Xxx Vocês não sabem a história, e ficam fazendo cu doce, da pra acalmar o rabo? Obrigada! O próximo eu vou excluir essa porra! xxX
Música: Mad - NeYo
Brunna Pov
O movimento do corpo de Ludmilla indo de um lado para o outro, enquanto arrumava a decoração da festa dos gêmeos, estava tirando minha total concentração. Ela era tão linda, virou uma mulher de causar inveja a qualquer outra criatura no mundo, então.. por que? Não era possível que eu, uma pessoa que tinha lutado o que lutei para ficar com ela durante todos esses anos, tivesse fraquejado. Foi ai que algo me ocorreu.. eu não lembrava de nada daquela noite, só de ter acordado em uma cama estranha com Nadia do meu lado. E se..
- Harry! Vem aqui!
- Escuta aqui, sua bióloga sem vergonha, o que quer comigo?! Tenho muitos balões para encher e meu pulmão não aguenta. Por que não me ajuda?
- Deixe suas gracinhas para depois. Preciso conversa com alguém que não queira me matar.
- Mesmo?! E onde está essa pessoa? Espero que não esteja me tirando desse grupo dos que querem a sua cabeça em uma bandeja.
- Até você?!
- Me desculpe, Gonçalves. mas sou do time da Sapaquita.
- Por favor.
Fui capaz de fazer um biquinho que fez Harry revirar os olhos. Ele me puxou pelo braço e caminhamos até a varanda, longe dos olhares curiosos de Ludmilla e Sil. Me sentei em um banco de madeira e enfiei o rosto nas mãos, estava difícil ficar no mesmo espaço que Ludmilla e não fazer nada, nem mesmo um abraço.
- Tudo bem, carneirinha, o que quer?
- Carneirinha?
- Sim, aquele bichinho branco e fofo que pula cercas. – Harry soltou uma gargalhada alta com a própria piada e eu lhe lancei um olhar vazio, que fez suas risadas cessarem. – Agora falando sério, o que aconteceu?
- Harry, eu.. acho que não traí a Ludmilla.
- Criatura, a mulher pega seu celular, lê uma mensagem pra lá de esquisita, você mesma falou com o Marcos que tinha traído. Agora vem com esse papo?!
- A questão é que.. eu não me lembro de ter feito coisa alguma.
- Brunna, que história é essa?! Como assim você não lembra?!
- A única coisa que eu me lembro daquela noite, foi de estar na casa da Pepa conversando com ela e Lucy, depois, eu e a Ferreira saíamos para comprar mais bebidas. Daí em diante, eu só lembro de ter acordado de calcinha, em um muquifo, com Nadia do meu lado. Sinceramente, sei que pode parecer absurdo, mas acho que armaram pra mim.
- E por que iam armar para você?!
- Não sei, alguém que gostasse da Ludmilla e não aceitava minha relação com ela?! Usar uma aluna seria clichê, mas com certeza tiraria Ludmilla do seu estado normal, resultando em um divórcio. Adivinhe só?! É o que ela quer agora.
Ficamos em silêncio por alguns minutos. Observei um grupo de crianças andando de bicicleta, sendo seguidas pelos pais. Eu amava aquilo, tinha uma família exatamente assim e agradecia todos os dias por ela. Sim, era impossível que eu tivesse cedido. Voltei a olhar para Harry e ele estava com uma cara pensativa, massageando o queixo. Soltei um suspiro cansado e levantei do banco, refazendo meu caminho para a sala, mas Harry segurou meu braço com força e me parou.
- Acho bom você me comprar um terno novo da Armani.
- O que?! E por que eu faria uma coisa dessas?!
- Porque quando a Sapaquita descobrir que eu acredito em você e que vou te ajudar, a primeira coisa que ela vai queimar, será meu terno Armani. Por isso, prepare seu bolso.
Ele não parecia de brincadeira, pela primeira vez olhei no rosto de Harry e não vi uma ponta de sarcasmo. Ele acreditava em mim, na possibilidade de eu não ter traído Ludmilla. Senti meu coração aquecer um pouco e voltar a bater depois de dois dias de pura tempestade. Pulei nos braços de Harry e o apertei com força, ele retribuiu, mas não demorou muito para reclamar do apertão.
- Me desculpa.
- Minha nossa, que força é essa. Se você fosse homem, o que as vezes eu duvido, eu teria que roubá-la da Sapaquita.
- Você alguma vez já falou sério?!
- Sim, cerca de dois minutos atrás quando disse que acreditava em você. Agora vamos entrar, sua mulher deve estar louca para saber o que eu tanto converso com a inimiga aqui fora.
