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P.OV.  Lua

Chegamos na casa, quer dizer, na mansão dos pais do Luiz. Tinha um enorme portão preto que se abriu dando a vista para uma piscina enorme com alguns guarda sol, a casa era muito bonita, então eu me encolhi toda no banco do carro.

Luiz: Ei, tá tudo bem.
Lua: Mano, olha sua casa e olha pra mim.
Luiz: Eu não me importo com isso, ok? Você é incrível.
Lua: Eu espero que eles gostem de mim.
Luiz: Eles vão gostar.

Respirei fundo e assenti, então saímos do carro, ele segurou a minha mão e apertou de leve. Adentramos a enorme sala e ele me pediu para sentar no sofá.

Luiz: Pai? Mãe? - chamou ele, logo uma mulher muito bonita apareceu, ela era alta e magra, tinha cabelos longos e bem preto, ela era muito elegante, o que só me deixou mais constrangida.
xXx: Oi filho... Ah, Oi! - falou ela se virando pra mim e estendendo a mão, então eu levantei e a imitei. - você não disse que traria visita, não preparei nada. Tudo bem? Me chamo Yana.
Lua: É um prazer, meu nome é Luane.
Yana: Ah, então você é a famosa Luane? O Luiz fala muito de você. - olhei pra ele sem jeito e o mesmo me lançou um sorriso.
Lua: Espero que fale bem.
Luiz: Muito bem. - todos rimos. - Cadê o papai? Quero que ele conheça a Lua.
Yana: Ele está no escritório com o seu tio Alberto.
Luiz: Sabe se eles vão demorar? Seria ótimo se eles conhecessem a Lua.
Yana: Não sei, filho. Parece que estão vendo onde vão construir a próxima unidade da Almeida Company em parceria com a empresa do papai. - Ao ouvir aquelas palavras, eu deixei de ouvir o resto do que ela dizia, não podia ser verdade, eu não podia acreditar.
Lua: Luiz?
Luiz: Sim?
Lua: Eu quero ir pra casa.
Yana: Está tudo bem, querida?
Lua: Está sim. É só um mal estar.
Luiz: Você pode só esperar o meu pai sair da reunião? Seria importante se ele te conhecesse.
Lua: Não! - falei mais ríspida do que gostaria. - Só... Me leva pra casa, tá bom?
Luiz: Tá bem amor, vamos.
Lua: Senhora Yana, me desculpe, mas não estou me sentindo bem.
Yana: Tudo bem, querida. Vá descansar, nos conhecemos melhor em outra oportunidade.

Saímos de lá rapidamente e entramos no carro, assim que fechamos a porta do carro, eu desabei, comecei a chorar, sem saber exatamente o por que, deixando apenas as lágrimas caírem.

Luiz: Amor? O que aconteceu? - perguntou ele visivelmente preocupado se aproximando de mim. - Aconteceu algo com o bebê? - eu só balancei a cabeça negativamente, apoiando o rosto nas mãos e o choro já saia descontroladamente. - Amor, me fala o que aconteceu, tu tá me deixando com medo.

Lua: Tu lembra que eu te falei do meu pai? - falei tentando controlar meu choro.
Luiz: Lembro, mas o que aquele babaca tem haver com você tá chorando tanto?
Lua: Ele é o dono das Almeida Company. Seu tio é o meu pai. - ele me olhou com um tempo totalmente confuso, tentando digerir a informação, e eu voltei a chorar novamente, então ele me abraçou forte, e simplesmente ficamos alí até eu me acalmar.

Luiz: Você tá melhor? - perguntou ele fazendo um carinho leve no meu cabelo, eu levantei a cabeça e confirmei.
Lua: Quer dizer que somos primos? - ao ouvir isso ele caiu numa gargalhada gostosa, me confundindo completamente. - O que foi?
Luiz: O Alfredo não é meu tio de verdade, eu o chamo assim porque ele é próximo da família, o conheço desde pequeno. Meu pai não tem irmãos ou irmãs.
Lua: Pelo menos isso. - rimos juntos até o carro ficar um completo silêncio. - Amor?
Luiz: Oi
Lua: Eu quero falar com ele.
Luiz: Tem certeza? Se estressar só vai fazer mal pra tu e pro bebê.
Lua: Tenho, eu preciso.
Luiz: Acho que não é uma boa idéia, mas se é realmente o que você quer, eu vou com você, vamos.
Lua: Obrigada.

A nova dona do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora