CAPÍTULO XVI

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16. Garotos babacas e onde habitam.

Era segunda feira e o recesso escolar para o natal chegou ao fim. Storm Hills estava um pouco diferente do que de costume, não pela neve que caía lá fora ou pelas pessoas e suas roupas de frio. As paredes dos corredores ganharam uma nova cor alegre e bem bonita; o laranja. Alguns dos armários cinzentos, os quais estavam estragados e pichados, voltaram para o cinza original, sem sujeira alguma, e todos eles agora pareciam novinhos em folha. E as salas – pelo menos as quais frequentei – tinham novas lousas de vidro, carteiras e ar condicionado.

Ao invés de lanchar como os outros alunos, dei uma tour pela escola no horário do intervalo. Gostaria de saber até que ponto as mudanças chegaram e por momento a maioria dos clubes, o campo de futebol e a biblioteca ainda se encontravam parados para a reforma, mas pela rapidez dos funcionários não demoraria para entregá-los. 

Por sorte, o clube de jornalismo estava pronto e tão diferente de como o deixei antes do recesso. As paredes ganharam um tom azul celeste e o piso era coberto por granitina clara, assim como os aeroportos de Connecticut. E, não havia mais uma velha máquina de escrever na sala, no lugar optaram por uma mesa vazia com um suporte para copos reutilizáveis para café. No centro do cômodo, instalaram uma mesa de quatro lugares, acompanhada de cadeiras macias e super confortáveis. 

Entretanto de todas as outras mudanças, o que mais me encantou foram as duas estantes aglomeradas de literatura clássicas americanas, francesas e brasileiras, todos eles separados por nacionalidade, gêneros e postos em ordem alfabética. Jared adoraria essa novidade, ainda mais por ter uma pequena sessão de terror onde habitavam Stephen King, Mary Shelley, Bram Stoker e entre outros. Eu adoraria notificá-lo pessoalmente só para ver os seus olhos marrons brilharem e seus caninos aparecem. 

E nada me impediu de empurrar a porta de madeira do clube – a qual não deixou escapar nem um som de rangido – e sair a procura de Jared Patterson pelos corredores de Storm Hills. No entanto, o garoto dos fones de ouvido não fora encontrado por mim em lugar sequer.

— Bom dia, Forbes. — o senhor Crowns passou por mim, dando um rápido sorriso, seu cenho se franziu quando não o respondi e continuei o meu trajeto para sei lá a onde. — Você está bem? — falou um pouco alto demais, para que eu ouvisse, mas claro que estou, o que o fez pensar assim? — Você está como uma louca andando por aí. — e respondeu, como se tivesse lido meus pensamentos.

— Estou procurando o Jared. — disse enquanto voltava para perto do meu mentor.

— Ele está em Nova Iorque e não faço ideia de quando voltará.

Assenti dando um sorriso frouxo, era como se um balde de água gelada estivesse caído sobre meu corpo. O senhor Crowns se despediu de mim e como mágica o alarme para o próximo horário soou por toda nossa escola. Suspirei, indo em direção ao meu armário, assim como o aglomerado de alunos. 

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