Destinazione I Spin Off - Série Obscuros

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CAPÍTULO 15
AVIA

Eu estava na merda desse café servindo as mesas cansada, exausta, mas eu não podia parar e eu não queria voltar para casa. Paolo estaria lá, tenho certeza disso e eu já não sabia mais o que fazer, ele estava me cercando de todas as formas e em um momento de fraqueza eu liguei para Verne e me amaldiçoei milhões de vezes logo em seguida.

Ouço minha chefe me mandar ir para casa e acabo aceitando por fim, ao menos poderia sair desse inferno.

Tiro o uniforme e saio andando pelas ruas olhando ao redor apreensiva e eu caminho até chegar no enorme jardim botânico atrás do Opera House. Me sento no primeiro banco que vejo e em semanas eu sinto que posso respirar tranquilamente.

Apesar do calor eu vestia calça e blusa de manga comprida, minha pele denunciava as agressões de Paolo através de manchas roxas.

Paolo queria algo que eu nunca daria a ele, eu nunca me colocaria contra Verne, não depois de tudo o que vivemos.

Olho ao redor me sentindo observada e me preparo para levantar, até que uma moça magra de cabelos loiros se senta ao meu lado. Eu a observo enquanto ela observa ao redor e juro poder ver um certo receio em seus olhos.

- É lindo, não é? – Ela fala com sotaque forte e então seus olhos verdes pousam em mim.

- Sim. – Respondo sucinta e já me preparo para levantar, mas uma lembrança repentina me faz ficar sentado aonde eu estava.

A sensação de que eu conhecia a mulher ao meu lado se infiltra em minha cabeça e eu volto a observa-la.

- Quando eu soube que estava viva eu não quis acreditar. – Ela fala e meu corpo trava. – Mas agora eu... – Ela balbucia. – Estou sem palavras.

Sim eu a conhecia.

Elizabeth Hoffman, noiva do homem para quem eu entreguei minha alma e dona da merda das sensações que eu mais prezei na vida.

- O que faz aqui? – Pergunto ríspida. – Como soube sobre mim?

- Verne. – Ela fala sutilmente e eu sinto algo dentro de mim se partir, eu me sentia traída.

Ela pareceu notar minha cara de dor e angustia e volta a falar rapidamente.

- Ele não me contou nada. – Ela se corrige. – Eu descobri através dele.

- E porque está aqui? – Rosno baixo irritada por ter alguém quebrando tudo o que eu demorei para construir.

E se ela contasse a alguém sobre mim? Não, eu não podia deixar isso acontecer.

- Por que mentiu? – Os olhos verdes me julgam. – Seus irmãos ficaram devastados... – E a corto.

- Quem você pensa que é para vir até aqui me julgar? – Me levanto nervosa. – Meus irmãos ligavam mais para você do que para mim. – Falo alto e ela se levanta e dá um sorriso sereno.

- Não diga besteiras. – Elizabeth fala receosa.

- Por que está aqui, merda? – Eu rosno.

- Eu queria ver com meus próprios olhos. – Elizabeth fala e antes mesmo que eu possa responder eu vejo Paolo ao fundo se aproximando lentamente de nós.

Paolo tinha um sorriso vitorioso no rosto, como se achasse a sua presa perfeita.

- Olá querida. – Paolo me cumprimenta e me beija me deixando estática. – Não vai me apresentar sua amiga?