CAPÍTULO XXIII

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23. Seja como um casulo e se abra.


Ele não estava mais na minha cama quando meus olhos se abriram. Procurei Jared por todos os cantos da minha casa e não havia sinal algum de ele estar aqui, nem mesmo seu casaco estava no lugar em que o deixara ontem. Um aperto se instalou no meu peito com a possibilidade de todos os acontecimentos de ontem fossem apenas alucinação causada pelos remédios para febre.

Procurei no meu celular alguma mensagem e não havia nada que fosse direcionado do garoto para mim. Frustrada, me sentei no sofá da sala de estar. Coloquei minha mente recém desperta para me recordar se Jared falou algo sobre o horário de voltar para casa ou algo do tipo. No entanto nada veio em minha mente, como se realmente tudo não passasse de um sonho meu. Segurei o aparelho de forma firme, levando-o até o queixo, questionando-me se valeria à pena ligar para Jared, mas e se ele me achasse uma maluca? 

Era surreal a ideia de alguns comprimidos me fazerem delirar com a imagem de um garoto o qual convivo. Até mesmo minha própria pessoa cogitava a ideia de eu estar ficando louca, o que não era muito impossível. Na minha alucinação – ou não – eu dizia para mim mesma que estava apaixonada pelo garoto que dormira ao meu lado, e em muitos casos; estar apaixonado nos leva a loucura.

— Alex? — papai me chamou, enquanto fechava a porta. Eu estava tão fora de mim que sequer percebi a sua chegada. — Esqueceu a porta aberta?

— Não sei. — minha mente estava tão confusa naquele momento que tampouco me lembrava se tranquei a porta ou a deixei aberta. No entanto aquilo poderia ter outro significado, tal como Jared ter estado aqui.

— Você está melhor? — afirmei deixando o celular sobre a mesinha de centro, papai depositou um beijo gelado na minha testa e sorriu. Com a barba e o cabelo aparado Rob parecia dez anos mais novo, ainda mais quando esboçava um exuberante sorriso. — Comeu alguma coisa?

— Ainda não, estava esperando o Senhor chegar. — me expliquei, enquanto seguíamos para a cozinha de braços entrelaçados. — O que você preparará para nós? — eu sorria a cada palavra que saíra dos meus lábios, contente demais para alguém que não estava cem por cento saudável.

— Ainda não sei, vou pegar um copo de água e me decido. — ele pegou o copo no armário e seguiu para a geladeira. — Que tal omelete?

— Seria perfeito. — encostei meu corpo na mesa da cozinha.

Ele assentiu despejando todo o líquido transparente do copo em sua garganta. Papai guardou o jarro na geladeira e caminhou em direção a pia, deixando o copo próximo de outros dois. Assim como o meu, o cenho de papai se franziu em confusão.

— Alguém esteve aqui com você? — me encarou a espera de uma resposta. 

— O Jared estava aqui. — depois dos copos sujos sobre a pia eu tinha a total certeza de que eu não era uma maluca. 

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