Forty five

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Xxx Perdoa e não desiste de mim!!! Kkkk to arrumando as coisas pra viajar (porque eu resolvi hoje e vou sair às 6:00), então desculpa mesmo, amanhã tem mais explicações!! Boa noite, Enjoy xxX

Ludmilla Pov

- Você está bem? – Patty se aproximou com uma caneca de chocolate quente e sentou ao meu lado na varanda. O clima estava começando a esfriar e não se via o céu azul, somente uma cobertura acinzentada por cima dos prédios.
- Acho que vou ficar.
- Você gostava muito dele, não é?
- A gente acaba se apegando, né? Ele me ensinou um monte de coisa, eu sabia de sua família, era um homem maravilhoso. Não merecia partir agora. – fechei os olhos para sentir a leve brisa gelada que batia em meu rosto e respirei fundo. – Fico imaginando como está a Sra. Jones e a filha dele.
- Tenho certeza que Deus tem um plano maior para elas. Não se preocupe, todos ficarão bem. – ela alcançou minha mão e me lançou um olhar terno. Sorri fraco e dei um gole no chocolate quente. – Eu sei que essa carinha não é só por causa do Dr. Jones. – olhei para ela, que me observava. – Quer conversar?
- Não consigo esconder nada de você, não é? – abaixei a cabeça e suspirei. Olhei para o líquido dentro da caneca e balancei um pouco em minhas mãos. – Eu fiz uma coisa hoje de manhã que não tinha que ter feito.
- O que você fez?
- Eu quase me entreguei pra Brunna na sala dela.
- O que?! – Patty deu uma leve engasgada e me olhou incrédula. – Como assim, Lud?! Ela te forçou?
- Pelo contrário, ela que me parou. – dei de ombros e senti meus olhos marejarem. – Brunna teve força para me parar, disse que se não fizesse aquilo, seria pior para mim e pra ela.
- Ela estava certa. Imagina se acontece alguma coisa, como ficariam depois?
- Eu sei, mas.. eu estava sentindo falta dela. Quando a desgraçada me prensou na parede, meu corpo pegou fogo e eu perdi a noção de tudo, até de quem eu sou. – massageei a têmpora esquerda e bufei. – Você precisava ver como ela estava, fora de si, assim como eu. O problema é que Brunna sempre teve mais controle das emoções e vontades, por isso conseguiu parar.
- E eu agradeço a Deus por ela ainda ter isso. Cuidado da próxima vez, ok? Pensa em você e nela. Siga em frente. – assenti com a cabeça e mais uma vez, fechei os olhos para sentir a brisa. Ouvimos a campainha e olhei para Patty, dando a certeza de que eu não levantaria de onde estava para atender a porta. Ela riu fraco e levantou-se, me deixando sozinha na varanda.
- Cadê a moça? – ouvi a voz de Juli vinda da sala e passos se aproximando de onde eu estava. Ela colocou a cabeça para fora e abriu um enorme sorriso para mim, que não consegui evitar de sorrir junto. – Como você está? Fiquei sabendo do Jones.
- Vou ficar bem, não se preocupe.
- Bom, vai ter que ficar mesmo. Temos uma festa para ir depois de amanhã.
- Que festa?! – Patty apareceu novamente e voltou a sentar-se ao meu lado.
- Festa para os calouros da Columbia.
- Meu Deus, um médico e professor acaba de morrer e a faculdade vai dar uma festa?!
- Não, a faculdade não está organizando nada. Nós que organizamos. Apenas pedimos o pátio emprestado, é o suficiente e eles permitiram. – Juli retirou um papel do bolso e nos entregou. Tinha todas as informações da festa, line-up, o que serviriam de bebidas. – O que me diz?
- Acho que estou precisando mesmo, nós vamos. – entreguei o flyer para Patty e a pequena negou com a cabeça. – Vamos, para com isso!
- Não, Lud, eu tenho namorado. O Tom me mata se souber que eu fui em um lugar desses.
- Não é um "lugar desses". – Juli fez aspas com as mãos e revirou os olhos com impaciência. – É a festa de boas vindas aos calouros. Para de dar uma de Ave Maria e vamos logo.
- Mais respeito, Julia. – Patty fechou os olhos e suspirou em derrota. – Tudo bem, mas eu só estou indo porque a Lud vai.
- Obrigada, Patty. – sorri fraco pra ela e Juli avisou que teria que sair para resolver algumas coisas com Mariana. Deu um beijo em nossas testas e deixou o apartamento. Eu não sabia se estava pronta para encarar uma festa logo agora, mas ficar reclusa em casa era algo fora de cogitação. – Você acha que eu devo ir?
- Sinceramente?! Eu acho que sim. Já está mais do que na hora de você curtir um pouco e sair dessa fossa. Sei que o que aconteceu com a Brunna ainda te machuca muito, mas ficar aqui e se excluir do mundo não vai melhorar.
- Eu sei. Vou nessa festa e me distrair. – fitei as ruas da Broadway e respirei fundo. Precisava esquecer, seguir em frente e deixar o que aconteceu no passado. Brunna ia superar mais rápido que eu, afinal, foi ela quem terminou. Espero que essa festa não me traga mais problemas. – Patty, vou pro meu quarto deitar um pouco. Mais tarde podemos pedir o jantar ou fazemos algo, pode ser?
- Claro, Lud, vou descansar também. Tenho alguns trabalhos da faculdade para fazer, nos vemos mais tarde. – sorri para ela, levantei da cadeira e fui em direção ao meu quarto. Assim que entrei, tranquei a porta e me dirigi à escrivaninha. A carta de Brunna estava lá, dentro de um livro de anatomia. Apanhei e reli palavra por palavra, sentindo meu coração apertar. Já estava na hora de parar de sofrer. Amassei o papel e joguei na lixeira.
Enquanto divagava com a cabeça enfiada no relatório que teria que entregar para ela na semana que vem, ouvi meu celular tocando enlouquecido na mesa de cabeceira. Nem quando eu decidia me focar nos estudos, Deus me dava uma trégua. Levantei e me arrastei, pegando o aparelho e notando a foto de Marcos no visor. Abri um sorriso leve e deslizei a tela, atendendo o meu anjo da guarda.

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