Entramos na casa e Ludmilla estava parada com cara de poucos amigos e braços cruzados, batendo o pé direito no chão com impaciência. Levantei as mãos em rendição e passei direto por ela, indo até o quintal. Quando alcancei a porta, escutei a sessão de perguntas que ela estava fazendo a Harry. Não quis ficar naquele cômodo para ver o que ia acontecer, então tratei de correr para a área externa e ver se Sil precisava de ajuda. Eu tinha consciência de que seria difícil provar minha inocência, mas ia conseguir. Nem que eu colocasse Nadia na parede e a fizesse falar.
Pouco a pouco, a casa foi tomada por crianças e seus pais desesperados para controlá-las. Me sentei em uma mesa um pouco afastada da algazarra e observava meus filhos correndo de um lado para o outro, seguidos a todo momento por Consuelo. Abri um sorriso amistoso ao ver os dois rindo e andando lado a lado, apoiando um no outro. Enquanto observava Atena e Chronos travarem uma batalha para ver quem conseguia segurar mais bolinhas, mal senti que alguém tinha sentado ao meu lado. Virei minha atenção para a pessoa e encontrei um Mário sorridente.
- Não acredito.
- Oi, Bruninha.
Não via Mário desde o nascimento dos gêmeos, ele e Thor decidiram viajar o mundo todo e nem mesmo uma ligação eu recebi. Mário estava com um corpo escultural, nem de longe lembrava a menino gordinho e tímido que sempre foi. Graças ao tempo que passou se expondo ao sol, a pele estava mais bronzeada e seus cabelos ainda mais dourados. Deixei uma lágrima teimosa descer pela minha bochecha e o puxei para um abraço apertado. O perfume de Mário preencheu minhas narinas e me fez voltar alguns anos no tempo. Como era bom ter meu irmão de volta.
- Você.. eu.. meu Deus.
- Calma, vamos por parte, senão você infarta. – ele soltou uma gargalhada e eu lhe dei um tapa no braço. Olhei em volta e senti falta de uma pessoa em especial.
- Mar, cadê o Thor?
- Bom, provavelmente em algum país da Ásia.
- Mas..
- Demos um tempo. – Mário deu de ombros e apanhou um copo de drink que o garçom tinha oferecido na nossa mesa. Observei enquanto meu irmão praticamente virava todo o conteúdo e balancei a cabeça por alguns segundos. – O que foi?
- Eu que pergunto, né?! Como assim deram um tempo?! O que aconteceu?!
- Thor estava tão obcecado em viajar, eu queria ficar em um lugar só por algum tempo, sabe?! Eu tenho que voltar para Madrid, deixei meu cargo na Victoria's Secret para seguir aquele idiota pelo mundo. Foi então que um belo dia, enquanto andávamos pela muralha da China, me veio um pensamento curioso. Por que estou fazendo isso? Por que estou vivendo a minha vida para agradar ao Thor e não a mim?! Consegue me entender, Bruninha? Eu precisava voltar a me amar e valorizar. Amo o Thor mais que tudo nessa vida, ele é minha alma gêmea, mas não me permito viver minha vida em torno de um homem.
- Nossa, estou.. sem palavras.
- Eu sei que é muita coisa para digerir, mas se até ele entendeu. Não nos divorciamos nem nada, foi só um tempo para ele terminar de viajar o mundo e eu, retomar minha carreira e organizar minha vida. Nunca se sabe o dia de amanhã. De qualquer maneira, não me arrependo da minha decisão.
- É bom saber que você não é mais uma criança ingênua. Virou um homem e me orgulho de você. – fiz um carinho na bochecha de Mário com o dedão e ele abriu um sorriso sem graça.
- Mas chega de falar de mim, vamos falar de você, Ludmilla e meus sobrinhos lindos.
- Tudo bem, o que quer saber?
- Como anda tudo?
- Ludmilla acha que eu a traí com uma adolescente da Columbia, que é minha aluna. Eu também achava que tinha feito essa burrada, mas parando pra pensar, era impossível que eu tivesse traído Ludmilla com aquela menina. Bom, ela viu uma mensagem da Nadia no meu celular, ligou uma coisa à outra e agora quer pedir o divórcio. Só estou na festa dos meus filhos, porque eles pediram e Ludmilla permitiu que eu viesse. Bom.. – dei um suspiro derrotado e encostei na cadeira, passando as mãos pelo rosto, sendo observada por um Mário impressionado. - No balanço geral, minha vida está uma boa merda.
