Capítulo 8

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"A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande."

Roger Bussy-Rabutin

Esse capítulo tem poucos diálogos então acho que tá um pouco cansativo, mas espero que gostem!

     Uma despedida curta sem muito ânimo, a casa que era o santuário deles, mesmo que sendo apenas um apartamento pequeno em uma rua de gangues e pixações, era deles e isso contava como tudo, o aviso de despacho não significava nada, não mais.

   Jungkook não tinha interesse em continuar na casa sem Taehyung, mas não tinha onde viver ou onde trabalhar, Jungkook apenas viu seu amor eterno entrar em um táxi e sorrir para si com um aceno.

   Passaria a morar com park jimin, o garoto que lhe daria tudo sem pedir nada, Jungkook nunca havia entrado na casa do Park sequer perguntado como o menino vivia, Jimin não fala muito de si, ou talvez ninguém tenha perguntado, chegaram até o apartamento do baixinho sem trocarem uma palavra, não havia quartos apenas uma porta sanfonada quebrada que levava a um banheiro, jimin colocou mais um colchão no chão e pronto, Jungkook teria onde dormir.

   Uma pequena cozinha tomava conta de grande parte da kitnet não era um lugar sujo ou mal cuidado, apenas era um lugar velho e sem muita coisa, não havia televisão e como o dono do apartamento que Taehyung e Jungkook moravam alegou que o imóvel era mobiliado Jungkook apenas levou suas roupas e alguns pertences que não foram com Taehyung.

    Eles tinham um cachorrinho que infelizmente taehyung levou, o cãozinho não desgrudava do Tae e Jungkook o entendia já que poderia dizer que disputava com o animal a atenção do namorado, mas o cão era de raça e precisaria de cuidados que a família rica de Taehyung não se recusaria a dar, Jungkook apenas respirou fundo e se sentou no colchão desconfortável com uma careta de desgosto, sentiu saudades de quando dormia com Taehyung e escutava o mesmo falar durante seu sono, tão adorável!

    Jungkook queria lembrar desses momentos, pegou seu celular e entrou quase que automaticamente em sua galeria se surpreendendo e sorrindo com a quantidades de fotos que tinha de Taehyung, começou a passar as fotos do rosto do namorado e de momentos em que estão juntos entrando em um mundo sem volta.

   Mas havia mais alguém ali, parado olhando cada movimento de Jungkook, o seguindo como uma religião como sua única crença, sem um simples “obrigado” pelo acolhimento sem um mísero olhar, Park Jimin para sempre invisível para Jeon Jungkook.

    Jimin estava preocupado em saber como as coisas iriam funcionar dali em diante, o pobre menino não tinha nem para ele quanto mais para Jungkook, mas não se importava, quanto mais mentes pensando melhor.

-Kookie, eu tenho que ir em um lugar volto as 18 para o jantar tá? -Jungkook sequer o ouviu, estava com seus clássicos fones de ouvido, eram por volta das 7 da manhã e jungkook com certeza só estava acordado aquela hora para se despedir do namorado que voaria a essa hora, Jungkook apenas trocou de lado no colchão ainda com os olhos presos no celular olhando o papel de parede de Taehyung com seu cachorrinho mais como se esperasse uma mensagem qualquer do seu amor, Jimin suspirou e saiu sem dizer mais.

   O Park rumava para o seu trabalho temporário como entregador de panfletos, um trabalho cansativo e complicado, lidar com pessoas rudes nunca é fácil, algumas apenas passavam por ele, mas outra se davam ao trabalho de empurrar o menino e o fazer derrubar os papéis, Jimin, acostumado como era, apenas juntava sem reclamar e voltava a entregar.

   Depois de quase 6 horas em pé entregando panfletos sem se alimentar, Jimin recebeu uma quantia miserável de seu chefe e agradeceu se curvando, aquela quantia sequer dava para o almoço, por volta das 14 horas Jimin chegou em uma rua movimentada e entrou em uma loja de comida ocidental, saindo de lá com uma fantasia patética de um ovo gigante, Jimin odiava aquela humilhação mas botava um sorriso no rosto e entregava mais panfletos, tentava ao máximo atrair clientes mas eles apenas riram de si e saíram, sentiu um tapa em sua nuca, era seu chefe que começou a gritar com ele o chamando de inútil e outras barbaridades, Jimin apenas se curvava várias vezes pedindo perdão mesmo a falta de cliente sendo culpa da roupa estúpida e do gosto fatídico da comida do lugar, Jimin queria chorar, mas sorriu e voltou a fazer seu trabalho.

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