Xxx Aproveitando que tenho mais 3 horas de viagem 😩, da próxima eu vou de avião, sério! Bom dia amores ❤️!! Enjoy xxX
obs:. Música: Out from under - Britney Spears
Ludmilla Pov
O apartamento de Isabela ficava a dois quarteirões do prédio de Brunna. Confesso que durante o percurso, achei que moravam no mesmo local, mas suspirei aliviada ao ver o carro dobrando antes. Era um prédio bem luxuoso, tanto quanto o de Brunna. A fachada na cor creme e possuía uma enorme porta de vidro. O lugar era maravilhoso. Ela estacionou em sua vaga na garagem e desligou o carro, olhando para mim com um sorriso malicioso no canto dos lábios.
- O que foi, Lud?
- Nada, por que acha que tem algo de errado?
- Te conheço a algum tempo, sei que quando fica muito em silêncio, é porque algo te perturba. O que foi?
- Acho que você pensa demais. – fui para cima dela e selei nossos lábios. Isabela passava as mãos pelo meu quadril, apertando com força. Beijei seu pescoço e ouvi um gemido baixo vindo dela.
- Calma, apressadinha. – ela riu baixo e chupou meu lábio inferior. – Acho que temos muito tempo para resolver isso.
- Tempo é algo que eu não tenho e se ficar dentro desse carro, vou mudar de ideia.
- Está falando sério? – Isabela me olhou séria e eu dei um chupão em sua clavícula.
- Nunca falei tão sério na minha vida. – ela abriu a porta e me puxou rapidamente para fora do carro. Alcançamos o elevador enquanto nos beijávamos entre mãos bobas e sorrisos. Enquanto o cubículo subia andar por andar, Isabela me acariciava e eu gemia baixo, mantendo os olhos fechados.
O apartamento dela ficava no oitavo andar, pela primeira vez não era na cobertura. Isabela abriu a porta com dificuldade, enquanto eu distribuía chupões por seu pescoço. Ela puxou meu corpo, fechando a porta e me prensando contra a mesma enquanto mordia o lóbulo da minha orelha esquerda. Senti um calor conhecido entre minhas pernas e não pensei duas vezes antes de começar a tirar o vestido. Isabela riu maliciosamente e retirou o dela, sem tirar os olhos de mim. Ela se aproximou lentamente e beijou cada canto do meu rosto, roçando os lábios nos meus.
- Eu senti sua falta.
- Cala a boca e me fode. – um sorriso surgiu em seus lábios e ela segurou meu rosto com força, beijando meu queixo.
- Você não era assim, tão.. puta.
- Não viu nada. Anda, Moreira, me mostra o que sabe fazer.
Isabela me ergueu e me levou até o sofá da sala. Suas mãos passearam pelo meu abdômen, enquanto beijava meus lábios com urgência. Desabotoou meu sutiã, deixando meus seios à mostra, o que a fez sorrir. Ela começou a chupar e lamber, enquanto eu enrolava os dedos em seus cabelos, gemendo com o contato de sua língua com meu mamilo. Puxou lentamente minha calcinha para baixo e sem que eu pudesse reagir, me penetrou. Eu gemi alto, o que arrancou uma risada fraca dela.
- Seu gemido só me faz querer você mais ainda.
- Você fala demais.
Puxei sua cabeça e selei nossos lábios. A língua dela travava uma batalha com a minha, enquanto seus dedos me masturbavam. Eu gemia entre o beijo e ela ria. Isabela me penetrava, rapidamente e, outras vezes, diminuía o ritmo. Eu rebolava em seus dedos e sentia meu corpo suar cada vez mais. Era uma sensação estranha, não de prazer, mas só satisfação. Tinha algo errado. Ela foi descendo, chupando meus seios e distribuindo os beijos por todo o meu corpo. Sua língua quente fazia um caminho gostoso até minha cintura.
- Quero sentir seu gosto.
- Então me chupa, me faz gritar.
Não sei de onde estava vindo aquilo. Eu estava fora de mim, jamais falaria aquelas coisas, mas saiam automaticamente. Isabela sorriu maliciosamente e abriu minhas pernas. Ela beijava o interior das minhas coxas e a cada movimento dela, eu inclinava um pouco o meu corpo. Agarrou minhas pernas e atacou com ferocidade minha intimidade. Gemi alto. Isabela chupava e lambia, fazendo com que eu tivesse espasmos e agarrasse ainda mais seus cabelos. Me penetrou com dois dedos e iniciou um movimento de vai e vem intenso. Meu corpo já não aguentava e explodi em um orgasmo maravilhoso. Ela trilhou um caminho de beijos até minha boca, mas quando seus olhos encontraram os meus, me senti estranha. Vazia. Suja.
