CAPÍTULO XXI

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I

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I. 21. A noite (não) estrelada


Jared disse para mim com todas as letras que gostava de alguém. No entanto, quem? Nenhuma garota veio em minha mente, exceto sua amiga de Deeying e querendo ou não Grace era uma boa opção. Seus cachos eram super definidos e a coloração do seu cabelo dourado a deixava meiga, suas íris eram esverdeadas como esmeralda, sobretudo todos os centímetros de altura que lhe faltaram foram para os seios. Entretanto, Jared não a olhava diferente, na noite anterior se mostrou um tanto desconfortável com a aproximação de sua amiga. Não podia ser ela. Jared não nutriu um olhar cintilante quando a viu e nem mesmo sorriu, daquela maneira que toca seus olhos; como ele sorri para mim. 

Para mim.

Ele me toca sempre quando tem uma oportunidade, os sorrisos direcionados para mim são largos, singelos e eletrizantes. Patterson me encara como se eu fosse a coisa mais interessante de todo a galáxia, até mesmo me presenteou com um colar e sobretudo tentou me beijar.

Todas as dúvidas não deixaram minha cabeça por um minuto sequer, com isso não consegui escrever, ler ou qualquer outra coisa. Pela primeira vez em séculos eu me sentia no mundo da lua, mas não sozinha, Jared, e seu jeito de ser, me faziam companhia.

No entanto, voltei para o planeta Terra no momento em que senti algo gelado ser despejado no meu peito coberto por um suéter. Papai não tirava seus globos oculares de mim, seu cenho estava franzido e ele deixou sua xícara de café para me ajudar a limpar.

— Você está bem, filha? — perguntou, amassando os guardanapos usados em bolinhas. — Mal tocou nas panquecas.

— Eu estou bem. — afirmei o mais sincera possível, não havia nada de errado comigo, a não ser todo rabisco que se formava na minha mente. — Só estou pensando em algumas coisas. — disse enquanto tirava o suéter úmido.

— Posso saber? 

Comprimi meus lábios, olhando para meu pulso sem o relógio que eu ganhara da mamãe. Não era uma das melhores opções contar o que me atormentava para o papai, ele era um homem, não saberia me explicar o decorrer dos meus sentimentos e se eram emoções verdadeiras. Sobretudo, papai não teve um relacionamento afetivo desde a separação, talvez ele nem se lembre de como é ter uma paixão recíproca. Nessas horas gostaria de ter uma mãe presente, para eu me envergonhar na hora em que falarmos de garotos, sexo, e namoro. Eu me sentia desconfortável só de me imaginar falando sobre Jared com ele. 

— É aquele garoto, não é? — questionou, sentia o olhar de Rob queimar minha nuca e maneei com a cabeça, querendo acabar com o assunto. — Deixa eu pensar… Ele tentou te beijar?

Meus lábios se abriram com a seguinte pergunta e automaticamente meus dedos tocaram o pingente do colar.

— Ah, e foi ele quem te deu esse presente. — agora era uma afirmação, ele sabia que não estava errado.

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