CAPÍTULO XV

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15. Merry Christmas!

Todos os terráqueos do mundo respiram o natal americano, pelas boas músicas, os bons filmes, as missas pela madrugada, a mesa farta de comidas especiais da data, as bonitas decorações que se tornam competições entre os vizinhos, os desfiles natalinos, as bandas de diversas escolas locais e entre outros acontecimentos marcantes. Era uma pena algumas dessas pessoas não entenderem o verdadeiro significado do natal. Mas para os Forbes era apenas uma data, onde trocamos presentes e não deixamos o aconchego de nossa casa, tem sido assim desde a saída da mamãe. E não é nada ruim, o natal era quieto, caloroso e sem muitas tradições para mim, era tão diferente da correria dos moradores de Connecticut e de todo planeta terra barulhento.

No dia anterior do natal, papai e eu nos empenhamos na decoração da nossa casa e não nos deixamos abalar com os olhares tortos dos vizinhos, os quais mais uma vez pensaram que os Forbes sempre deixam as coisas para última hora. E eles tinham razão, às vezes por causa do trabalho do papai, outras pela indecisão da mamãe e também pela minha falta de animação para as tais datas.

Montamos nossa árvore de natal no meio da sala de estar, com diversas bolas de tamanhos e cores diferentes, algumas delas até possuíam glitter dourado, também tinham as pinhas de plástico pintadas de vermelho, verde e branco, todas elas nos seus devidos lugares. Demoramos um pouco para desembolar os fios do pisca-pisca e só após aquela batalha o enrolamos no pinheiro. E por último, colocamos uma bonita estrela amarela no topo da árvore. 

Entretanto não paramos por ali, enfeitamos todos os cantos da nossa casa com bonecos de neve – de plástico, claro –, renas iluminadas, velas aromáticas vermelhas e até fizemos um presépio na mesa de centro da nossa sala. Como não possuíamos uma lareira, deixamos as meias penduradas nas nossas janelas, bem diferente das outras casas. A miniatura do Papai noel e seu trenó ficaram na nossa varanda, junto com os piscas-piscas que sobraram.

Tudo estava perfeito para o natal e o cardápio até então era misterioso, no entanto eu sabia que a famosa torta de maçã do papai não faltaria em pleno natal. 

No dia 25, era uma tradição acordar às cinco horas da matina para abrir os presentes e mesmo sabendo que eu não receberia outros presentes no ano, segui de linha o nosso costume. Entretanto, embaixo da árvore havia quatro caixas embrulhadas com papéis natalinos, eu não imaginava o que era, tampouco sabia que papai os comprou e os fatos me deixaram ainda mais curiosa para saber do que se tratavam todos os embrulhos sob o pinheiro.

— Bom dia. — papai disse, com um belo sorriso nos lábios, sobre sua cabeleira escura havia um gorro de papai noel e ele vestia o mesmo suéter verde musgo de sempre. — Pensei que não levantaria da cama a essa hora. 

— Bom dia — devolvi o sorriso, sentindo o perfume do pinheiro na sala. —, ninguém consegue acordar tarde no natal. — mordi a parte interior de minha bochecha antes de questioná-lo dos presentes. — Você comprou esses presentes?

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