- O que foi, Lud? – Isabela me olhava com curiosidade. Sua respiração pesada batendo contra o meu rosto, gotas de suor desciam por sua testa e seu coração batia apressadamente.
- Eu.. não.. não deveria. – ela colocou um dedo em minha boca e selou nossos lábios. Senti vontade de chorar. Empurrei-a pelos ombros e levantei rapidamente do sofá, passando a mão pelos cabelos. – Eu não devia estar aqui. Isso é errado.
- E o que é certo?! – Isabela cruzou as pernas e esticou os braços no estofado de couro, rindo sarcasticamente. – Você quis vir pra cá. Você não negou uma transa comigo. Você gemeu. Gozou. Te parece errado?
- Sim, parece. – franzi o cenho e ela suspirou, levantando em seguida e segurando meus braços. – Você não tinha o direito de fazer isso comigo, Isabela. Tudo que tivemos acabou e ficou no passado.
- Mas você não negou.
- Não interessa. Faz um favor? – ela jogou o pescoço para trás e colocou as mãos na cintura, voltando a me encarar. – Finge que isso nunca aconteceu.
- Vai ser meio difícil esquecer seus gemidos e o gosto que deixou na minha boca. – revirei os olhos e comecei a recolher minhas roupas, vestindo rapidamente peça por peça. – Onde pensa que vai?
- Vou voltar para a festa. Não quero ficar aqui.
- Mas não terminamos ainda. – ela segurou minha cintura com força, pressionando seu corpo contra o meu. – Você ainda me deve uma chupada.
- Como pode ser tão nojenta?!
- Você ainda não viu nada, Oliveira. - foi ai que eu percebi. Quando Isabela me chamou pelo sobrenome, milhões de lembranças me atingiram como um tiro certeiro. Brunna me chamava assim. Virei de costas para Isabela e continuei a me vestir, sentindo meus olhos marejarem. Ela me virou com violência e selou nossos lábios, o que me fez mordê-los, arrancando um gemido de dor dela. – Ficou louca?! Isso vai deixar marca.
- Isabela, me deixa em paz. – calcei os sapatos e prendi o cabelo. Alcancei minha bolsa que estava no balcão e olhei uma última vez para ela, que me encarava com um semblante de raiva. – Esquece que isso aconteceu.
- Não vai ficar assim.
- Não seja infantil. Você namora com o Lucas agora, não enche mais o meu saco. Eu sou da Brunna, eu namoro a Brunna, eu.. – respirei fundo e suspirei derrotada, sentindo algumas lágrimas caírem por minhas bochechas. – Eu amo a Brunna.
- Ainda vou te provar que essa mulher não vale nada.
- Boa sorte. – virei as costas e saí de seu apartamento. Estava me sentindo suja, não queria o cheiro de Isabela no meu corpo, não queria que ela tivesse meu gosto em sua boca. A bebida ainda fazia efeito e senti minha visão um pouco turva.
O elevador demorou dois minutos para chegar. Ela não veio atrás de mim, o que agradeci. Não queria escutar mais nenhuma ladainha que viesse de Isabela naquela hora. Andar por andar, meu corpo balançava de um lado para o outro. Um enjoo bateu e quis vomitar, mas não me permiti. Não naquele cubículo. Ao chegar ao térreo, corri para o lado de fora tampando a boca, sentando na calçada e deixando tudo que tinha comido no dia sair. Estava tonta, chateada, abandonada, insatisfeita. Enquanto pensava no quanto tudo estava dando errado, um carro branco parou na minha frente. Seus vidros fumês não permitiram ver quem estava dirigindo. Levantei levemente a cabeça e encontrei aquele sorriso familiar.
- O que faz aqui?
- Eu.. estou perdida.
- Fala sério, Ludmilla, nessa eu não acredito. Está passando mal?
- Um pouco. Acho que comi algo estragado.
- Ou algo estragado te comeu. – o sorriso dela me fez rir. Ela abriu a porta do carro, vindo até mim e agachou-se na minha frente, levantando meu rosto com o dedo indicador. – Vamos, vou te tirar daqui.
- Não precisa, eu estou bem. De verdade.
