ovos de dragões, uma viagem solitária, pois todos do reino deveriam ajudar a reconstrúi-lo.

Sigo em viagem pelas montanhas, atrás da Ilha dos Dragões, que ficava a centenas de quilômetros longe de nosso reino, uma distância segura já que dragões selvagens são agressivos e impiedosos, o que fazemos é pegar seus ovos e criar nossos próprios dragões para nos proteger de seus semelhantes.
Em dias após minha longa caminhada para a ilha, vejo uma garota aparentemente um pouco mais nova do que eu, cabelos longos e ruivos, sua pele branca com pequenas feridas talvez causados por galhos da floresta. Eu a sigo, e vejo outras pessoas em uma pequena cabana feita de folhas e galhos, aparentemente uma família exilada ou perdida de algum outro reino próximo. Decido continuar escondido e observar, até que então eles saem com bolsas de sua cabana e seguem caminhada por uma trilha e eu os sigo por mata, eles vão para um enorme rio, não pegam água, nem encostam nela, parecem ter medo, então algo estranho acontece. A água começa a subir como se tivesse vida própria e as pessoas começam a correr, dois deles se afundam em um lugar que antes era terra firme e gritam desesperadamente e somem, três deles se salvam, a menina ruiva, uma mulher de cabelos longos e pretos e um homem alto e magro, a menina de cabelos ruivos cai enquanto o casal corre, e a água se rasteja de uma forma sobrenatural atrás dela, eu corro de onde estava escondido e a puxo, de mãos dadas nós dois corremos para longe da mata e de volta para a trilha, ela corre em minha frente ainda segurando minha mão, seus dedos finos e quentes envolvidos aos meus os apertando, ela nos guia atrás do casal que está alguns metros em nossa frente correndo também,ela grita - Parem - repetitivamente, eles olham para trás, ela solta minha mão, como se acabasse de perceber que não estava apenas ela correndo, sinto gotículas de água morna voarem para meu rosto, e vejo o rosto da garota molhado de lágrimas gritando desesperadamente - Mãe, pai, por favor parem... - e então olho para então os pais da garota, e num piscar de olhos eles somem como se fosse apenas uma miragem minha eles terem existido,ela volta correndo para a minha direção agora eu claramente podendo ver seu rosto,tendo a certeza que as gotículas de água serem suas lágrimas, ela novamente agarra minha mão e volta a correr para dentro da mata.

Depois de minutos eu a puxo para parar.

- O que aconteceu lá? - pergunto a ela.
-Era uma Emma, você não percebeu?! Eles deviam ter percebido- diz ela em prantos.

- Emma? O que é isso? - pergunto a ela não conseguindo me segurar, mesmo vendo ela sem condições de me responder.

Ela me encara, não com olhar de raiva por eu estar sendo indelicado, mas sim um olhar de tristeza por ter visto seus pais sumirem de uma forma absurda, então me responde, tentando manter a calma e segurar suas lágrimas:

- Emma é um monstro, que engole suas vítimas, e se alimenta de seus medos, dentro desse monstro acontece experimentos com suas vítimas, Emma não é apenas um monstro, é uma camuflagem invisível, e dentro existem seres que capturam humanos e os usam para testar suas ideias de um novo ser, você estava sendo seguido por uma também, por isso te guiei para longe dela, mais uma menor apareceu, e engoliu eles.

- Eu posso trazer eles de volta. - eu disse, olhando seriamente para ela, e ela me olhando de volta com um olhar confuso.

- E como pretende fazer isso? Você não sabia nem da existência das Emmas, e elas são invisíveis,e
Apenas eu posso vê-las mais isso ajudou apenas a mim e a você, eu deveria ter protegido meus pais não apenas nós.

- Porque escolheu me salvar ao invés de ir atrás de seus pais? - pergunto me questionando dessa escolha.

- Porque te conheço Hiro- diz ela com uma tristeza mais profunda em seu olhar, como se me perder fosse pior que perder seus próprios pais.

- Quem é você? Qual o seu nome? - pergunto a ela surpreso por ela me conhecer, ignorando todo o acontecido.
- Meu nome é Ágatha. Somos velhos amigos.

Ao ouvir seu nome começo a tentar alcançar lembranças perdidas e minha cabeça começa a doer, fazendo com que desmaiasse e logo depois disso eu acordei na vida real."

- Seus sonhos são loucos Hiro - diz Heregon sorrindo.

- Eu os acho legais, além do mais, Heregon provavelmente minha visão nunca voltará, e nos meus sonhos ela nunca se foi, e é tudo tão lindo no reino de Baruk, parece ser tão real.
- Eu entendo Hiro. Seria bom podermos viver nos nossos sonhos. - diz Heregon com a cabeça cabisbaixa, e com uma voz melancólica.

-Mais se essa noite, ou qualquer outra noite eu sonhar com Ágatha, eu irei trazer seus pais de volta, e farei com que as Emma seja visíveis ou até mesmo não existam naquele mundo, e aquele dragão negro será um dos meus dragões, o mais forte dragão, e o reino de Baruk nunca mais perderá uma batalha.

- Mas agora é hora de jantar, vim aqui pra te chamar pra descer, mamãe está nos chamando faz algum tempo, então vamos.

A maldição do reino de Baruk (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora