As criaturas

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- Hector! - grita ela.

- Saia daqui. - ordena ele.

- O que está acontecendo? - pergunta ela.

- Os caçadores estão aqui para pegar o corpo do dragão e seus ovos, então saia logo daqui.

- Eu não irei sem você.

- Corra salve sua vida, salve seu reino Ágatha.

- Eu não irei sair sem você. - diz ela o agarrando pelo braço e o puxando.- Você disse que essa roupa iria te proteger do veneno.

- Ela pegou de raspão, saia daqui por favor, é tarde demais pra mim, eu serei apenas um atraso para você.

- Eu já disse que não vou sem você.- diz ela entrando por baixo do braço de Hector fazendo força para o erguer.

Se apoiando em Ágatha, Hector se levanta, suas pernas parcialmente adormecidas pelo veneno, em seu braço o sangue ainda escorre, sua visão embaçada, sua cabeça girando enquanto da passos lentos apoiado em Ágatha.

- Eles estão aqui, é tarde de mais, fique atrás de mim. - diz Hector lutando para ficar em pé.

Tudo fica em silêncio, pássaros se calam e voam para longe da floresta, rãs que ali perto coaxavam se vão.

Passos rápidos se aproximam, sussurros são ouvidos, de repente gritos ensurdecedores de criaturas. O coração de Ágatha se acelera, seu corpo é tomado pelo pânico, e sem se dar conta abraça Hector em sua frente.

Os passos param e novamente o silêncio toma conta da pequena floresta.

- A garota ruiva é minha- diz uma voz entre as árvores.

- O garoto moribundo é meu - sussurra outra.

- Calem a boca, ele está com os ovos, peguem ele primeiro e ensinaremos não roubar nunca mais.- diz a terceira voz.

Criaturas encapuzados aparecem de cima das árvores, agarrando Hector pelas pernas e o arrastando para longe dos braços de Ágatha que tenta se aproximar de seu corpo, mas uma das criaturas a puxa a jogando no chão e subindo por cima de seu corpo, seu capuz escorrega revelando um rosto pálido, olhos negros sem vida, presas afiadas e língua ponteaguda, que fica frente a frente de Ágatha soltando um grito estridente que a faz gritar, seus braços são perfurados pelas garras da criatura que a encara, fazendo com que ela soltasse um gemido de dor.

- Deixa ela em paz. - grita Hector, logo em seguida sentindo subitamente o peso da criatura sobre seu peito.

- Você acha que esse simples casaco de couro de serpente marinha irá te proteger ? - pergunta a criatura agachanda sobre seu peito.- Tirem o casaco dele e os amarrem na árvore.

Seus corpos agora amarrados em um tronco de árvore espinhosa, são torturados com facas que retalhavam seus braços lentamente.

- Ele desmaiou - diz uma das criaturas.

- Matem a garota.- ordena a outra.

A criatura se aproxima com um largo sorriso perto de Ágatha colocando um punhal em seu pescoço lentamente o passando fazendo um corte raso, seu sangue escorre por dentro de sua armadura enquanto a criatura afasta o punhal de seu pescoço o mirando em sua garganta.

Antes que a lâmina tocasse em sua pele, a criatura solta o punhal, sangue escorre pelo chão aonde Ágatha olhava, ao levantar sua cabeça, vê parte do crânio da criatura pendurada sobre a outra parte, seus olhos ainda abertos pela morte repentina a encara, Ágatha sente suas pernas tremerem, lágrimas de medo escorrem de seu rosto, a criatura vai ao chão, caindo sobre seus pés, novamente ela grita, passos lentos se aproximam por trás da árvore.

- Está tudo bem agora...ou não, depende de que lua estamos. - diz uma voz masculina.

A maldição do reino de Baruk (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora