《0.2》

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Pov's Ally

Naquela manhã entrei na sala de reuniões junto com todos os diretores das alas do Seattle Grace, o dia estava um pouco mais corrido do que nos outros dias, o hospital inteiro estava passando por investigações severas de maus tratos e conduta indevida principalmente na ala de psiquiatria onde eram realizadas as terapias mais pesadas, a dias eu estava visitando todos os pacientes da ala, e fazendo um novo perfil de cada um, reavaliando eles, e alguns nem deveriam estar ali, e fiquei irritada quando achei uma paciente a 0257, todos os arquivos dela eram restritos e inacessíveis, ali era um hospital e não a cia para ter documentos restritos, eu sai de casa virada no cão por que eu não conseguia acessar nada sobre aquela paciente, nada tinha dela nos bancos de dados, entrei na sala sem pedir licença batendo a porta com força, todos me olharam assustados, e eu me coloquei lá dentro e fechei a porta.

- Drª Brooke, o que pensa que está fazendo? - Drº Griffin falou em tom enérgico e minha mãe ficou me olhando de rabo de olho.

- Essa é a mesma pergunta que eu gostaria de fazer para o senhor.

- Você está se apoiando demais na ideia de ser filha dos donos do hospital, não acha? - Aquele homem era nojento e atrevido.

- Não estou aqui como filha de ninguém, estou aqui como médica que sou, estou aqui por conta de uma paciente que está esquecida, ou coisa pior. Eu não acho nenhuma informação sobre ela e eu quero ver essas informações.

- Você quer? - Ele falou arrogante. - Eu sou o diretor da psiquiatria, eu é que tenho que saber dos meus pacientes, não a senhorita nariz em pé.

- Eu estou supervisionando todos os seus paciente. - Minha mãe interveio, e se colocou próximo a mim.

- Filha, realmente não achou nada da paciente?

- Nada mãe, apenas uma foto.

- Como tem andado as coisas?

- Estou tendo progresso, mas preciso ter acesso as informações. - Minha mãe me sorriu e então virou para Griffin e foi para ele com aquela cara que assustava até nos adultos.

- Ela precisa dos dados de todos os pacientes do hospital, não tem exceção senhor Griffin, ela está acima do senhor, não por ser minha filha, mas por ser quem gere a maior receita deste hospital, por ser a cirurgiã mais procurada no país. O senhor brinca com seus pacientes como ratinhos de laboratório, então não questione nem minhas decisões nem as de minha filha. - Ela se virou para os outros médicos. - E que fique claro para todos, o que ela decidir é como se eu ou meu marido tivéssemos decidido, okay? - Ela perguntou e todos assentiram com a cabeça. Saí da sala vitoriosa, mas eu sabia que teria problemas com Griffin.

[...]

Naquele mesmo dia eu tive a certeza que Griffin realmente agia errado, a garota sentada em minha sala estava magra, desnutrida. Ela estava aparentemente sem se alimentar direito, a garota estava também muito assustada, de todos os pacientes que eu vi nesses dias exaustivos, ela era a mais assustada, a com mais problemas. As fichas dela diziam que estava ali a dez anos por ter um comportamento explosivo e agressivo, e eu simplesmente adentrei o quarto dela e ela não mostrou nenhum traço deste tipo de comportamento, ela estava assustada. Eu estava observando ela, e parecia ter bastante dificuldade para escrever, mas se esforçava muito, e finalmente ela virou o papel para mim.

- Tudo vai ficar bem? - Estava escrito ali e ela me olhava como uma criança perdida.

- Sim, prometo que tudo ficará bem Lauren, vou cuidar de você. - Me levantei e fui pegar um pouco de água oxigenada e comecei a limpar alguns machucados. A garota estava quase que toda roxa, aquilo não era normal.
Até agora eu esperava o tal comportamento agressivo, mas ele não vinha, fiquei ali observando ela, e estudando seu comportamento. Lauren só era uma garota assustada, e nada mais do que isso. - Querida você não consegue falar nada ? - Perguntei, ela ficou me olhando e escreveu.

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