Pov's Ally
Confusão era a palavra que perpetuação minha cabeça nas últimas horas, as coisas estavam bem, mas em minha cabeça, parecia tudo uma tremenda confusão.
Me sentei no jardim, acho que já estava na minha quarta taça de vinho, eu olhava para o céu, encarando as poucas estrelas como se uma delas fosse descer e me dar a solução, ou até mesmo o empurrão que eu precisava.
- Por que as coisas tem que ser tão complicadas? - Falei em voz alta, o cachorrinho da Lauren apareceu, sentou de frente para mim e latiu. - É, eu sei que eu que complico as coisas. - Ele abanou o rabo e latiu novamente. - Ótimo, um cachorro é que vai me dar conselhos? - Fiquei ali pensando e pensando, até que resolvi me levantar. - Quer saber? Foda-se, o máximo que pode acontecer é ela surtar e me jogar para fora do quarto. - Virei o resto do vinho de uma única vez e fui para dentro de casa. Encarei a escada que levava para o segundo andar por alguns segundos e então criei coragem para subir.
Exitei um pouco em abrir a porta do quarto de Lauren, mas eu não podia mais viver assim, eu precisava ao menos tentar e descobrir o que era tudo isso dentro de mim.
Eu precisava me entender e precisava beijá-la. Abri a porta de uma única vez e Lauren pulou na cama um pouco assustada. Fechei a porta e olhei para ela.
- Aconteceu alguma coisa? - Lauren perguntou, se cobrindo com o lençol. Acho que ela estava semi nua, aquilo deixou minha garganta seca e engoli de qualquer jeito.
- Aconteceu sim. - Foi o que respondi enquanto caminhava para perto da cama, coloquei minha taça de vinho sob a mesinha que havia ali ao lado.
- O que houve, Allyson?
- Lauren, o que aconteceu é que não consigo tirar você da minha cabeça, passo o dia todo pensando em você, no seu sorriso, nos seus olhos, no seu corpo, na sua boca... - Quando falei aquilo, eu já estava em cima de Lauren, eu estava sob seu corpo e apenas poucos centímetros me separavam de realizar meu desejo. - E eu não sei nada sobre mim, só sei que eu desejo você todos os dias desde que te conheci. - Me abaixei mais e aquelas enormes esmeraldas me encaravam. Rocei minha boca de leve nos lábios dela e senti todo meu corpo se contrair.
Lauren suspirou e isso foi o suficiente para que eu a beijasse. Eu não sabia bem o que estava fazendo, eu era completamente leiga naquilo, dei um pequeno selinho em seus lábios e para minha surpresa, senti as mãos de Lauren em minha cintura, me puxando para perto.
Seus lábios beijaram os meus cuidadosamente, quando percebi, Lauren havia virado meu corpo e estava por cima de mim. Ela me deu mais um selinho, se afastou e ficou me olhando, ela sorriu acariciando meu rosto.
- Você é tão linda, Allyson, gosto tanto de você, mas tem certeza do que está fazendo? Isso não é o vinho? - Lauren perguntou um pouco triste.
- Lauren, o vinho só me deu coragem. Sabe, tem dias que eu não entendo nada do que se passa dentro do meu coração e da minha cabeça, mas tem dias que eu entendendo tudo e fico com medo. Eu sei que você está virando meu mundo de cabeça para baixo ou o descurando, passei tantos anos me pondo de lado e quando conheci você, eu percebi que eu era diferente, que eu nunca me interessei por ninguém porque eu estava esperando por você. Sei que isso é totalmente gay e cafona... - Eu estava falando e ela me beijou.
Senti sua mão se entrelaçar em meus cabelos e sua língua pedir passagem em minha boca, eu não sabia bem como fazer aquilo, mas Lauren foi me guiando e o beijo foi se tornando intenso. Comecei a acariciar seu corpo, coloquei minhas mãos em suas costas e eu conseguia sentir cada cicatriz em seu corpo.
Eu só conseguia pensar que eu queria amar aquela mulher e cuidar dela. Lauren se separou de mim e encostou sua testa na minha.
- Nada do que você disse é gay ou cafona, é o que eu queria ouvir de você. - Ela falou aquilo e me peguei sorrindo, voltei a beijar Lauren agora com um pouco mais de confiança, o beijo já não era tão inocente, nossas línguas se encontravam em um ritmo viciante, que só me fazia querer beijá-la mais.
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Indestrutível
FanfictionOs pais deveriam proteger e cuidar dos filhos, não é? Estar sempre lá e ensinar coisas. Mas a única coisa que meus pais me ensinaram, é que ser diferente é errado. Fui deixada, largada, abandonada em uma clinica, onde o lugar mais calmo é minha cela...