CAPÍTULO XXX

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30. Rudimentar.


Um mês se passou desde a minha ida à Nova Iorque. E como esperado o tempo não me curou como algumas pessoas disseram-me que ele o faria, mas graças a minha pessoa, toda a dor era menor. 

Não poderia negar que sentia saudades do papai e de seus abraços calorosos, tampouco de Jared Patterson e de todos os sentimentos e prazeres que ele me proporcionou durante quase três meses. Sentia falta dos seus beijos, abraços e dos nossos toques de mãos, no entanto tudo aquilo era uma lembrança distante do agora. E lembrar ainda doía, como se o meu peito estivesse vazio, como se algo faltasse em mim, enquanto certamente ele está dando todo o seu amor para outra garota.

Como havia prometido a mim mesma, eu mesma estava me reerguendo como uma borboleta saindo de seu casulo, talvez ainda aprendendo a voar pelos céus. Mas de uma coisa eu tinha certeza, uma hora eu o esqueceria por inteiro, ou pelo menos torcia para que isso acontecesse.

As coisas estavam ganhando um novo rumo, eu gostava de dividir o meu espaço com uma garota, e estava participando da atividade extracurricular de fotografia na nova escola. Eu não tinha muitos amigos, conversava o básico com os meus amigos de clube e sempre andava com Elizabeth nos intervalos, pois ela não me deixava almoçar sozinha no campus da escola. De uma maneira eu estava me encaixando, as pessoas não sabiam do meu passado e mesmo se soubessem, não dariam a mínima, pois eu e Elizabeth estávamos nos esforçando para que todos conhecessem a minha versão, o meu caráter e tudo o que eu tinha de bom para oferecer. Pois no fim entendi que não era minha culpa, não era culpa de ninguém, as coisas aconteceram porque tinham que acontecer e incriminar alguém não anularia ou apagaria o nosso passado.

Meu aniversário de dezoito anos seria na próxima semana, decidimos dar uma festa para que eu continuasse me misturando entre meio aos alunos e também para que eu pudesse ver o papai. Seria fantástico poder vê-lo depois de tantas vídeos chamadas diárias, pois tudo que eu queria era abraçá-lo e pedir desculpas por ter o deixado.

Elizabeth e eu estávamos no starbucks, ela bebericando o seu cappuccino enquanto arrastava o dedo para o lado ignorando as matchs no seu celular. Já eu, procurava uma câmera fotográfica para comprar, pois a Cannon de Jared havia ficado para trás, ela não era minha. Por sorte eu não precisaria gastar as minhas economias, já que mamãe me prometera dar tudo que eu quisesse de presente pelos meus dezoito anos.

— Você gostou desse? — Betty virou o touch do seu iphone para que eu visse a fotografia de uma cara do aplicativo de namoro. Neguei voltando minha atenção para o notebook. — Mas ele se parece com o Jared.

— Talvez seja esse o problema. — murmurei, adicionando a câmera escolhida por mim no carrinho. — Você precisa parar com essa obsessão, eu não quero um novo namorado.

— Eu só quero te ajudar. — deu de ombros. — Ele seguiu em frente, você também precisa seguir. E nada melhor do que um novo namorado.

— Algo me diz que não devo escutar o conselho de uma garota de quinze anos. — brinquei, entrando na minha caixa de mensagens pelo celular, pois precisava avisar a mamãe qual câmera ela deveria comprar.

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