- Eu sei que não está, mas não quero saber o motivo. Só quero te ajudar, pode ser? – sabia que não podia continuar ali naquela rua tão tarde da noite e acabei aceitando o convite. Ela me ajudou a sentar no banco do passageiro. Deu a volta e sentou no lado do motorista, oferecendo um sorriso reconfortante. – Não se preocupe, vou te ajudar. – fechei os olhos, assentindo. Claro que adormeci.
Acordei alguns minutos depois em frente a um enorme prédio. Sua fachada era escura, a porta possuía um vidro totalmente preto e um rapaz novo, vestido com um uniforme azul marinho, abria um largo sorriso para nós. Ela trocou algumas palavras com ele e lhe entregou as chaves de seu carro, me abraçando pela cintura e me levando para dentro do prédio. Estava um pouco sonolenta e acabei apagando novamente, mas minhas pernas estavam se movimentando automaticamente. Silêncio. Era tudo que se escutava.
- Vou te levar para o chuveiro, senta na parte de mármore enquanto eu trago roupas confortáveis para você vestir.
Assenti com dificuldade, enquanto ela me carregava para dentro de seu apartamento. O lugar era bastante sofisticado. Móveis modernos, pinturas com uma aparência cara e uma enorme lareira automática na sala. Seu banheiro era requintado, todo branco. Ela retirou meu vestido, a roupa íntima e me sentou no mármore, ligou a água quente e sorriu fraco. Levantou e me deixou sozinha ali. Pensei em tantas coisas, tantas situações que ocorreram em tão pouco tempo. Fechei os olhos e senti cada gota bater contra a minha pele. Sentia falta de Brunna. Dez minutos depois, ela apareceu novamente com uma toalha preta. Desligou o chuveiro e me ajudou a levantar, secando cada parte do meu corpo com total respeito. Deu um conjunto de roupas íntimas que não tinham sido usadas ainda e me ajudou a vestir. Não entendia o motivo dela estar fazendo tudo aquilo, mas me senti protegida.
- Obrigada. – falei com dificuldade e ela negou com a cabeça, sorrindo. Pegou um conjunto de pijama e me ajudou a vestir. Enquanto secava meus cabelos com a ajuda de um secador, reparei que ela estava com uma roupa de gala. – Ia para algum lugar importante?
- Sim, mas quanto te vi saindo com aquela menina, não sei.. senti que algo estava errado. – meus cabelos já estavam secos e ela massageou de leve meu couro cabeludo, me fazendo fechar os olhos e aproveitar aquele gesto. – Você está bem de verdade? – me encarava pelo reflexo do espelho e eu sorri fraco, dando de ombros. – Vem, te preparei um chocolate quente. Sei que tomou um banho quente, mas a água não te esquentou por dentro. – estendeu a mão para que eu segurasse e me levou até a sala. Sentei no enorme sofá branco de couro enquanto ela foi até a cozinha para pegar duas canecas que, pelo visto, estavam bastante quentes. – Toma.
- Obrigada.
- Quantas vezes vai me agradecer? – assoprou um pouco o líquido e levou à boca, fazendo uma careta.
- Não sei, acho que é costume.
- Posso apostar que é. – abriu um sorriso e eu abaixei a cabeça, sorrindo junto. – Mas me conta, quem era a garota?
- Uma ex namorada dos tempos de colégio.
- Ex namorada?
- Minha primeira mulher. Isabela foi a primeira pessoa por quem me apaixonei de verdade antes da.. – engoli em seco e ela fitou meus olhos.
- Pode falar, eu já sei.
- Mas.. – antes que eu pudesse completar, um forte estrondo foi escutado vindo da porta de entrada e nós duas fitamos o lugar, agora ocupado pelo meu maior pesadelo.
- O que ela está fazendo aqui?! – Pepa praticamente berrou, enquanto retirava a jaqueta e jogava em cima da mesa.
- Eu a ajudei.
- Lucy, deu pra fazer caridade agora? Ela é só uma adolescente estúpida.
- Você não pensou nisso antes de me trair com ela. – Lucy ainda estava sentada ao meu lado e eu abaixei a cabeça. Pepa arregalou os olhos e respirou fundo, dando a volta na sala. – Por quanto tempo você pensou que podia me enganar, Fernanda?
- Quem te falou isso?
- Quero que me responda.
- Quem foi que te falou isso, Lucy?! – aumentou seu tom de voz e colocou as mãos na cintura, olhando para nós duas. Não ousei fitá-la, olhava apenas para Lucy, que parecia bastante tranquila ao meu lado.
- Brunna me contou. – engoli em seco e finalmente virei a cabeça para Pepa, que estava vermelha. Seus olhos arregalados e seu peito inflava e esvaziava rapidamente. Passou a mão em seu queixo e em seguida, por seus cabelos. – Você pensou mesmo que poderia esconder essa história de mim por muito tempo?! Quem pensa que é para me fazer de idiota?! Não só enganou a mim, como enganou essa garota também.
- Ela se insinuou pra mim, amor!
- Cala essa boca, Fernanda. – Lucy levantou do sofá, colocando sua caneca em cima da mesinha de centro e caminhando até ela, abraçando o próprio corpo. – Eu te conheço muito bem, sei do que é capaz. Sei também que não falou em momento algum pra Ludmila que estava noiva. Sei que não contou pra mim, porque estava com medo do meu pai. Agora me diga, Pepa, por que?!
- Porque eu te amo. Não queria te perder. – eu soltei uma risada nasal, negando com a cabeça e as duas me olharam. Lucy com um olhar compreensível e Pepa bufando de ódio. – Do que está rindo, sua vadia?!
- Ela não é vadia, Fernanda. A única vagabunda aqui, é você. – Lucy colocou o dedo no rosto dela e respirou fundo. – Eu quero que pegue suas coisas e saia desse apartamento. Volte para a sua casa e fique lá até eu decidir o que fazer.
- Não pode estar falando sério. – sua risada sarcástica fez com que Lucy cruzasse os braços na altura do peito e a olhasse com um semblante irritado. – Amor, para com isso.
- Não me ouviu?! Pega as suas coisas agora e fora daqui, Fernanda. Nos resolvemos depois. Essa noite Ludmilla vai dormir aqui em casa e te quero longe dela. Anda logo.
- Está me expulsando de casa porque essa putinha vai ficar?! Isso é um absurdo! – Lucy deu um forte tapa no rosto dela, que a fitou incrédula. Pepa estava com os olhos marejados e começou a chorar, ajoelhando aos pés da mulher. – Amor, não faz isso. Eu sei que errei, mas percebi o que estava acontecendo. Por favor, não me expulsa de casa.
- Não se humilhe. Levanta, pega algumas roupas e fora daqui. Amanhã, quando estiver de cabeça fria, ligo e conversamos. Sai daqui, Pepa. – ela não olhava para baixo. Fitava um ponto fixo na parede e fechou os olhos, suspirando. – Agora.
Pepa levantou, me olhou com ódio e foi em direção ao quarto. Depois de quinze minutos, apareceu com um malinha e saiu do apartamento batendo a porta. Lucy permaneceu no mesmo lugar que estava, não mexeu um músculo, mas pude ver uma lágrima cair de seus olhos. Não existe nada mais agonizante do que ver alguém chorar, mas não emitir nenhum som, nenhum movimento, nem sequer piscar os olhos. Parece que a dor está tão grande, que paralisou o corpo e somente os olhos demonstram o que está acontecendo. Levantei do sofá e a abracei, ela não se afastou. Caminhei com ela até o sofá e se aninhou em meus braços, desabando. Chorou por incontáveis minutos enquanto eu afagava seus cabelos.
- Ela não merece que chore.
- Eu sei, Ludmilla, mas dói. – Lucy me olhou e sorriu fraco, fazendo um carinho leve em minha bochecha. – Não se preocupe, não tenho raiva de você. Conheço bem o tipo de pessoa que ela é. Pepa faz o papel de boa moça, mas está longe disso. Sei que foi feita de idiota por ela.
- Sim, eu fui.
- Não vamos falar mais disso, você precisa dormir. – ela levantou do sofá e secou algumas lágrimas, abrindo um largo sorriso. Fitei meus pés e a olhei. – Aconteceu alguma coisa?
- Eu.. sinto falta dela. – mordi o lábio inferior e senti meus olhos marejarem. Lucy voltou a sentar-se ao meu lado e passou seu braço pelo meu ombro, me puxando para seu colo. Deitei a cabeça em sua coxa e ela acariciou meus cabelos.
- Eu entendo. Ela também sente sua falta, Ludmilla. – sua voz era calma, fazia um friozinho confortável por conta da porta da varanda estar aberta. – Mas está na hora de aprenderem separadas, o que não vão conseguir juntas.
- E o que seria? Eu tenho medo de perdê-la. Brunna já se arrumou em Miami.
- Precisam aprender como é ficar sem a outra. Como é sentir falta dos abraços, dos beijos. Como é confiar acima de tudo por causa da distância, como é amar apesar de todas as dificuldades. Vocês jamais conseguiriam descobrir isso se estivessem juntas. Sobre Brunna ter arrumado outra pessoa, duvido muito. Essa mulher deve ser só uma diversão, ela te ama.
