CAPÍTULO XIX

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I

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I.19. Amigos

Era segunda-feira e eu precisava entregar o artigo final para o Senhor Crowns avaliá-lo, entretanto eu não o tinha pronto, durante todo o tempo procrastinei minhas obrigações; trocando-as por noites ao telefone e com filmes que Jared me recomendava. Aliás, ele estava bem desde sua queda da árvore, pois a neve amorteceu sua queda, mas não anulou o fato de ele ter algumas dores nas pernas e estar tomando alguns medicamentos para passar o desconforto. Alívio, era o que eu senti quando ouvi sua voz na mesma noite do acidente, mesmo que ele tenha me ligado às três da matina para isso. 

Consequências, era o que viria a seguir.

O senhor Crowns tinha uma expressão confusa no rosto, mas ainda sim mantinha sua beleza extraordinária tomando uma xícara de sei-lá-o-que. Ele depositou o objeto na mesa e cruzou suas mãos, provavelmente pensando numa maneira de me enxotar de sua sala por não fazer como o prometida. 

— Estou desapontado. — sua fala veio como uma pulseira de espinhos presa no meu pulso, eu preferia mil vezes ser mandada para fora de sua sala à ponta pés.

— Sinto muito. — murmurei, apertando a alça de minha mochila. 

Sequer conseguia manter contato visual com o meu mentor, tentei imaginar que ele fosse alguém de nenhuma importância para mim e que acima de tudo mamãe não saberia do meu fracasso, mas ora ou outra ela saberia, pois o Senhor Crowns não era qualquer pessoa. Houve uma época em que era melhor amigo da mamãe e só Deus sabe se ainda ambos mantém contato.

— O que está acontecendo com você? — questionou ele, usando sua voz mansa e acolhedora.

— Não está acontecendo nada. — o que era mentira, antes eu me distraia com coisas banais – ou importantes – do universo, no entanto meu contato com Jared me impedia de completar meus afazeres. Não que eu esteja reclamando, pois a cada dia que passa mais anseio a tê-lo por perto. 

— Patterson lhe fez alguma coisa?

— Claro que não. — precisei erguer o meu rosto para passar confiança, no entanto eu não sabia se Jared ganharia o soar do martelo do juiz e seria culpado, pois de alguma forma era péssimo gastar o meu tempo com ele e não indo atrás do meu futuro

— Como ele tem se comportado?

— Muito bem. — o senhor Crowns esperou que eu continuasse. — ... Você sabe, ele me ajuda com o que pode e não me atrapalha na maioria das vezes. — o meu mentor e diretor de toda escola ainda permaneceu em silêncio, esperando que eu acrescentasse mais coisas sobre Jared, mas eu não diria a ele o que levou o garoto a criar o falso incêndio – mesmo que eu tivesse a total certeza dos seus atos –. — Ele me faz massagens e me leva para passear.

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