O início do fim

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- Qual é o seu plano?.-pergunta Christopher se aproximando de Hiro sentado.

- Plano?- pergunta Hiro sorrindo admirado.- Acho que não morrer antes de vingar a morte dela, é o meu plano.- responde ele sorrindo de lado.

- Você é a morte, o plano "Não morrer" é planejado apenas por nós mortais, mesmo que estamos indo com a própria morte infrentar o Destino.

- Christopher, eu sei que querem se vingar também, mas isso está fora do alcance, eu preciso fazer isso sozinho, para me preocupar apenas comigo, a única coisa que o Destino quer é me destruir, não era destruir ela, ou vocês, é apenas a mim, então fiquem fora disso, continuarem suas vidas longe desse reino, se vocês estiverem participando de nossa guerra, eu iria ficar mais vulnerável, pois estaria tentando proteger vocês e isso só atrapalharia.

- Cada um cuida da sua própria segurança, e você cuida da sua vingança já que morrer é mais difícil pra você, somos amigos Hiro, se jogar na boca do perigo é o que fazemos pelos amigos.

- Isso é suicídio.- diz Hiro se levantando.

- Um cara, mesmo sendo a morte ir sozinho  batalhar contra um reino inteiro, com milhares de soldados armados, um Necromante e a porcaria do Destino em pessoa ou seja lá o que for aquela figura asquerosa que vimos hoje, isso é suicídio.

- Agora quatro amigos, um sendo a própria morte, um sendo um híbrido de fada e elfo amaldiçoado que se transforma em um lobisomem, um elfo que tem conhecimento de bruxaria e também sensitivo, e eu um simples elfo caçador de recompensas, isso a gente chama  amizade.- diz Hector entrando pela porta.- Edgar está terminando de proteger a  cabana com magia forte, podemos dormir tranquilos e invadir o reino amanhã.- termina ele.

- Leve isso com você.- diz Edgar entrando logo atrás de Hector, entregando um pedaço de couro marrom envolvido em algo.

- O que é isso?- pergunta Hiro, desenrolando uma estaca branca de ponta descascada de cor vermelha.

- Uma estaca de pinheiro branco banhada no sangue do primeiro necromante já existente, é a única forma que eu conheço para matar o Necromante do presente, você é o único que irá conseguir fazer isso, então ela fica com você.- termina ele.

- Iremos matar todos os moradores e guardas do Reino?- pergunta Hector preocupado.

- Não.- responde Christopher.- Edgar e eu já precisamos fazer uma magia que fizesse temporariamente as pessoas se teletransportasse para uma espécie de outra dimensão, é praticamente a magia do espelho, porém ao invez do espelho estar vazio, ele vai refletir todo reino dentro de si, assim os moradores pensarão que está tudo normal, Edgar irá fazer tudo isso a noite, quando a maioria deles estarão dormindo, e também terá tempo suficiente antes da carruagem do rei chegar ao reino, creio que o destino nem o Necromante irão se importar com o sumiço dos moradores, então não teremos problemas com isso.

- Em outras palavras, vai dar tudo certo.- diz Hiro sorrindo.

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- Está pronto para a sua morte?- pergunta o Necromante com suas garras no pescoço de Hiro que sufoca com seu veneno, olhando para Christopher e Edgar matando um dos dragões que haviam se soltado do sub-solo.

- Não seja tolo, eu sou a morte e irei te matar.- diz Hiro o agarrando pelo pescoço, suas mãos de ossos se transformam nas mãos demoniacas, chifres perfuram sua cabeça crescendo em meio aos seus cabelos, suas asas crescem de suas costas dando um empulso o fazendo levantar do chão desferindo diversos socos no Necromante que recua para trás com a força demoníaca que Hiro adquire, o Necromante o empurra o derrubando no chão pisando em uma de suas asas a quebrando, fazendo com que Hiro gemesse de dor.

- Não!- ouve eles a voz feminina distânte, Hiro observa umas das mãos do Necromante se levantar fechando no ar, logo ouvindo um barulho de algo caindo não tão longe de seu corpo. - Sol-te ele por fa-vor - ouve Hiro uma voz reconhecida abafada, lágrimas frias escorrem de seus olhos, com esforço conseguindo virar seu pescoço podendo assim ver Ágatha ajoelhada com as mãos na garganta, ela o encara enquanto suas lágrimas deslizam pelo seu pescoço, sua face machucada brilha com o sol, seus cabelos ruivos balaçavam com a leve brisa que trazia o cheiro de sangue e morte, mas sua imagem ali, no meio do caos fazia com que o coração de Hiro batesse ainda mais rápido, o desejo de abraça-la naquele mesmo momento o fazia esquecer da guerra em sua volta.

- Ágatha.- sussurra hiro, os gritos, o sons das espadas e dos cavalos, o cheiro de sangue, a sua dor tudo havia desaparecido no mesmo instante que seus olhos pousaram na imagem de Ágatha parada ali o encarando, seu olhos fixos nos delas que se fecham enquanto é sufocada, os sons voltam para os ouvido  de Hiro ao perceber seu sofrimento, voltando seu olhar para o Necromante por cima de seu corpo o empurrando para o chão o pressionando com seu próprio corpo agarrando uma espada caida ao seu lado a cravando no coração do Necromante.

- Tolo, eu já estou morto, essa espada não irá me fazer mal algum - diz o Necromante sorrindo.

- Mas isso vai.- diz Hiro tirando a estaca de Pinheiro branco.

- De onde tirou isso?!

- De onde não é importante, o importante agora é que ele vai parar o seu coração.

- Olha se ele não se transformou em uma aberração, sua força aumentou só por ver sua amada?- diz o Destino se aproximando.- Talvez ela devesse morrer...de verdade agora.- diz ele jogando uma espada diretamente no coração se Ágatha que desaparece.- Não é real.- diz ele sorrindo.- Acho que alguém está brincando com você, eu pensei em te causar dor a matando de novo, já que ela não é real acho que vou causar uma dor física em você mesmo.- diz ele rapidamente puxando a espada cravada no coração do Necromante decepando as asas de Hiro que urra de dor caindo de lado.- Eu ainda preciso do Necromante.- diz ele chutando a mão de Hiro que solta a estaca que queima no chão.

- Porque você me odeia tanto?- pergunta Hiro em um gemido de dor se contorcendo.

- Você sabe o porquê.

- Não é só por causa daquela humana, isso eu tenho certeza.

- Vou te contar a verdade.- diz o destino o virando de frente com os pés,  enquanto observa o sangue fresco escorrer da boca de Hiro- Tenho inveja de você, mesmo sendo o ser que tira a vida das pessoas, muitas iam atrás de você, Helena te amou e te ama até hoje, a Vida também te amou, você o ser que me julgava por amar, viveu um amor tão doce, tão verdadeiro, você amou e foi amado, enquanto eu... Eu apenas amei sozinho, você não queria amar, então estou fazendo um favor de tirar tudo de você.- diz o destino o enforcando logo sendo jogado para longe de Hiro.

A maldição do reino de Baruk (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora