Captiulo 25 - Tina

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Oi gente que ansiedade hein?! O capítulo está aí, está curtinho mas está aí. Obrigada por lerem desculpem os erros e boa leitura.
Bjokas :)

A sensação é de que a desgraça se abateu novamente sobre mim, nunca me senti tão desolada, desorientada, tanta dor, desde a morte da mamãe. Estou completamente atordoada, andando sem rumo, em círculos em pleno o centro de São Paulo, eu só quero acordar, acordar desse pesadelo, esquecer o que esse maldito está me fazendo passar... Esquecer das suas palavras, das suas humilhações, nunca ninguém me tratou da maneira que ele fez... Ah como eu queria nunca te-lo conhecido, esse foi o maior erro que cometi na vida... Me entregar... Me apaixonar por um crápula, um monstro sem coração, sensibilidade e sentimentos. Oh! Dedo podre dos infernos...

Vê se olha por onde anda! - O piloto grita quando evita que eu, totalmente desatenta, seja atropelada por ele e sua moto.

Aos prantos, sem me importar com o meu quase acidente, eu continuo caminhando, paro em frente a uma pequena praça e me sento sem me importar com os olhares curiosos, enterro minha cabeça em minhas as mãos e desejo com todas as minhas forças que a providência divina venha ao meu socorro para amenizar as feridas e todo o sofrimento que me consome.

- Menina? - levanto a cabeça para a voz que aparentemente chama por mim. - O que é que você está fazendo aqui? Parei o táxi no local que combinamos mas você não estava... Ainda bem que dirigi em direção a praça e te encontrei. - Ah Bete, se você soubesse a grande topeira que sou...

- Não é nada Seu Bete, só não estou me sentindo bem... Você pode me levar pra casa?

- Claro que sim! É pra isso que me chamou, não?! Consegue andar até o táxi sozinha?. - eu aceno positivamente com a cabeça e o acompanho em silêncio.

Entramos no táxi e partimos, me encolhi como um bicho acuado no banco traseiro, percebi pela minha visão periférica que o Bete me olhava em um misto de curiosidade e preocupação, pensei que pararia por aí, que ele não teria coragem de externar seus pensamentos mas me enganei...

- Me desculpe menina, mas você não está bem e isso nada tem a ver com mal físico, você está com o coração partido. - como é que ele sabe? Me pergunto e permaneco calada assumindo para ele que essa era a verdade, essa era a minha atual situação.

- Ah Tina, não me olhe assim, já tenho mais de 60 anos e na escola da vida sou pós graduado... - pronto mais um adivinha pensamentos em minha vida! Bem, na verdade agora ele é o único adivinha pensamentos que sobrou - Eu te conheço desde nova, bem pequena, pode parecer que não, mas eu te conheço e quero o seu bem.

- Por favor Seu Bete, não quero falar sobre isso - funguei - Eu só quero sumir, esquecer, morrer!

- Não diga isso minha filha! Por favor! Não você que ainda tem uma vida toda pela frente...Há muitas pessoas que gostam de você... irmãos que te amam... Seja quem for que a tenha machucado, não merece que a senhora deseje isso para si mesma. Seja forte! Como diria o nosso grande Chico Xavier "Tudo nesta vida passa" você vai ver! -

- Eu o amo Seu Bete! Amo! Amo esse desgraçado que acabou com a minha vida, com a minha vontade de viver, eu o amo como nunca amei ninguém na vida! Eu me odeio por isso. - desabafo.

- Chore querida, ponha tudo pra fora, faz bem. - ele me consola e mesmo estando distante eu consigo sentir a sua solidariedade por mim.

Fizemos o restante do percurso ao som dos meus soluços, ao me deixar na porta de casa ele me olhou com carinho e um pouco de pena antes de comentar.

- Tina? - eu apenas assenti com a cabeça encorajando-o a falar.

- Nós homens somos assim, completamente imbecis, cretinos quando se trata da mulher que amamos, qualquer coisa nos desestabiliza, cega, camufla a confiança que sim, sentimos por vocês mas não admitidos nem pra nós mesmos...Dê um tempo pra ele, tenho absoluta certeza de que logo vai perceber a grande burrada que cometeu.

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