Teen. 17 ✦ Lugar novo, vida nova. Ou não.

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Cinco meses se passaram depois de tudo

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Cinco meses se passaram depois de tudo.

Após Bailey ter saído, Sina e Diarra foram me visitar. Elas ficaram chateadas com Heyoon e o resto do grupo por não terem contado sobre o que aconteceu comigo. Eu jamais havia visto tanta preocupação em seus olhos.

Any, Lamar e Josh não me contaram nada quando voltaram, não diziam uma só palavra. Eles possuíam expressões frias e tristes, não quiseram tocar no assunto. Confesso que eu fiquei preocupada por vê-los daquela forma quando retornaram para o hospital.

Um dia depois da chegada de Sina e Diarra, meus pais apareceram. Assim que souberam, largaram a empresa e pegaram o primeiro voo que viram com destino à Las Vegas.

Meus pais agradeceram por terem cuidado de mim enquanto estavam fora. Heyoon os chamou e explicou tudo. Eles advertiram todos por demorarem demais para contatá-los.

Antes de ir embora do hospital, Any e a Heyoon me disseram que Bailey morava no mesmo prédio que eu, mas, que não precisaria me preocupar com o risco de um possível encontro. Perguntei o porquê e não tive resposta, elas somente afirmaram que eu não precisaria me preocupar.

Ao chegarmos no nosso lar, meus pais decidiram que iríamos nos mudar. De começo, a ideia não havia despertado efeito algum em mim, mas depois, um vazio se acomodou no meu coração. Era como se eu não pudesse ir, como se alguém precisasse ter-me por perto.

Eles falaram que queriam um novo começo para mim, longe de todo o mal que aquela escola e aquele lugar tinham me proporcionado.

Não os contrariei.

Eu não sentia mais amor e felicidade. Estava triste, me sentindo sozinha, mesmo tendo diversos amigos ao meu redor. Eu não conseguia compreender a razão de tudo aquilo ter acontecido comigo. No fundo do meu coração, eu estava sentindo que de alguma forma, de alguma única maneira, eu precisava voltar a amá-lo. E, por outro lado, que eu precisaria esquecê-lo.

Fui até o apartamento dele e quem atendeu foram os pais. Explicações não foram dadas e ouvi um prostrado "Nós sentimos muito, querida". Sinto que conseguiria me recordar de alguns de nossos momentos se tivesse o encontrado.

Poucos dias depois, chegou a hora da nossa formatura do terceiro ano e Bailey não apareceu. Any disse para mim que ele já tinha pegado o diploma, e mesmo que eu ainda perguntasse e implorasse para saber como e onde ele estava, ela se recusava a dizer.

E por fim, a minha ida para Nova York. Estou sentindo muita falta de Las Vegas, afinal, foi onde eu cresci. Além disso, me despedir de todos foi doloroso, porque minha gratidão por eles é imensurável.

Agora eu moro em uma casa enorme, faço faculdade de designer de interiores em Nova York, não recuperei metade da minha memória e estou longe de todos.

Mas nem tudo está perdido.

Eu conheci uma pessoa incrível, que anda me fazendo um bem enorme.

                                Tuesday, 7:30 AM

— Dios mio, Joalin. Pra sua sorte hoje a nossa aula vai começar mais tarde! — Diz Sabina enquanto abre as cortinas, deixando a claridade tomar o quarto.

Sabina é do méxico, mas mora aqui e faz faculdade comigo. Por ironia do destino, ficamos juntas em todas as matérias, ou seja, os meus horários de aula são iguais aos dela.

Em menos de um mês ela se tornou a minha melhor amiga e por isso, sempre estamos juntas. Sabina sabe de tudo o que aconteceu comigo, minha família e eu confiamos muito nela.

Sabina vem aqui em casa toda hora e essa não é a primeira vez que ela entra no meu quarto para fazer um escândalo.

— Você é muito chata! — Me levanto da cama na força do ódio.

— Sou mesmo e você me ama. — Desde o dia em que a conheci, percebi o quão carismática e carinhosa ela é.

— Talvez... bem talvez mesmo! — Ando até ela.

— Não tenha dúvidas de que estou certa. — Ela me abraça. — Vai se arrumar, você tá parecendo uma maluca toda destrambelhada assim.

        Horas depois.

— Amiga, você realmente tá bem? — A forma como ela se refere à mim faz-me lembrar de Any.

— Estou.

As aulas acabaram e agora estamos na frente da faculdade, esperando a mãe de Sabina nos buscar.

— Isso ainda não me convenceu. Fala logo o que aconteceu, por favor?


Flashback ON

Minha cabeça começa a doer muito no meio da aula e peço para ir ao banheiro. Ao chegar no toalete, corro direto para a pia e lavo o meu rosto.

Olho para o espelho mais uma vez. Apenas mais uma vez.
               
***

— Baleley, p-por favor. Vem pra cá.

— Meus pais vão ficar preocupados quando acordarem e não me virem no quarto.

— Eles já estão acostumados, amanhã cedo, sua mãe vai ligar para a minha e vai vir te buscar.

— Ela vai brigar comigo depois, sabia?

— Não vai não. Ela vai entender. As chaves estão por baixo do tapete, pegue-as e entre sem fazer barulho.

— Eu não posso, gatinha. Vai dormir.

— Bailey, por favor, eu não consigo...

                   ***

Abro os olhos assustada.

Flashback OFF

— Baleley... — Falo com a voz embargada e confusa.

Ela me olha sem entender.

— Quê? Quem?

Escutamos tia Ale buzinar e parar o carro no estacionamento logo à nossa frente.

Com lágrimas nos olhos, digo:

— Bailey... ele me chamava de Gatinha.






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Como todos sabem, o ano escolar nos eua é diferente, então a Joalin praticamente se formou no final de maio e depois das férias de verão ela entrou pra faculdade.

leiam.
Nos EUA, o ano letivo do ensino médio começa entre agosto e setembro e termina entre maio e junho. O semestre letivo americano das escolas dura quatro ou cinco meses e o ano letivo, nove ou dez meses. Cada instituição tem certa liberdade para definir o início das aulas.
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eu fiquei super embolada com isso. se estiver errado, relevem e não desistam de miimmmm!

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