Destinazione I Spin Off - Série Obscuros

Prólogo

Seus cabelos vermelhos estão caídos sobre o lençol branco na enorme cama de casal, seu corpo dorme sereno naquela tarde de verão, seu cheiro doce estava impregnado naquele quarto de hotel após as três noites que passaram ali.

Verne encostado no batente na porta do banheiro observa a beleza da russa que tirou sua paz e fincou suas garras em seu coração. Desde quando Avia voltou a aparecer na sua vida por uma coincidência ele não conseguiu mais deixar a menina passar despercebida por seus olhos.

E a dor da despedida já estava rasgando seu peito, ele sabia que era o certo a se fazer só que não estava preparado para isso. Ainda não.

Ele caminha até a cama e deita puxando o corpo da russa para junto do seu. Verne não sabia como isso aconteceu e quando foi perceber ela já havia feito moradia dentro do seu coração e seria tão doloroso ter que a expulsar.

- Nem parece que já se passaram três dias nesse paraíso. – A voz dela rompe o silencio.

Verne passa as mãos em seus cabelos e ela se vira de frente para ele com o sorrio mais lindo que ele já recebeu.

Estavam passando um tempo juntos longe de tudo em Marettimo e cada dia que se passava Avia sentia o aperto no peito mais forte, dizer adeus seria mais doloroso do que imaginará.

- Hoje à noite tenho que voltar. – Verne diz sério e se levanta passando as mãos nos cabelos. – Já fiquei muito afastado da máfia.

- Claro, Don... – Ela diz risonha e se levanta nua oferendo aquela vista maravilhosa a Verne que rapidamente junto seu corpo ao dela e beija seus lábios rosados.

- Eu não quero dizer adeus. – Ele diz tristemente. – Não quero dizer adeus a nós dois, ao nosso amor.

Avia segura o rosto dele entre suas mãos e beija a testa demoradamente e depois junta seus lábios aos dele.

- Eu deixarei meu coração com você. – Ela fala com sua voz cabisbaixa. – Mas não posso abrir mão da minha vida, livre, longe da máfia.

- Longe da máfia é longe de mim. – Verne constata.

- Infelizmente. – Ela diz e se afasta para se vestir.

- Não pedirei para abrir mão da sua liberdade. – Verne se senta na beira da cama já conformado com o destino dos dois. – Só será doloroso amanhã o dia começar e não ter você comigo.

Avia termina de se trocar e sorri para ele tentando deixar toda tristeza da despedida eminente de lado.

- Eu te amo, Verne Corleone. – Ela para de frente para Verne e junta sua testa a dele. – E nunca irei dar meu coração a nenhum outro.

- Eu sentirei sua falta todos os dias. – Verne beija sua mão. – Para onde irá?

- Não vamos nos torturar mais, meu amor. – Avia diz olhando para a janela que dava para o mar. – O que importa é que você estará sempre em meu coração.

- Eu não quero imaginar uma vida sem você, usignolo. – Ele volta a beija-la sentindo seu coração sendo partido ao meio.

- Nem sempre o amor da nossa vida está destinado a nós. E você, querido, não está destinado a mim. 

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