《1.0》

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Pov's Miley

Eu estava nervosa, estava parada na porta da casa da Allyson. Droga! Nunca me imaginei ali, mas eu precisava estar ali, pois eu sabia que podia ajudar com Lauren.

Eu tinha documentação suficiente para ajudar Allyson a fazer algo efetivo contra aquela ala absurda do Dr. Griffin.

Bati na porta algumas vezes até que escutei alguém mexendo na fechadura e logo a porta se abriu. Respirei fundo, era Ally. Ela me abriu um sorriso tímido e discreto.

- Olá, Dr. Brooke.

- Me chame apenas de Allyson. - Ela estendeu sua mão e a comprimentei. - Vamos entrar. - Ela me deu espaço e entrei. Meu telefone começou a tocar diversas vezes e quando o peguei era Pat. - Namorado?

- Namorada ciumenta.

- Isso é complicado.

- Sim, mais ainda quando ela não é assumida. - Me dei conta de que estava falando demais e fiquei com vergonha. - Me desculpe, é que ando com a cabeça tão aérea por conta dela, que nem sei mais de nada.

- Sua namorada não é assumida?

- Não.

- Ela é muito nova?

- Pior que não, ela é bem mais velha, tem... filhos e já foi casada com um homem.

- Nossa, isso deve ser complicado.

- Até demais. Mas, então, como está a Lauren?

- Ela teve uma crise hoje, a primeira desde que a conheci. Griffin diz que ela é agressiva e tudo mais...

- Seu pescoço?

- Ela teve um pesadelo e eu estava do lado dela. - Segui andando junto com a loira mais baixa para o seu escritório. Ela me apontou uma cadeira, logo retirei os documentos que eu havia levado e coloquei sob a mesa.

- O Griffin entrou em contato?

- Hoje ele quer a paciente de volta, estou tentando juntar provas de que ela foi violentada.

- Não precisa. - Peguei os exames durante toda a gestação dela e entreguei na mão da Ally. Ela analisou tudo e ficou assustada.

- Na documentação oficial ela teve um aborto.

- Ela não teve aborto algum, o garoto foi tirado dela com sete dias de nascido, ele está com dez anos. - Peguei a foto que eu tinha do garoto e entreguei a ela. - Ele se chama Noah Jauregui, não sei o paradeiro dele. Quando comecei a juntar documentação, conheci uma prima dela, a Taylor. Nós namoramos um tempo e logo vimos que era só amizade. Nos tornamos melhores  amigas e ela me comprovou que o garoto estava vivo, mas não vivia com eles, parece que ele vive em um colégio interno em outro país.

- Quanto mais coisas fico sabendo deste caso, mais horrorizada eu fico com as pessoas. Não bastou trancarem a garota em um hospício, não bastou ela ser violentada, ainda tiraram o filho dela.

- O garoto foi criado pela avó, ela cria ele achando que a mãe não o queria e que ela morreu.

- Que absurdo!

- Quero tirar Lauren daquele lugar tanto quanto você. - Allyson deu um soco na mesa e parecia nervosa.

- Tentei convencer a minha mãe, mas parece que ela não me escuta e sempre que ligo, ela está com alguém, então pouco ouve o que quero dizer. - Ela falou e eu me senti envergonhada, pois a pessoa que sempre estava com ela era eu.

- Patrícia não quer ajudar?

- Na verdade, ela diz não poder tomar partido por precisar do valor da família da Lauren no hospital.

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