O culpado

75 32 0
                                    

Ágatha caminha pelo corredor, chegando ao fim dele, fotografias ainda cobriam as paredes, ela se aproxima olhando as que são possíveis ser vistas, corpos mortos, braços arrancados, corpos queimados, enchentes, tornados, erupções, todas as catástrofes eternizadas em fotografias coladas nas paredes como uma recordação feliz.

Ela se aproxima da porta, a porta que levava a sala do demônio Hiro que havia quebrado todos os ossos da face do homem que havia a agarrado a força.

- Ele não está aí.- diz a voz de Verment. - Mesmo se ele estivesse ele não iria poder te ver, você é apenas um espírito perdido nas lembranças refletidas do espelho.

Ela em se silêncio se afasta da porta, cabisbaixa.

- Então para que me trouxe aqui? - pergunta ela.

Uma presença estranha toma conta do corpo de Ágatha, uma fumaça negra emerge do chão em sua frente estremecendo seu corpo, a figura de um homem esbelto, a pele da sua face era podre, não havia olhos, apenas as órbitas vazias numa escuridão, uma capa negra rasgada cobria o restante de seu corpo.

- Entre no julgamento. - diz ele.

- Julgamento? - sussurra ela com a voz trêmula de medo.

- Aquela porta. - diz ele apontando seu dedo podre uma porta parcialmente encostada.

Ela caminha até em frente da porta, se lembrando que foi naquela mesma porta que ela havia caído ferida com a mordida do demônio, aonde ouviu as vozes de seus pais e do pai de Hiro.

- Entre. - diz Vermet. - Eles não irão te ver.

Ágatha empurra cuidadosamente a porta, deixando apenas um vão que pudesse passar.

Cadeiras espalhadas pelo cômodo todo de forma organizada, todas vazias.

- Sente-se. - diz Verment para Ágatha que escolhe uma cadeira qualquer.

Vermet se aproxima sentando ao seu lado, passos apressados são ouvidos, uma porta se abre, humanos, fadas, ogros, elfos, globilins...todos entram silenciosamente e se sentam, e a porta é fechada com o vento, um tempo depois outra porta se abre rompendo o silêncio com um longo rangido, um homem em termo e casaco preto passa por ela apressado, seu cabelo cinza preso em um rabo de cavalo, seus olhos amarelos igual de um gato preto. Todos se levantam, ele se senta dando a ordem com um gesto sutil de sua mão para que todos fizessem o mesmo.

O som de correntes se arrastando no chão é emitido por trás da porta aonde o juiz havia entrado, um homem de cabelos pretos, barba por fazer, se apressa a se sentar de frente ao homem de terno, cabisbaixo se aconchega na cadeira em silêncio.

- Arthur Baruk? - pergunta o juiz com uma voz consideravelmente grossa.

- Sim, sou eu senhor.- diz o homem sentado em sua frente.

- Você sabe o porque está aqui nesse tribunal?

- Sim, por amor...um amor proibido, um amor roubado.- diz ele suspirando logo em seguida.

- E você se arrepende?

- Não, eu faria tudo novamente por ela, mas dessa vez eu não pouparia o seu filho.

- Não terá próxima vez, quando acabarmos aqui você será uma alma vazia e seu corpo esquecido.

A maldição do reino de Baruk (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora