Flashback on - P.O.V. PH
Eu estava furioso por ter sido expulso do morro que eu ia ser dono, e também pela Fernanda ter me abandonado. Ela não devia ter feito isso comigo. Mas eu não ia deixar isso do jeito que estava.
Conversei com o Jorge sobre o meu plano de sequestrar aquela arrogantezinha de merda, ele não recusou, é claro, como poderia? Ele queria aquele morro tanto quanto eu.Jorge: E então, PH, já decidiu como vai ser? - ele tava sentado na cozinha com mais dois caras.
PH: Quer falar disso agora?
Jorge: Relaxa, são meus homens. Eu resolvo.
PH: Tu que sabe.
Contei a ele sobre como ia funcionar e o mesmo decidiu que os dois caras que tavam lá iam me ajudar com isso.
Jorge: Você vai com eles pra não ter erro.
PH: Formou então.
Jorge: PH?
PH: Fala aê.
Jorge: Não esqueça que o alemão é meu, não quero ter que matar você.
PH: Relaxa, Patrão. Eu só quero o Marcos morto, depois tu pode fazer o que tu quiser.
Jorge: Ótimo.
Saí da cozinha tentando disfarçar o sorriso irônico. Se ele achava que eu ia ter todo o trabalho pra ele ficar com o MEU morro, e ainda pensar que podia me ameaçar, eu ia mostrar a ele que ele estava enganado.
Subi pro quarto e deitei na cama, comecei a mexer no celular, até que uma notificação em especial me chamou a atenção... Era do Facebook, algo que eu não esperava. Hoje seria meu aniversário de namoro com a Nanda, e na tela do celular apareceu um vídeo com fotos nossas, me fazendo lembrar de momentos incríveis, e felizes.
E de repente eu estava pensando nela, no amor que eu ainda sentia, em como tudo poderia ter sido diferente pra gente se eu não tivesse feito aquilo.
E como um choque, eu percebi que não podia fazer aquilo com ela, depois de tudo que ela fez por mim, e de tudo que passamos juntos, eu não podia.
Mas por outro lado, eu não podia voltar atrás com o Jorge, ele faria de qualquer jeito e ainda poderia me matar, e eu não teria como proteger a Fernanda. Porra! E agora???
Passei o resto do dia pensando em como resolveria aquela merda.
Então, no dia seguinte eu me levantei cedo e fui pra escola. Decidi que avisaria a ela.
Cheguei na escola e procurei, até ver ela com o pessoal, e fui até lá.PH: Nanda, quero trocar ideia contigo, pode ser?
Lua: Ela não tem nada pra falar contigo.
PH: Segura a onda aí, Luane. A Fernanda consegue responder sozinha.
Lua: É muita cara de pau a tua, né não?
PH: Ih, Alá. Só porque tu tá sendo bancada pelo playboyzinho, acha que pode falar do jeito que quer?
Nanda: Parem.
Lua: Amiga...
Nanda: Tá tudo bem, amiga, sério.
PH: E ae, vamo trocar ideia ou não?
Nanda: Me espera atrás da quadra na hora do intervalo. - olhei pra Luane e sorri, debochado.
Fomos pra sala e eu fiquei esperando ansioso o sinal tocar. Assim que tocou, fomos direto pro Lugar mais vazio da escolas, atrás da quadra. Ela estava visivelmente desconfortável.
Nanda: E aí, o que é que tu quer falar comigo?
PH: Vei, eu não sei como começar a te contar isso, mas primeiro queria me desculpar por ter sido um merda contigo. - abaixei a cabeça, e pude sentir ela me analisar.
Nanda: Esse pedido é real? - Levantei meu olhar e fixei nos dela.
PH: É, é sim. Ontem eu vi um vídeo no Facebook, e lembrei das coisas boas que a gente viveu.
Nanda: Era sobre isso que tu queria falar?
PH: Não. É um lance muito sério, é melhor a gente sentar.
Nanda: Tu tá me deixando nervosa.
PH: É que eu tô nervoso.
Nanda: Fala logo, Pedro.
PH: Tu vai ser sequestrada.
Nanda: O que? - ela começou a rir num misto de incredulidade e medo.
PH: Nanda, é sério.
Nanda: Como assim, eu vou ser sequestrada? Por quê? Por quem?
PH: Senta aqui. - falei apontando pra árvore. - Eu vou te contar tudo.
Contei pra ela do plano e de quem foi a ideia do plano, vi os olhos assustados e as expressões de decepção e raiva a cada palavra que saía da minha boca.
PH: Nanda, por favor, fala alguma coisa.
Nanda: O que eu posso falar? O que você quer que eu fale?
PH: Qualquer coisa, me xinga, grita comigo. Eu não sei.
Nanda: Tu tem noção que eu posso morrer? Que tu quer matar o meu pai? É muita informação.
PH: Não quero mais! Eu me arrependi, Nanda.
Nanda: Isso não resolve nada! Tu começou uma guerra por birra, tu entende o tamanho disso? - Permaneci calado ouvindo tudo. - Eu posso morrer, porra! Eu posso perder meu pai que é a única pessoa que eu tenho. Depois de tudo que eu fiz por tu, eu não acredito.
PH: Eu sei que nada do que eu fale ou faça vai resolver as merdas que eu fiz, mas eu vou te proteger, eu não vou deixar você morrer!
Nanda: Você não pode me prometer isso, cassete!
PH: Confia em mim, só dessa vez.
Nanda: Eu tenho outra escolha?
PH: Não.
Conversamos muito, e ela chorou demais, o que só me deixou pior, mas era a única coisa que podia ser feito agora.
Flashback off
Jhon: Cara, cê é merda.
PH: Tu acha que eu não sei disso? Mas eu preciso da tua ajuda.
Jhon: Claro que eu vou ajudar.
PH: Fechou então.
Me levantei e fui em direção a porta.
Jhon: Pedro?
PH: Fala.
Jhon: Tu ainda gosta dela? - eu baixei a cabeça e sorri.
PH: Muito.
Jhon: Eu também.
PH: Acho ué teremos um problema se você vacilar com ela.
Jhon: Não sou você.
PH: Bom pra ela. Quando tudo ficar tranquilo, te levo pra ver ela.
Saí do quarto dele e fui pro quarto que eu tava dormindo. Deitei na cama e fiquei pensando sobre como ia fazer pra resolver aquela bagunça.
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Hey!
Espero que me desculpem pela demora e todo o resto. O próximo capítulo vou colocar amanhã, ele já está sendo escrito.
E se cuidem!!!
Bj
_M
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A nova dona do morro
RomanceFilha do dono do Alemão, Fernanda é nova, mas aprendeu desde cedo que a vida não é um mar de rosas. E do dia pra noite verá sua vida confortável virar de cabeça pra baixo. (História em andamento e sem revisão)