Duas semanas depois...
P.O.V. Fernanda
Esse tempo todo que passou, o PH respondeu bem aos tratamentos, mas ainda não acordou. Os médicos disseram que não tem mais nada que possam fazer a não ser esperar ele acordar. Toda essa espera está me deixando agoniada, nem indo para a escola eu estou indo mais, semana que vem já começam as provas da unidade e eu perdi vários conteúdos, mas eu não posso deixar ele aqui sozinho, o Thales queria ficar, mas eu pedi a ele pra ficar. Toda manhã ele vem para que eu possa ir pra casa tomar banho e trocar de roupa, mas eu quero estar aqui quando ele acordar. O doutor Jonathan tem sido super atencioso com a gente, explicando cada procedimento antes de fazer, isso tem me deixado mais tranquila, mas ainda sim, tudo isso tem me consumido a cada dia, a agonia da espera faz com que eu não consiga pensar em mais nada.
Essa manhã ele parecia melhor, parecia mais vivo, mas não dava nenhum sinal, todos esses dias que se passaram, eu conversei com ele, muitas vezes chorava implorando para que ele acordasse logo. Hoje não seria diferente.
Eu segurei na mão dele fazendo um carinho leve, enquanto acariciava seu cabelo.Nanda: Acorda logo mano, eu não aguento mais te ver aqui, assim... A Lua precisa de você, daqui a pouco teu pivete começa a crescer na barriga dela. Tu tem que ir com ela no pré natal. - nesse momento, meus olhos começaram a encher de lágrimas. De repente eu senti um leve aperto na minha mão, meu coração acelerou num ritmo descompassado. - PH? - enxuguei algumas lágrimas do meu rosto e me aproximei dele, sorri quando vi seus olhos abrirem devagar.
PH: Nan... Nanda?
Nanda: Xiiii, não fala nada, eu vou chamar o médico.
Saí da sala em direção ao extenso corredor no hospital, as lágrimas dificultavam minha visão e meu coração batia num ritmo acelerado e descompassado. Olhei todos os lados até avistar o doutor que estava cuidando do PH, ele estava parado em frente a um dos quartos no início do corredor anotando algo em sua prancheta.
Nanda: Doutor! - falei ofegante, já que tinha vindo praticamente correndo. - Doutor, o PH acordou.
Jhon: Ah, essa sim é uma boa notícia, vamos até lá para eu examiná-lo. - então caminhamos em direção ao quarto. Chegando lá, havia uma enfermeira, ela já era meio velha, tinha levantado um pouco a cama em que o PH estava. - Aí está você, deixou todos nós preocupados, cara. Principalmente, sua namorada. - nesse momento eu fiquei vermelha, na preocupação com o PH, eu não havia falado que não éramos mais namorados.
Nanda: Er... Não somos namorados.
Jhon: Oh, desculpe. É que eu achei que... Bem, você sabe.
Nanda: Tudo bem, não tem problema. - falei sorrindo para ele.
Jhon: Consegue acompanhar a luz? - o PH confirmou com a cabeça.
Nanda: Enquanto ele faz os exames, eu vou ligar para o Thales, ele ficou mó pilhado quando te viu aqui. - sai da sala e disquei o número.
P.O.V. Lua
Hoje vai ser a primeira consulta do bebê depois da escola, e eu vou sozinha já que a Nanda está no hospital e minha mãe obviamente não pode ir. Eu estou muito nervosa, nem sei o que esperar. Aconteceram tantas coisas esses dias, não sei se os hormônios da gravidez ou o que é, mas eu só sinto vontade de chorar, do nada...
Fui pra escola, mas fiquei meio afastada do pessoal, eu não estava muito bem para todo falatório das meninas, eu nem sequer estava prestando atenção na aula. Eu nunca fui a melhor das alunas, mas eu era dedicada aos meus estudos.- Lua? Tá tudo bem? - ouvi uma voz me tirando dos meus pensamentos.
Lua: An?
Luiz: Você tá tão distante hoje. - falou ele sentando ao meu lado.- Você tá bem? - a essa altura, todos já sabiam da minha gravidez, então eu estava recebendo atenção dobrada.
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A nova dona do morro
RomanceFilha do dono do Alemão, Fernanda é nova, mas aprendeu desde cedo que a vida não é um mar de rosas. E do dia pra noite verá sua vida confortável virar de cabeça pra baixo. (História em andamento e sem revisão)