A CASA ROUXINOL | jikook

BROKEN BONE

{eu sei que eu demorei bastante, desculpem! boa leitura ♥}

Não me lembro direito de como vim parar nessa rua. Agora, a lua brilha sobre a minha cabeça, no céu escuro cheio de estrelas. Está um pouco frio e eu aqui, apenas com uma calça jeans e uma camiseta de linho branca e fina. É a minha rua, a rua do meu hanok.

Segui adiante, andando devagar, subindo. Algo me diz que não deveria estar aqui, tem alguma coisa errada acontecendo hoje. Não era para eu estar no bar assistindo a apresentação de Jeongguk? O que aconteceu?

Espiei sobre meus ombros e ninguém me segue, estou sozinho. Quando chego na porta do hanok, vi que o mesmo está aberto. As flores estão bonitas, as roseiras estão vivas, contudo me lembro que estavam mortas, Hoseok reclamou por horas disso... como estão vivas?

─ Te falei que você deveria fazer alguma coisa a respeito disso! - eu conheço essa voz, essa voz... ela me é familiar. ─ Mark, você tem que fazer as coisas do jeito que eu mandar! Seu imprestável!

─ Cala a boca, seu merda!

Mark? O que um dos Lee faz dentro da minha casa? Continuei andando, chegando perto das escadinhas do hall de entrada, olhei para meus pés e estou descalço com as pedrinhas sob o mesmo.

─ Saia daqui, seu imprestável!

─ Vai se foder, Baekhyun! - ah, então é ele. O que esse imprestável está fazendo na minha casa? Esse infeliz, desgraçado!

Mark surgiu no corredor, vestindo roupas pretas e na cabeça um boné da mesma cor. Passou por mim como se eu fosse nada, como se...

Eu não estivesse aqui.

Confuso, o vi ir embora rapidamente, quase correndo. Continuei andando, subindo as escadinhas com meus pés descalços, seguindo um som estranho.

Tum.

Tum.

Tum.

Esse som... eu o ouvi algumas vezes faz um tempo. Me lembra o som de passos, mas não tenho certeza do que se trata, contudo, vem do fundo do corredor, na ultima porta, do ultimo lugar que eu quero entrar:

O atelier.

Sua porta está semi aberta, uma luz fraca sai da mesma. A casa está vazia, unica coisa que explicaria esse animal estar na minha casa.

Mas está tudo tão estranho hoje.

─ Faça o que eu disse, anda! Faça! - a voz do lixo retornou, ecoando pelo corredor. 

O quão mais perto eu chego da porta pior eu fico, meu estômago começou a embrulhar e minha cabeça a doer, o cheiro forte de rosas surgiu, envolvendo meu nariz, ocupando todo o espaço.

Contudo, preciso saber o que esse animal faz no hanok, o que ele quer e com quem ele está falando assim.

Apesar de que tenho uma grande suspeita, quase certeza, de que esse momento não se trata de algo real exatamente. Não me lembro de ter chegado na rua. 

─ Baek, por favo-

─ Cala a boca! Seu merda, não fala meu nome, não fale comigo! Você conseguiu me foder, seu filho da puta!