- Não tenho tanta certeza, vi algumas fotos da festa que ela foi e a troca de olhares entre elas estava tão intensa, tanto quanto a nossa.
- Você está medindo um sentimento por troca de olhares?! – Lucy riu fraco e negou com a cabeça. – Ludmilla, você virou o mundo da Gonçalves de cabeça para baixo. Sei que já tem conhecimento que fui namorada dela, mas Brunna nunca sentiu por mim o que sente por você. – eu apenas absorvia palavra por palavra. Uma pontada de ciúme surgiu, mas logo pensei em como Lucy tinha tratado Pepa por minha causa e logo esqueci daquilo. – Quando larguei a Bru para ficar com a Pepa, tenho que admitir que não me arrependi.
- Por que?
- Porque eu estava apaixonada pela Fernanda. Não conseguia pensar em mais nada depois que a conheci. Brunna sempre foi a mulher dos sonhos, mas quando conheci aquela vagabunda, foi paixão à primeira vista. Não sei explicar o motivo, mas eu precisava dela e Bru não supria aquilo. Terminei com ela porque não podia enganá-la, não podia traí-la. Eu sei que vacilei, que deveria ter afastado Pepa quando tive a chance, mas com certeza estaria sofrendo até hoje. – Lucy suspirou, riu fraco e logo negou novamente com a cabeça. – Ludmilla, quando amamos alguém, é injusto ficar com outra pessoa apenas para tentar substituir esse sentimento. Não vai embora, por mais que a gente tente. O amor é teimoso, ele te pega de uma maneira que você não escapa, não tem pra onde correr. Podem passar dias, semanas, meses, anos, séculos, mas nunca vai deixar de amar aquela pessoa, sempre vai ser parte de você. Por isso, não pense que Brunna não te ama, porque eu nunca vou conhecer alguém tão apaixonado como ela.
- Mas ela está me tratando como uma qualquer, isso me faz mal.
- Então a trate como uma qualquer também. – levantei a cabeça de seu colo e ela gargalhou, passando a mão pelo meu rosto. – Eu conheço bem a Bru, sei que gosta de ser durona, mas se morde de ciúme de você. Se ela está bancando a professora casca grossa, trate-a como tal. Responda, bata de frente, ignore-a. Aposto que ela se apaixonou por você desse jeito. – sorri fraco e ela me empurrou levemente pelo ombro. – Tá vendo?! Eu estava certa. Não tinha outra maneira de fisgar a Gonçalves, teria que agir como manda o manual. Volte a ser a Ludmilla de antes e vai ver como a Brunna abaixa a guarda. – gargalhei e abracei Lucy, que correspondeu. Eu estava bem com ela, talvez seria uma ótima confidente, mas só quando o assunto fosse Brunna.. ou Pepa.
- Obrigada de verdade, Lucy, por tudo. Você me deu uma luz.
- Eu quero é dar um dez no final do período. Vamos, temos que dormir, já está tarde. – assenti e levantei do sofá. Ela fechou a porta de vidro da varanda e me guiou até o quarto de hóspedes. – Fique à vontade, Ludmilla, qualquer coisa é só me chamar. Meu quarto fica no final do corredor.
- Boa noite, Lucy, obrigada mais uma vez. – ela sorriu e fechou a porta. Joguei o corpo no macio colchão e fechei os olhos, sendo carregada para meus sonhos.
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Os dias passaram arrastadamente e quando pisquei os olhos, já era domingo. Tinha o relatório para entregar a Brunna no dia seguinte e o de Lucy. Patty estava trancada no quarto e só saía para pegar mais café, estava em um ritmo de estudo frenético. As provas começariam em duas semanas e ela não queria perder tempo. Minha cabeça não se concentrava em absolutamente nada que não fosse a maldita festa de recepção dos calouros e o que ocorreu com Isabela e, logo depois, com Lucy e Pepa. Eu esperava ansiosamente por uma resposta de Marcos, que não tardou muito a vir. Enquanto fechava o relatório de Brunna, meu celular tocou e quase caí da cadeira com pressa em atender.
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Secret Love - Brumilla
RomanceFlashback On: "Chamando a Dra. Ludmilla Oliveira, emergência no sexto andar. Dra. Ludmilla Oliveira, compareça ao sexto andar." Horas depois: Último ponto da sutura feito. Batimentos cardíacos estáveis. Paciente salvo. Doze horas de cirurgia. Eu est...