A CASA ROUXINOL | jikook

FAMÍLIA

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Depois de comermos as marmitas, com muita calma, me despedi de Jeongguk, que ficou observando nós dois irmos embora juntos na bicicleta verde do aplicativo. Carreguei Jimin na frente, sentado no ferro de apoio central com a cabeça no meu peito, quase dormindo. Me sentia mal por proibir Jeon a vir conosco, afinal, ele está nitidamente apaixonado pelo Park, mas um bolsista não pode ficar faltando dessa forma. Ao chegar em casa, parei a bicicleta com dificuldade e a escorei na parede. Jimin desceu com dificuldade e sono, abrindo a porta pesada do hanok.

— Jimin-ah? – ouvi alguém chama-lo. Entrei junto contigo e vi que se tratava de Namjoon, misteriosamente em horário de aula fazendo sabe-se lá o que aqui dentro. Ainda achando estranho, peguei Jimin pelo cotovelo e o guiei pelas pedrinhas do pátio. Namjoon estava sentado na escada, lendo um livro com uma capa bonita e verde, deve ser alguma coisa de natureza, como sempre. Depois de um tempo, caminhamos juntos para dentro, deixando os sapatos no armário da entrada.

Claro que eu tive de tirar os de Jimin. Ele ficou de pé, escorado no pilar coçando os olhos, mole por causa do remédio, enquanto eu desamarrava seu VANS. Namjoon se aproximou com o livro debaixo do braço, observando tudo, disse nada. Seu silêncio me incomodou um pouco, contudo segui para o quarto de Jimin, abrindo a porta e o guiei até sua cama.

— Tae, pode... pode me deixar, eu me viro – disse com dificuldade. Sorri, com um pouco de pena, respeitando seu pedido, me retirei do quarto rapidamente fechando a porta atrás de mim.

Surpreendentemente, Namjoon estava lá do lado de fora, agora com os braços cruzados, me esperando. Fiquei um pouco sem entender sua cara brava. – Namjoon-hyung, o qu-

— Que história é essa da briga, Taehyung?! – sua mão forte me pegou pelo braço e me arrastou para o atelier, último lugar que eu queria entrar essa semana. Quando parou na minha frente, me encarou nos olhos.

— Olha... – como eu iria explicar algo que nem eu sei como começou? – Eu... eles...

— Eu vi um vídeo assustador no Instagram e... – parecia incrédulo, irritado, passou a mão no cabelo e coçou a nuca de forma furiosa. – O que diabos aconteceu? Pelo amor, o que é aquilo?!

— Namjoon, eu... eu... – não sabia o que dizer. Respirei fundo, cocei os dois olhos com as mãos e gemi com um pouco de nervosismo. Depois de me acalmar, olhei em seus olhos. – Vi os dois brigando muito e fui separar, não me faça perguntas difíceis

— Você deixou isso acontecer com ele?

Namjoon agora fazia mais sentido. Ele estava nervoso, confuso, estava com raiva e medo pelo o que aconteceu com Jimin. Afinal, Hyuk havia morrido sufocado. Não faço ideia do vídeo que ele viu, mas se filmaram exatamente o que aconteceu, posso imaginar seu pânico.

— Jimin e Baekhyun se odeiam, não tem muito o que a gente possa fazer sobre isso... – resmunguei sério. – Mas, a gente pode tentar proteger ele no futuro

— Você deveria ter feito isso desde o princípio, não são amigos agora?

— Não adianta discutir comigo sobre algo que não é minha culpa!

Não percebi que havia me excedido no tom de voz, apenas depois que o mais velho arqueou as sobrancelhas em um susto pequeno. Depois de um tempo, ajeitou o cabelo novamente e respirou fundo. – Certo, certo...

Seus olhos saíram dos meus e começaram a andar pelo atelier, parando no teto, na direção de onde Hyuk havia morrido. Depois de um tempo, coçou a cabeça com um olhar tristonho.

Sua mão repousou sobre meu ombro, leve.

— Namjoon-ah... Hyuk e Baek eram... eles se conheciam?