Teen. 12 ✦ Mais um mal da humanidade.

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                                         ❥ Monday, 10:30 AM ✦

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Monday, 10:30 AM

— Tá na hora do recreio, loirinha. — Josh se ajoelha ao lado da minha mesa. — Você não vai comer na sala, né?

— Não vejo problema nisso.

Ele suspira e pega na minha mão.

— Eu vejo, Joalin. — Me puxa, nos levando para fora da sala.

Nada foi tão difícil como sentir a angústia do término. Deixei de sair de casa e ir para muitos lugares para não correr o risco de esbarrar com ele. Não consigo descrever meu estado mental em uma semana, apenas dizer que estava totalmente abalado. Chorar foi o verdadeiro resumo de toda a ópera.

Meu medo fica mais evidente só em pensar que Bailey pode aparecer a qualquer momento. Tornar a olhá-lo ainda é muito complicado.

— Ei! — Any acena do seu armário.

— E aí, moana. Tudo firmeza?

— Ignorando a forma nada romântica que você utilizou para me cumprimentar... Sim, Joshua, tudo ótimo! — Ela olha para mim. — E você amiga, está bem?

— Sim, Gabi.

— Cara, isso não é bom. — Josh murmura.

— Eu também não acho isso nada bom... — Ele interrompe Any.

— Eu não tô falando disso, idiota. Olha quem vem aí.

Olho para trás.

— Joalin, a garota do May.

Sossego? O que é sossego? Desconheço essa palavra.

Bufo. — O que você quer, Ryan?

— Fica calma, gatinha... Fica calma. Eu tô tranquilo, mas é só por enquanto.

— É melhor se mandar, cara. Não vou medir forças na hora de quebrar tua cara. Não quando se trata de defender minha amiga.

— Você é um fracote, parceiro. Vai fazer o quê? Me bater?

— Vou arrancar os seus dentes e depois vou enfiar todos eles no olho do teu cu.

Any abafa a risada, mas percebe o olhar mortal de Collins.

— Vai embora, merda. Ninguém te quer por perto. Você é e sempre foi desprezível. — A cacheada diz, arqueando sua sobrancelha.

— Então a vadiazinha ficou irritada?

Beauchamp se enfurece com o idiota e agarra a gola da blusa dele.

— Quem você pensa que é pra falar assim com ela, seu filho da puta?

Assustada, dou passos para trás e me perco dos três. Após me distanciar deles, alguém segura a minha cintura e me joga para dentro de um lugar escuro e silencioso. De repente, a luz se acende e tenho a visão do forte e musculoso Ryan, que por sinal está com o nariz sangrando.

Ham?

— É bom vê-la de novo, Joalin.

Como ele saiu de lá tão rápido? Isso é impossível. Praticamente impossível.

Levanto. — Eu já disse que não quero nada com você. Me deixe em paz. — As batidas do meu coração aceleram quando ele me impede de sair.

— Aonde você pensa que vai?

— Não encosta em mim! Não encosta... — Collins ignora, segurando meus braços e me prensando de frente para a parede.

— Seu aroma é tão prazeroso.

— Porra, Collins. Você é um maluco!

— Cala a boca, Loukamaa. Cala a merda da sua boca. — Abre o zíper da minha calça.

Não consigo gritar e nem me defender. É tarde demais para me prevenir do que eu tanto temia. Tarde demais.

— Me solta, eu imploro!

— Já disse para calar a porra da boca! — força meus punhos contra o mármore.

— Ryan, não! Por favor, não! — grito aos prantos.

— Adoro calcinhas de renda.

O monstro tampa a minha boca com a sua mão sufocando o meu choro, e se prepara para penetrar em mim encostando seu membro na minha intimidade.

Não há mais salvação para isso. O pior começa a acontecer.

A dor invade o meu peito, que clama por ajuda mesmo sabendo que não será escutado. Não só a interior como a física também.

Ele entra e sai como se estivesse me esfaqueando. Desfaço-me em cada vez mais pedaços a cada estocada sua. Está doendo muito, imensamente. Eu quero sair viva daqui, quero ajuda. Eu não aguento mais, não aguento mais. Ajuda, preciso de ajuda!

Lembro de minha família. Dos meus pais. Como queria eles agora para me proteger. Como sinto falta de minha mãe agora. Isso dói, como um furo em minha alma. Dói. Muito.

Abre a porra da porta agora, Ryan! Seu filho da puta! Eu vou te matar!  Eu juro!

Depois de alguns segundos me estocando sem cansar, fortes batidas na porta soam pela biblioteca.

— Bailey! Socorro! Por favor! Socorro! — Ryan tira a sua mão da minha boca, dando-me a oportunidade de berrar por socorro. — Me ajuda!

— Cala a boca, caralho! — Me vira e desconta um forte tapa no meu rosto. Caio bruscamente no chão.

Com a mísera energia que me resta, ajeito minha lingerie e subo a calça. Depois, não faço mais nada além de sentir a fraqueza se apossar de todo o meu organismo. Logo, em poucos segundos, um estrondeante barulho soa pelos meus ouvidos.

Dor.

                               
🥀

                                         


Não se cale!
Violência contra a mulher é crime.






Disque 180

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