《0.3》

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Pov's Lauren

O chão frio rompeu qualquer calor do meu corpo, o baque no chão me deixou alerta, eu não conseguia me mexer, minhas veias ardiam,  medicamento já fazia efeito. Minha cabeça doía, eu sentia alguma coisa escorrer em meu rosto e a última imagem que eu tinha antes de apagar era Ally, aquela doce mulher era diferente dos outros médicos, acho que foi a primeira pessoa que se importou comigo, que se preocupou e que não achou que eu fosse louca, ela cuidou de mim. Eu sabia que talvez nunca mais a veria, sempre era assim, muito médicos entravam ali mas os únicos que sempre voltavam eram os da equipe do Dr. Griffin, os únicos que eu não gostaria de ver sempre voltavam, eles fecharam as portas e eu ouvi Ally gritar com Griffin, ouvia nitidamente.

- ISSO ESTÁ ERRADO, ELA NÃO É UM ANIMAL! - Ela falou e pude ouvir ele dar risada, aquele homem era um monstro. Fiquei ali ouvindo o silêncio, logo a porta se abriu em um único golpe e eu comecei a ser arrastada pelo chão. Eu queria gritar, queria pedir ajuda, mas eu não podia, eu não conseguia me livra daquilo, da dor. Passamos por todo o corredor e o frio parecia aumentar, meu coração parecia quase não bater, meu corpo parecia estar perdendo cada vez mais o calor. Logo fui jogada em um canto, e comecei a escutar diversos barulhos, passos, e eu não conseguia me virar para ver o que estava acontecendo, isso me deixava mais e mais desesperada. Até que novamente eu fui puxada.

- Coloquem ela na banheira. - Ouvi a voz de Zayn, eles estavam me arrastando e ele gritou: - TIREM A ROUPA DELA. - Eles obedeceram e rasgara toda a roupa nova que Ally havia colocado em mim. Eu estava ali, nua, em uma sala com vários homens e aquilo acabava comigo. Me deixava mal, mas eu não tinha como fugir. Fui colocada em uma espécie de banheira de metal, com bem pouca água, não chegava nem a cobrir minhas pernas. Logo ele veio para perto de mim, só de olhar para o Zayn eu tinha arrepios, tudo que ele me fez, não tinha como ser esquecido. - Você arrumou uma amiguinha, não é? Vou usar sua amiguinha para o nosso tratamento hoje, querida. - Ele falou com aquele ar asqueroso dele e começou a colocar os eletrodos em meu corpo. Eu já sabia o que viria a seguir. Os eletrodos serviam para medir minha função cerebral quando eu via imagens ou vídeos de mulheres, e se fossem altos, eu levava choques. Zayn seguiu um pouco adiante, colocou um pequeno objeto retangular na televisão e logo começou um vídeo com uma moça morena. Eu comecei a me concentrar para não demostrar dar atenção e eu olhava no mesmo monitor que ele. Quase não teve alteração, pude ver ele dar risada para o pai dele e logo ele mudou o vídeo. Eram imagens do hospital, estranhei aquilo, parecia um banheiro ou algo assim e logo alguém entrou. Foi ai que eu vi, a pessoa era Ally. Ela entrou e trancou a porta. Que merda ele estava fazendo filmando ela? Assim que ela fechou a porta, ela ligou um dos chuveiros e começou a tirar sua roupa. Eu tentava não olhar, tentava virar, mas eu não conseguia e ao mesmo tempo que eu não queria olhar, eu desejava ficar olhando ela para o resto da vida. Ela estava nua ali e ela era maravilhosa, eu não consegui controlar meus desejos por aquela mulher, eu estava sedenta por ela e quando vi, o monitor já havia disparado. Zayn deu sinal para os enfermeiros e eles colocaram algumas hastes de metal dentro da banheira com cabos cumpridos, que foram entregues ao Zayn. - Drª Brooke é uma grande tentação, não é? Eu sei, ela é gostosa, qualquer pessoa na face da terra gostaria de afundar a cabeça no meio das pernas dela, por que com uma doentinha sapatão como você seria diferente não é? Ainda mais hoje, fiquei sabendo que passou a tarde toda com a delícia da Brooke, como foi? Você agarrou ela? Trepou com ela a força igual eu fiz com você? Me diz, anda mudinha! Colocou esses dedos nojentos dentro dela? - Ele fala de uma forma asquerosa e nojenta. - Não trepou né? Mas gostaria de ter trepado com ela? Eu sei que gostaria, vamos ver se depois disso ainda vai querer trepar com ela. - Ele falou e se afastou, ligando aqueles dois cabos em uma máquina e assim que ele abaixou as alavancas, uma corrente de energia enlouquecedora passou por todo meu corpo e parou. A água parecia me cozinhar, parecia estar fervendo, eu não podia me mover e a própria banheira de metal parecia ter intensificado os choques. Meu corpo inteiro ardia, e eu só conseguia gritar de dor.

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