Encarei o copo de whisky vazio na minha frente, mas sabia que era observada por Mário. Não sabia dizer se meu irmão caçula ficaria do meu lado nessa história toda, ele sabia do meu histórico nada bom com relacionamentos, mas tinha consciência de tudo que fui capaz de fazer para ter Ludmilla do meu lado. Desviei minha atenção do copo para olhar um Mário com cara de pena. Ele deu um sorriso sem jeito e aproximou a cadeira mais ainda para ficar praticamente grudada comigo. Pegou minha mão e fez um carinho leve, soltando um suspiro.
- Olha, Bruninha, eu sei que você já fez muitas besteiras na vida. Na verdade, não preciso comentar cada uma delas, você sabe bem o que aprontou. Só que.. pra falar a verdade.. eu não acredito que você tenha tido coragem de trair a Ludmilla.
- Vo.. você acredita em mim?
- Acredito, é claro. Só que não sou eu quem precisa ser convencida.
- Ludmilla não vai acreditar em mim se eu simplesmente falar que não fiz. Você sabe muito bem como ela é.
- Sim, eu sei. Por isso que você precisa ser inteligente, Brunna. – olhei para Mário com uma cara confusa e ele revirou os olhos com impaciência. – Se quer saber se realmente fez alguma coisa, comece refazendo seus passos daquela noite. Geralmente, quando repetimos tudo, conseguimos lembrar de pessoas e até conversas. Como eu te conheço bem, sei que deve ter tido amnésia alcoólica, estou errada?
- Não.
- Como eu imaginei. Bom, quando voltar para Manhattan amanhã, faça de tudo para descobrir como essa história aconteceu. Dessa maneira, quando a Ludmilla voltar para casa com os gêmeos, você vai ter seu álibi. Ela pediu divórcio?
- Quer dar entrada na papelada quando voltar pra Manhattan.
- Excelente.
- Excelente?! Ficou louca?! Acha bom que minha mulher esteja pedindo divó..
- Cala a boca, Brunna. Falei excelente porque ela vai ter que chegar em casa e separar uma papelada grande. Ajeita tudo, esconde todos os documentos. Quanto mais tempo demorar, melhor. Pelo que conheço da Ludmilla, ela vai querer encontrar com o advogado dela assim que pôr os pés em Manhattan. Por isso, amanhã mesmo já esconde tudo.
- Eu.. nem acredito que você e o Harry estão do meu lado.
- Por que?
- Porque ele é o melhor amigo dela e você, bom, se apegou a Ludmilla de uma maneira impressionante. Além do mais, você me conhece e sabe como eu sou.
- E é exatamente por causa disso que estou do seu lado. Sei que Ludmilla é a mulher da sua vida, ela te mudou. Percebe o quão impressionante isso é, Brunna? Tenho orgulho da pessoa que você se tornou e sei que não é capaz de trair um fio de cabelo daquela garota.
- Obrigada por ser quem é, Mar.
- Sou impressionante e perfeito, sei disso.
- E humilde.
- Bom, isso é qualidade dos Gonçalves, certo?!
Estouramos em uma gargalhada animada e só paramos quando Ludmilla se aproximou para cumprimentar meu irmão. Mário estava certo, eu não seria capaz de trair um pedaço de pele de Ludmilla. Vou conseguir provar que não fiz nada daquilo, tenho certeza que não transei com Nadia. Tomei um último gole do whisky e senti os olhares de Ludmilla em mim. Ela conseguia despir minha alma, me sentia pequena perto daqueles olhos castanhos que me julgavam com mágoa.
- Brunna, para de beber, por favor. Daqui a dez minutos vamos cantar o parabéns e não quero que chegue perto dos seus filhos com cheiro de álcool. Compostura.
- Sim senhora. – fingi continência e Ludmilla revirou os olhos, dando as costas para mim e Mário. Observei seu corpo se movimentar até sumir no meio de algumas crianças e respirei fundo.
- Você é muito babona.
- Cala a boca, Mário. Anda, vamos procurar Chronos e Atena e cantar esse parabéns. Não aguento mais olhar para a cara desses pais. Tenho certeza que alguns são homofóbicos e outros, tarados.
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Secret Love - Brumilla
RomanceFlashback On: "Chamando a Dra. Ludmilla Oliveira, emergência no sexto andar. Dra. Ludmilla Oliveira, compareça ao sexto andar." Horas depois: Último ponto da sutura feito. Batimentos cardíacos estáveis. Paciente salvo. Doze horas de cirurgia. Eu est...