Papai Gato

832 91 86
                                    

Shawn

Não vou mentir. Enquanto me lançava dentro de Camila, julguei ter ouvido alguém bater na porta do quarto. Não podia imaginar quem poderia estar batendo ali numa hora como aquela. Especialmente à uma da manhã, no instante exato em que fazia amor com a garota dos meus sonhos. E se fosse um serial killer?

Falando sério, agora... Mesmo que alguém chutasse a porta naquele momento eu não iria parar. A não ser que a pessoa anunciasse um assalto a mão armada. Talvez conseguíssemos dominar alguém que tivesse uma faca, mas um revólver não daria para encarar. De qualquer modo eu morreria muito feliz, dentro de Camila.

Foi então que me passou pela cabeça a possibilidade de Jim ter invadido minha casa e ter se colocado do lado de fora do quarto me perturbando com frases do tipo "Espero que você saiba o que fazer com essa maria-mole aí pendurada", ou "Camila é como se fosse minha irmã. Se você não fizer a gata gozar seis vezes, vou chamar o Kid Bengala pra te ensinar". Pensar em Jim num momento como aquele era absurdamente errado, e eu quase brochei.

Quase.

Camila fez uma manobra poderosa com a vagina, e eu senti como se houvesse um punho lá dentro apertando meu pau como se fosse uma bola de borracha para evitar tendinite. 

Voltei a me concentrar no lance, com foco redobrado. Aquilo era tão gostoso que eu não queria parar; a mãozinha que Camila tinha dentro da xereca continuava me apertando a rola e eu senti vontade de chorar de emoção, de tão bom que estava. Ela era morna, apertadinha e me envolvia como uma luva. Os barulhinhos que ela fazia com a boca, cada vez que eu a penetrava, me levaram a gozar muito mais depressa do que eu pretendia. Ouvi-la dizer que não queria que eu parasse porque estava louca para me sentir lá dentro quase fez minha cabeça explodir. Ambas, diga-se de passagem.

Beijei Camila num esforço para tentar atrasar meu orgasmo iminente, mas isso piorou as coisas. Sua boca era a coisa mais deliciosa que eu tinha experimentado em toda a minha vida, e sua língua deslizando sobre a minha fez meu pau latejar com mais intensidade ainda. Empurrando-me para dentro daquele espaço quente e acolhedor cada vez mais, o máximo que conseguia penetrar, me fez experimentar um orgasmo explosivo e intenso. Por um momento eu quase entrei em pânico, achando que tinha gozado com tanta força que o esperma ia estourar a camisinha.

Todo mundo sabia que meu esperma era poderoso. Isso poderia de fato acontecer. De novo. As cabecinhas dos espermatozoides certamente estavam batendo contra a parede de látex e gritavam, em anarquia: "O cara quer nos manter em cárcere privado! Maldito!"

Depois da primeira onda de gozo intenso, ouvi uma vozinha vindo do lado de fora do quarto.

– Mamãe! Tô com sede.

Explodi numa gargalhada no instante em que ejaculei bilhões de Shawnzinhos furiosos que se chocaram contra a camisinha e, inconformados, ergueram os punhos em protesto. As pernas e braços de Camila estavam bem presos em torno dos meus quadris e eu desabei em cima dela, com cuidado para não esmagá-la. 

Ficamos ali ofegando pesadamente por alguns instantes, até que eu comecei a rir novamente. Como é que eu consegui esquecer por completo que havia uma criança no quarto ao lado? Cheguei a pensar que um assassino desses que usam machado para esquartejar as vítimas pudesse ter invadido minha casa. E tinha batido na porta só por cortesia, antes de derrubá-la com um chute. Por algum motivo meu subconsciente achou isso mais lógico do que lembrar que eu tinha um filho e ele estava ali, do lado de fora do quarto.

– Mamãe!!!

– Só um minutinho! – berrou Camila, bem no meu ouvido.

Ergui um pouco o corpo para poder ver seu rosto direito e perguntar se poderíamos prendê-lo com silver tape antes da próxima transa. Juro que não esperava que seu rosto se iluminasse tanto com a ideia. Afinal, eu tinha dito aquilo brincando. Mais ou menos.

MALICEOnde histórias criam vida. Descubra agora