22 - O encontro

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Flashback on - P.O.V.  PH

Eu estava furioso por ter sido expulso do morro que eu ia ser dono, e também pela Fernanda ter me abandonado. Ela não devia ter feito isso comigo. Mas eu não ia deixar isso do jeito que estava.
Conversei com o Jorge sobre o meu plano de sequestrar aquela arrogantezinha de merda, ele não recusou, é claro, como poderia? Ele queria aquele morro tanto quanto eu.

Jorge: E então, PH, já decidiu como vai ser? - ele tava sentado na cozinha com mais dois caras.

PH: Quer falar disso agora?

Jorge: Relaxa, são meus homens. Eu resolvo.

PH: Tu que sabe.

Contei a ele sobre como ia funcionar e o mesmo decidiu que os dois caras que tavam lá iam me ajudar com isso.

Jorge: Você vai com eles pra não ter erro.

PH: Formou então.

Jorge: PH?

PH: Fala aê.

Jorge: Não esqueça que o alemão é meu, não quero ter que matar você.

PH: Relaxa, Patrão. Eu só quero o Marcos morto, depois tu pode fazer o que tu quiser.

Jorge: Ótimo.

Saí da cozinha tentando disfarçar o sorriso irônico. Se ele achava que eu ia ter todo o trabalho pra ele ficar com o MEU morro, e ainda pensar que podia me ameaçar, eu ia mostrar a ele que ele estava enganado.
Subi pro quarto e deitei na cama, comecei a mexer no celular, até que uma notificação em especial me chamou a atenção... Era do Facebook, algo que eu não esperava. Hoje seria meu aniversário de namoro com a Nanda, e na tela do celular apareceu um vídeo com fotos nossas, me fazendo lembrar de momentos incríveis, e felizes.
E de repente eu estava pensando nela, no amor que eu ainda sentia, em como tudo poderia ter sido diferente pra gente se eu não tivesse feito aquilo.
E como um choque, eu percebi que não podia fazer aquilo com ela, depois de tudo que ela fez por mim, e de tudo que passamos juntos, eu não podia.
Mas por outro lado, eu não podia voltar atrás com o Jorge, ele faria de qualquer jeito e ainda poderia me matar, e eu não teria como proteger a Fernanda. Porra! E agora???
Passei o resto do dia pensando em como resolveria aquela merda.
Então, no dia seguinte eu me levantei cedo e fui pra escola. Decidi que avisaria a ela.
Cheguei na escola e procurei, até ver ela com o pessoal, e fui até lá.

PH: Nanda, quero trocar ideia contigo, pode ser?

Lua: Ela não tem nada pra falar contigo.

PH: Segura a onda aí, Luane. A Fernanda consegue responder sozinha.

Lua: É muita cara de pau a tua, né não?

PH: Ih, Alá. Só porque tu tá sendo bancada pelo playboyzinho, acha que pode falar do jeito que quer?

Nanda: Parem.

Lua: Amiga...

Nanda: Tá tudo bem, amiga, sério.

PH: E ae, vamo trocar ideia ou não?

Nanda: Me espera atrás da quadra na hora do intervalo. - olhei pra Luane e sorri, debochado.

Fomos pra sala e eu fiquei esperando ansioso o sinal tocar. Assim que tocou, fomos direto pro Lugar mais vazio da escolas, atrás da quadra. Ela estava visivelmente desconfortável.

Nanda: E aí, o que é que tu quer falar comigo?

PH: Vei, eu não sei como começar a te contar isso, mas primeiro queria me desculpar por ter sido um merda contigo. - abaixei a cabeça, e pude sentir ela me analisar.

Nanda: Esse pedido é real? - Levantei meu olhar e fixei nos dela.

PH: É, é sim. Ontem eu vi um vídeo no Facebook, e lembrei das coisas boas que a gente viveu.

Nanda: Era sobre isso que tu queria falar?

PH: Não. É um lance muito sério, é melhor a gente sentar.

Nanda: Tu tá me deixando nervosa.

PH: É que eu tô nervoso.

Nanda: Fala logo, Pedro.

PH: Tu vai ser sequestrada.

Nanda: O que? - ela começou a rir num misto de incredulidade e medo.

PH: Nanda, é sério.

Nanda: Como assim, eu vou ser sequestrada? Por quê? Por quem?

PH: Senta aqui. - falei apontando pra árvore. - Eu vou te contar tudo.

Contei pra ela do plano e de quem foi a ideia do plano, vi os olhos assustados e as expressões de decepção e raiva a cada palavra que saía da minha boca.

PH: Nanda, por favor, fala alguma coisa.

Nanda: O que eu posso falar? O que você quer que eu fale?

PH: Qualquer coisa, me xinga, grita comigo. Eu não sei.

Nanda: Tu tem noção que eu posso morrer? Que tu quer matar o meu pai? É muita informação.

PH: Não quero mais! Eu me arrependi, Nanda.

Nanda: Isso não resolve nada! Tu começou uma guerra por birra, tu entende o tamanho disso? - Permaneci calado ouvindo tudo. - Eu posso morrer, porra! Eu posso perder meu pai que é a única pessoa que eu tenho. Depois de tudo que eu fiz por tu, eu não acredito.

PH: Eu sei que nada do que eu fale ou faça vai resolver as merdas que eu fiz, mas eu vou te proteger, eu não vou deixar você morrer!

Nanda: Você não pode me prometer isso, cassete!

PH: Confia em mim, só dessa vez.

Nanda: Eu tenho outra escolha?

PH: Não.

Conversamos muito, e ela chorou demais, o que só me deixou pior, mas era a única coisa que podia ser feito agora.

Flashback off

Jhon: Cara, cê é merda.

PH: Tu acha que eu não sei disso? Mas eu preciso da tua ajuda.

Jhon: Claro que eu vou ajudar.

PH: Fechou então.

Me levantei e fui em direção a porta.

Jhon: Pedro?

PH: Fala.

Jhon: Tu ainda gosta dela? - eu baixei a cabeça e sorri.

PH: Muito.

Jhon: Eu também.

PH: Acho ué teremos um problema se você vacilar com ela.

Jhon: Não sou você.

PH: Bom pra ela. Quando tudo ficar tranquilo, te levo pra ver ela.

Saí do quarto dele e fui pro quarto que eu tava dormindo. Deitei na cama e fiquei pensando sobre como ia fazer pra resolver aquela bagunça.

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Hey!

Espero que me desculpem pela demora e todo o resto. O próximo capítulo vou colocar amanhã, ele já está sendo escrito.
E se cuidem!!!
Bj
_M

A nova dona do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora